terça-feira, outubro 31, 2006

Números que impressionam e...




Microsoft superou Yahoo e Google em setembro - O Globo Online

Mais de 726,7 milhões de pessoas navegaram na internet em setembro, a maioria em sites da rede da gigante Microsoft. Foi o que constatou a consultoria internacional comScore em levantamento de visitantes únicos (unique visitors) com idades acima dos 15 anos. Pelos dados relativos a setembro, os sites ligados à Microsoft receberam pelo menos 505,47 milhões de visitantes únicos, pouco acima dos 480,6 milhões que acessaram sites do Yahoo!. Em terceiro no ranking dos 15 portais mais acessados aparece o Google, com 467,49 visitantes únicos. Em seguida estão os sites que pertencem ao portal de leilões eBay (237,32 milhões) e à Time Warner Network (217,84 milhões).
Microsoft superou Yahoo e Google em setembro - O Globo Online




...Números que esmagam



854 millions d’affamés dans un monde plus riche "
Les tendances les plus récentes sont préoccupantes " Huit cent cinquante-quatre millions de personnes sont sous-alimentées dans le monde - elles disposent de moins de 1 900 calories par jour -, dont 820 millions dans les pays en voie de développement (contre 823 millions en 1990). Le rapport annuel publié, lundi 30 octobre, par la FAO, l’Organisation des Nations unies pour l’alimentation et l’agriculture, ne traduit pas d’amélioration depuis dix ans. Les chefs d’Etat et de gouvernement de 180 pays s’étaient donné comme objectif, lors du Sommet de l’alimentation de novembre 1996, de diviser par deux le nombre d’affamés d’ici à 2015.
Journal Electronique

segunda-feira, outubro 30, 2006

A "Lei do Muro": O "Bush da Lei"

Journal Electronique


DANS leurs discours de campagne, les deux candidates à l’élection législative au Nouveau-Mexique n’en parlent jamais. Si quelqu’un pose la question, elles offrent des réponses prudentes. " L’immigration ressemble à l’avortement : un sujet qui divise tellement qu’il vaut mieux l’éviter ", explique Brian Sanderoff, directeur d’un institut de sondages d’Albuquerque. Le président américain, George Bush, a signé, jeudi 26 octobre, la loi créant officiellement le mur d’un millier de kilomètres sur la frontière mexicaine, décision qualifiée de " grande erreur " par le président élu du Mexique, Felipe Calderon, qui a comparé jeudi le futur édifice au mur de Berlin.


(..)Pour Alex Trujillo, qui parle encore le castillan que ses ancêtres ont apporté dans la région il y a trois cents ans, le président Bush est responsable de tout, y compris de l’afflux récent d’immigrants : " Il a voulu une main-d’oeuvre à bas prix, pour casser les syndicats. " Quant à la barrière, " je suis pour, dit-il. A condition qu’on mette les républicains de l’autre côté ".
Journal Electronique






O autor da lei merece a lei.
E a lei merece o autor da lei.
O nome da lei não podia ser outro: Lei do Muro.
O autor do muro não podia ser outro: George Bush.
Só mesmo Bush podia ter inventado uma lei como esta.
Só mesmo uma lei como esta podia ter um nome como este.
O muro é de Bush. A lei também.
O muro a proteger a lei. A lei a proteger o muro.
Ambos a proteger Bush.
Uma política de imigração de uma nação com 43 milhões de imigrantes,
que coloca o problema da imigração ao mesmo nível do tema-tabú do aborto,
só poder ter como resultado final: um muro e uma lei do muro.
E só pode ter um mesmo autor: O Bush do muro.O Bush da lei do muro.


E por que não fazer a vontade ao Alex Trujillo, "aborto" hispano americano com três séculos de América?
Atirar o Bush, para o outro lado do muro.
Do muro da sua lei.
Que não da lei do seu muro.






sexta-feira, outubro 27, 2006

A Tentação do braço de ferro

Journal Electronique


Le général de Gaulle n’avait sans doute pas imaginé, en 1962, quand il fit adopter la réforme de l’élection présidentielle, une telle dérive du suffrage universel. En 1965, pour le premier scrutin, seuls six candidats étaient sur les rangs. En 2002, seize prétendants à l’Elysée s’étaient présentés. Pour 2007, et alors que les principaux partis n’ont pas encore désigné leur champion, trente-quatre candidats sont, à ce jour, officiellement déclarés ! Certes, tous n’auront pas les 500 parrainages requis pour aller jusqu’au bout, mais cette explosion de candidatures n’est pas de bon augure. La flambée de vocations présidentielles est particulièrement forte à gauche.(...)
Mais tout se passe à gauche comme si aucune leçon n’avait été tirée du séisme du 21 avril 2002, quand Lionel Jospin, confronté à sept concurrents de gauche et d’extrême gauche, qui avaient totalisé 26,71 % des suffrages, avait été éliminé dès le premier tour. Le but de l’élection présidentielle est d’élire un(e) président(e) de la République, et non de présenter une photographie de toutes les composantes et sous-composantes du paysage politique. Un tel émiettement peut être d’autant plus préjudiciable à la démocratie que, pendant ce temps, sans même avoir besoin de s’exprimer, Jean-Marie Le Pen continue de gagner du terrain. © Le Monde
Journal Electronique







Tem de se considerar deveras estranha esta, por assim dizer, doença infantil da esquerda europeia,de aproveitar todas as oportunidades do calendário eleitoral, para medir forças entre as suas diversas divisões e tendências.
Em Portugal, também tem sido esta a regra, em eleições presidenciais.
Recordem-se apenas dois casos, com resultados finais opostos.
As eleições presidenciais de 85.
Com a divisão da esquerda portuguesa, passando também por dentro do Partido Socialista com as candidaturas de Salgado Zenha e Mário Soares, mas alargando-se para além dele, com Maria de Lurdes Pintassilgo e o inevitável candidato do PC, cujo nome nunca fica sequer para o rodapé da nota histórica do acontecimento.
A inércia histórica, de então, vivendo ainda da memória recente dos anos de Abril, permitiu à esquerda a tábua de salvação da 2ª volta.
Nas últimas eleições presidenciais, 20 anos depois, já não houve tábua de salvação possível, para a esquerda perdida no labirinto das suas pequenas querelas.
Com responsabilidade agravada para o PS, com o seu eleitorado salamizado entre um candidato fora de prazo de validade histórica, Mário Soares, e outro candidato, Manuel Alegre, que apenas federava o eleitorado dos eternos descontentes e insatisfeitos com qualquer política que vá para além da simples retórica proclamatória dos grandes princípios.
O resultado final é conhecido.
A curiosidade é que, em França, se está correndo o risco de repetir Portugal.
Para mal da esquerda francesa e da própria França, que bem parece necessitar de um forte abanão histórico para sair dos seus crónicos impassses sociais e políticos recentes.





quinta-feira, outubro 26, 2006

Portugal: O menos sueco dos países latinos

La Vanguardia - La Libreta - El modelo sueco no se exporta











Parece incontestável que assim é.
Pelo menos, no que respeita a assumir responsabilidades por acontecimentos ocorridos, no âmbito das competências e responsabilidades de entidades públicas.
Na Suécia, os ministros demitem-se por pequenas infracções cometidas na sua vida particular.
Não pagar os descontos de uma empregada doméstica para a segurança social ou a taxa de televisão.
Em Portugal, caem pontes.
Morrem pessoas.
Demite-se o Ministro com a pasta das obras públicas, mas mais nada acontece.
Ou melhor dito. Acontece o mesmo de sempre.
A comunicação social faz um grande escarcéu. Mas também, sem conseguir, nunca, carrear quaisquer elementos úteis para o esclarecimento dos factos.
Os representantes das vítimas fazem um grande alarido clamando por vingança.
Exactamente no mesmo estilo daqueles que se postam, estrategicamente, à porta dos tribunais, apenas para dar vazão aos impulsos mais primários de gritar aos arguidos ou simples suspeitos aquilo que, aos domingos, gritam contra os árbitros de futebol, os treinadores que perdem jogos e os jogadores que falham penalties e, nos dias úteis, sussurram contra os patrões, que os empregam ou vociferam contra os políticos em que, eles próprios, votaram.
O Ministério Público é um saco roto que nem consegue guardar os segredos de justiça a que é obrigado, nem construir processos que resistam às exigências das provas em tribunais.
Os tribunais cometem erros processuais de palmatória, até em simples notificações que anulam, em segunda instância, aquilo que, muito, muito lentamente, foi conseguindo fazer prova em primeira instância.
Os sindicatos dos Magistrados barafustam a sua indignação contra o ministro, que os liberta da dura obrigação de gozarem dois meses seguidos de férias, mais as intermitências do Natal e da Páscoa, para "adiantar" o trabalho que deixam atrasar nos outros 9/10 meses de trabalho(s).
Entretanto, o país, farto de pactuar com tanta (s) injustiça(s), vê os, assim chamados, partidos de governo ( com o despeito do terceiro partido, que se diz do "arco governativo"- não seria antes do "arquinho e balão governativo"?-), com a benção de Belém, a tecer um pacto para a Justiça!
Teçam, teçam, mas que a justiça deixe de ser, em Portugal,uma manta de retalhos mal cerzida!
Em modelo sueco!
Em modelo celeste!
Ou sem modelo nenhum!
Mas que venha, para matar a fome e sede de justiça deste bem-aventurado(!) país.








El modelo sueco tiene también estas cosas. A los servidores públicos se les exige total transparencia. Y si se descubre una pequeña irregularidad, aunque sea en cuestiones tan triviales como la seguridad social de una empleada doméstica o el pago de la cuota de televisión, dimiten con la misma rapidez con que fueron nombrados. El modelo sueco no ha arraigado en el Mediterráneo. Ni en Catalunya ni en España ni en Italia. Francia tampoco se libra. No me imagino la dimisión de un ministro por estas menudencias. Tiene que producirse un gran escándalo para que alguien considere la posibilidad de dimitir. No quiero pensar qué sería de nuestros ayuntamientos, de la mayoría de autonomías o de los gobiernos de Madrid si el modelo sueco se aplicara en España. Con la gran cantidad de grúas que cubren los cielos peninsulares, con los planes de urbanismo que conceden licencias para edificar, para talar bosques, para construir campos de golf, para destrozar el medio ambiente, me temo que nos quedaríamos sin gobernantes.
La Vanguardia - La Libreta - El modelo sueco no se exporta






segunda-feira, outubro 23, 2006

Blogueiros na China terão de usar nomes verdadeiros

 

Verdadeiras também, são as dores de cabeça do Governo chinês com os blogues.
E não é por causa da sua quantidade, que, como tudo o que diz respeito à China, é sempre, estatisticamente esmagadora.
É por causa da  característica mais genuína dos blogues: a sua espontaneidade e dimensão estritamente pessoal.
Expressão maior da liberdade pessoal de agir e reagir, o movimento bloguista só tem possibilidades de progredir na sua específica  função, numa cultura em que o indíviduo seja centro e motor.
Todos sabemos que a China vive marcada por uma cultura milenar que sempre privilegiou os valores colectivos sobre os individuais e por uma cultura política recente  de matriz comunista que se orienta em idêntico sentido.
 Em todo o caso, é mais um exemplo a acompanhar, para tentar perceber o resultado final deste choque, entre um instrumento tecnológico novo, em conflito com um padrão cultural milenar. 

 

 

A China é o segundo maior país em número de internautas, com 123 milhões, e calcula-se que existam cerca de 34 milhões de blogs no país, sendo que alguns entraram na lista de mais lidos do planeta, como o da atriz e diretora Xu Jinglei.

O Governo comunista chinês é um dos que mais restringem a liberdade de expressão na Web, bloqueando milhares de páginas no exterior e até mesmo prendendo jornalistas e ativistas por publicarem artigos críticos sobre a China.

Source: Blogueiros na China terão de usar nomes verdadeiros :: Estadao.com.br

sexta-feira, outubro 20, 2006

O Mar e a Dor

No mar e na dor,
megulharam
todos os nossos poetas.
Com sal, com lágrimas.
Com tragédia e paixão.
Com luar e romance,
Com sonhos e ilusões.

Por que não,
marcar um encontro
com esse mundo,
na poesia de Coelho de Sousa?
No


ÁLAMO ESGUIO

ÁLAMO ESGUIO

quinta-feira, outubro 19, 2006

O clike para a outra vida

La Vanguardia - Código binario - Cavernas virtuales


Kerckhove puso el ejemplo de la cada vez más célebre Second Life, una comunidad virtual que cuenta con cerca de un millón de habitantes en forma de avatar. A través de ellos se puede vivir una vida paralela a la física, realizando transacciones económicas, disfrutando y ofreciendo todo tipo de servicios, relacionándose con otros miembros -muchas veces sexualmente- e incluso contrayendo matrimonio. Una vuelta más de tuerca a esta idea de realidad virtual la ha dado la agencia Reuters, que recientemente ha llegado a un acuerdo para servir noticias en y sobre este mundo. El creador de Second Life, Philip Roseadle, definió con una palabra en una reciente entrevista qué era lo que ofrecía su mundo para tener tantos adeptos: "Identidad". Disponer, en cierta forma, de una vía para ser lo que se quiera ser.
La Vanguardia - Código binario - Cavernas virtuales


Segundas vidas?
Quem as não tem?
Quem as não teve?
Pelo menos, sonhadas, antecipadas, imaginadas ou projectadas em mil e uma formas de substituição ou sublimação?
Quem não acalentou e alimentou, ao lado do seu mundo real do dia a dia, um mundo paralelo e com regras exclusivas e únicas?
O problema sempre foi e continua a ser:
Que fazer a estas "segundas vidas"?
Somá-las às vidas reais?
Subtrair-se, através delas, às vidas reais?
Encontrar, neste mundo, aquilo que as religiões só prometem para o outro?
E que a política já chegou a prometer também para este mundo?
Compete a cada qual, encontrar a sua resposta.
Ela torna-se é mais premente, na actualidade, porque a porta desse mundo-outro, desse mundo virtual, não precisa de ser empurrada ou destrancada, basta ser clikada.
Pois, então, clike.



Second Life: Your World. Your Imagination.

Second Life: Your World. Your Imagination.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Quando o princípio mais parece o fim...

DN Online: Pinto Monteiro enfrenta primeira crise do mandato



DN Online: Pinto Monteiro enfrenta primeira crise do mandato (via DIÁRIO DE NOTÍCIAS - Capa DN Quarta-feira, 18 de Outubro de 2006)


É uma primeira crise que mais parece... a última.
Por ser, na realidade, ante-primeira.
Porque é sobre a primeira decisão que o novo Procurador toma sobre uma das relevantes condições para o exercício do seu mandato.
A escolha do seu principal colaborador.
Por isso mesmo, pode-se considerar como uma acção prévia ao começo do exercício do mandato.
Apenas é posterior no tempo.
Mas é-lhe, realmente, anterior, como pressuposto para o exercício daquela função.
O que não parece haver dúvida, é que o plano inclinado da credibilidade do cargo, que o anterior procurador conseguiu minar pelos seus próprios erros e insuficiências, promete continuar.
Mas, agora, por obra daqueles que não se mostram nada interessados que a acção deste Procurador se inicie sem dúvidas públicas sobre as condições com que pode contar para o desempenho eficaz das suas competências.
Só ocorre perguntar: Não terão sido estas circunstâncias ( de pessoas ou de ambiente) que conseguiram, no mandato do anterior procurador, que as reais insuficiencias e obstáculos da "corporação" do MP passassem, aos olhos dos portugueses, por erros aparentes e pessoais de Souto Moura?


Vítima de si próprio, tanto como "bode expiatório" de outros?



quinta-feira, outubro 12, 2006

A virar folhas do calendário

Foi esta a  minha principal ocupação nestes últimos dias.
E que teve como consequência levar-me a interromper, mais do que o habitual, as minhas deambulações  pelas terras da blogolândia.
Esta minha ocupação e preocupação com as folhas mortas do calendário dos meus dias é mania recente.
Só começou a acontecer, quando as folhas mortas do calendário outonal dos dias passados começaram a ter mais peso e importância pelos dias de ontem do que pelos dias de amanhã.
Pelos ciclos de vida que vai encerrando do que pelos caminhos de futuro que vai abrindo.
E corre o risco de se tornar num lastro incómodo que nos torna mais pesadas e menos aliciantes as corriqueiras tarefas de todos os dias, como esta de debitar algumas linhas para um blogue.
Veremos, nos próximos dias,  se se  trata apenas de uma ligeira "gripe" outonal. Talvez, até, por, este ano, ainda não ter conseguido chegar  ao meu "inflovac" habitual.
O mais curioso é que até o meu computador parece estar atingido por uma maleita equivalente.
Há uns dias para cá, vira-me as costas com apagamentos súbitos.
Já falei com o meu "115" dessas emergências para o curar dos "desmaios".
Aguardemos melhores dias! 

sábado, outubro 07, 2006

Açores do futuro, rochedos urbanísticos, encurralados entre baías e colinas?

 

Na Madeira, vinte anos de "urbanismo hoteleiro" foi o tempo necessário para transformar o Funchal, numa caricatura de "Monte Carlo, encurralado entre a baía e as colinas".
Nos Açores, não é apenas um.
São três.
Os candidatos a esta metamorfose hoteleira.
Ponta Delgada, Angra e Horta.
Quantos anos serão necessários para conseguir tal in/e/volução?
Vale uma aposta?
Ao ritmo açoriano  tradicional de progressão ternária, a três tempos, portanto, arrisquemos o prognóstico.
Vinte anos, para Ponta Delgada.
Entre trinta a quarenta, para Angra e Horta. 
A verdade é que, nesta matéria, o tempo da transformação nem sequer interessa muito.
A sua aparente inevitabilidade assusta muito mais.

 

 

Madère, rocher fleuri de l'Atlantique

Si les variétés de plantes semblent infinies, les constructions se multiplient dans une partie de l'île depuis vingt ans, au risque de la dénaturer.

 

Au cours des vingt dernières années, les constructions s'y sont multipliées, sans grande précaution urbanistique. Des immeubles de taille impressionnante ont notamment été construits par les groupes hôteliers. Le développement du tourisme permet certes d'offrir des emplois à une population qui a longtemps été contrainte d'émigrer vers l'Afrique ou l'Amérique du Sud, mais il risque de transformer ce qui fut une charmante ville en un petit Monte-Carlo, coincé entre la baie et les collines.

Link to Le Monde.fr : Les titres du Monde

sexta-feira, outubro 06, 2006

Em Portugal, qual é a"pequena diferença"?

 Entre aquilo a que, pomposamente, se chama jornais e jornalismo de referência e o sensacionalismo "tablóide"?
Uma das pequenas diferenças está em que o primeiro tipo de jornalismo "recorre (deve recorrer sempre) aos indispensáveis mecanismos de objectividade: pluralidade das fontes, investigação cuidada,  preocupação de ouvir sempre o "outro lado" em pé de igualdade, com franqueza e lealdade", tal como consta de conhecido "Livro de Estilo" de um outro OCS de referência.

Esta é a teoria.
E, por regra, parece  não passar de teoria, no jornalismo português.
Uma prova, de facto, imediata, é o desmentido solene que tanto Portas como Marcelo fizeram da parangona principal do Expresso da semana passada sobre "concertações" e "pactos", em relação ao aborto, em que aparecia "orquestrada" toda a direita pensante, bem pensante e actuante.
A outra prova mais geral, é muito daquilo que se  ouviu, na reflexão da classe jornalística, sobre a "morte" do "Independente".
No programa do "Clube dos jornalistas" alguém dizia que as práticas de jornalismo agressivo e sensacionalista que caracterizaram os anos de glória do "Independente", nada tinham de exclusivo daquele jornal.
Eram ( e são) moeda corrente em todas as redacções dos outros jornais portugueses.
Não é sem alguma razão que se pode dizer que esta foi uma das práticas que, a prazo, acabou por ser suicidária para o "Independente" e está encaminhando muitos jornais portugueses para o destino de uma morte, lenta, mas inexorável.

Portas e Marcelo lançam ‘pacto’ para o aborto

Zita Seabra organiza, Portas e Marcelo orquestram. Direita quer arquivar processos contra mulheres

Deputados do PSD e do PP vão concertar posições para dar um sinal de ‘boa vontade’ na questão do aborto. No dia em que o referendo for discutido no Parlamento, propõem o arquivamento de todos os processos contra mulheres que abortaram. A ideia - que visa retirar um dos principais argumentos aos defensores do ‘sim’ - partiu, entre outros, de Paulo Portas e Marcelo, mas é Zita Seabra (deputada do PSD, e primeira deputada a defender o aborto na Assembleia, quando era do PCP) a organizadora de um projecto-lei que visa ter, já na quarta-feira, assinaturas de deputados das bancadas da direita e ‘‘talvez de deputadas da bancada do PS’’. »

Source: EXPRESSO

quarta-feira, outubro 04, 2006

Há acidentes e...acidentes

 Para uma Região que mal começa a lançar-se, a sério, na exploração de correntes de turismo altamente selectivas e exigentes, acidentes como este, nas circunstâncias ontem descritas pelo telejornal da RTP-Açores,

  • não podiam ter acontecido;

 

  • não podem voltar a acontecer;

 

  • Só, por um acaso muito improvável, é que   podem deixar de ter consequências altamente negativas para a imagem do turismo na Região; 

 

  • Como argumento de contra-campanha turística contra os Açores, oferecido de mão-beijada pelo próprios Açores, pode-nos vir a  custar mais caro de que todas as campanhas favoráveis, até hoje realizadas; 

 

  • Não podem deixar de levar à tomada de decisões drásticas que impeçam a repetição de casos destes , em circunstâncias similares de "vazio" funcional de comunicações e prevenção.

 

NA MONTANHA DO PICO
Norte-americana encontrada morta

 

Paula Clark terá subido a montanha (com 2.351 metros de altura) na passada sexta-feira, mas só na segunda-feira é que os bombeiros foram alertados para o seu desaparecimento.

 

Source: Diário Insular OnLine

terça-feira, outubro 03, 2006

O sindicato que não gosta de cães

Parece-me a única novidade a retirar da violenta polémica que está a opor o SMMP(Sindicato dos Magistrados do Ministério Público) a alguns directores de jornais.
Parece que não gosta, nem de cães de guarda, nem de cães que ladram.
Mas este é um problema que alguma associação especializada mais imaginativa poderá vir a resolver no futuro,
criando um raça canina alternativa, que não guarde nem ladre, para tranquilidade do intranquilo sindicato.
O mais difícil de conseguir, numa sociedade democrática, é que jornais e seus directores não opinem sobre percursos tão controversos e singulares como os do Procurador Geral que sai e do Presidente do Conselho de Magistratura que entra.
O primeiro, porque continua a mostrar, até ao último suspiro público, que seis anos no cargo não chegaram para ele próprio perceber a razão da teia de incongruências, incompetências e passos em falso, em que se deixou enredar.
O segundo, porque mostra, desde a sua primeira preocupação, manifestada ao chegar ao cargo, com a aspiração corporativa de conseguir representação no Conselho de Estado, que as aspirações da classe continuam a prevalecer sobre as preocupações com a administração da justiça.
Saliente-se ainda a originalidade do recurso, num comunicado sindical, à mais, pretensamente, elevada erudição literária para descer ao mais baixo insulto pessoal.
Para o efeito, estragar o nome de duas figuras da literatura de dois países é um luxo verdadeiramente asiático.


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O sindicato lembra que já num seu ensaio Paul Nizan caracterizava a comunicação social do seu país [França] como "Os novos cães de guarda". E explica: "Conhecendo-se as ligações e dependências económicas, familiares e políticas de directores de jornais e televisões e dos seus principais jornalistas e comentadores (...), não nos podemos espantar com o uniforme e militante sentido ideológico da mensagem veiculada pela maioria desses órgãos de comunicação."

A direcção termina o seu editorial com a citação de um poema de Félix Cucurull: "Não me engraxem os sapatos nem me cortem o cabelo (...) A esmola dava-me volta ao estômago e deixava-me um gosto amargo na boca (...) Porém rejeito o preço que me querem impor estes homens que ladram pela boca dos seus cães."


DN Online Sindicato de magistrados compara directores de jornais a cães de guarda

segunda-feira, outubro 02, 2006

- Actualidade - PSD pressiona Cavaco

 E Cavaco pressiona quem?
Ao receber a Associação Nacional  de Municípios, quando a proposta de Lei das Finanças Locais está apresentada na Assembleia da República para debate?
Foi regra sagrada de anteriores Presidentes da República não darem audiências a entidades directamente interessadas em assuntos em discussão noutros órgãos de soberania, enquanto esses debates não estivessem encerrados nesses órgãos.
Quais são as regras "sagradas" deste Presidente?
Fazer o contrário dos anteriores, como já aconteceu com os diplomas de que é o  primeiro responsável... porque os  publica, e o  primeiro que os desacredita... porque é o seu... primeiro crítico? 
Afinal, a originalidade da "cooperação estratégica" prometida por este Presidente estará em manter este regime "meteorológico" de baixas pressões presidenciais sobre o Governo e a Assembleia da República, até elas acabarem por explodir, mais tarde ou mais cedo, num conflito aberto entre órgãos de soberania?
É uma hipótese que não desagradaria nada, a alguma direita extra-parlamentar e mesmo...parlamentar!

 

Finanças Locais

PSD pressiona Cavaco

Source: EXPRESSO – Notícias, opinião, blogues, fóruns, podcasts. O semanário de referência português.  - Actualidade - PSD pressiona Cavaco

domingo, outubro 01, 2006

O melhor é mesmo abortar

 Juntar o pior da esquerda  arrependida
com o pior da direita "oportunista", na tentativa
de travar a história, com uma habilidade pseudo jurídica, só pode mesmo resultar em "interrupção voluntária" da iniciativa.
Então, suspendiam-se os julgamentos, mas continuavam a aplicar-se penas "de trabalho comunitário" e outras , como?
Pela mansa mão da Ana ou pela mão direita
da "esquerdistazita" Seabra?

 

 

Grupo de deputadas antecipa aborto

Um grupo de deputadas do PSD deverá apresentar no Parlamento, nos próximos dias, um projecto que prevê a suspensão provisória dos julgamentos por prática de aborto. Em alternativa à pensa de prisão, propõem trabalho comunitário e a obrigatoriedade de participar em sessões de planeamento familiar

Ver artigo

A iniciativa partiu de Zita Seabra e de Ana Manso (PSD),

Source: Sol