Quando continua a abundar gente
pronta a querer e a fazer,
exactamente,
aquilo que Salazar quereria e faria.
Todos os pretextos servem.
Até o refinado argumento
da opinião dos clientes
sobre a exigência da perspectiva "científica"
em relação aos livros sobre religião.
Acho simplesmente espantoso ser uma livreira
a decidir do carácter "científico" ou não de um livro.
Espero que se alguém se lembrar de escrever sobre
"O lápis azul da livreira"
respeite esta solene exigência!
Açores não quiseram O Evangelho Segundo Judas(via EDIÇÃO IMPRESSA)
Paula Quadros, responsável da In Fólio, de Angra do Heroísmo, justificou a falta de interesse no livro com o facto de o seu estabelecimento preferir obras "de fundo": "Privilegio áreas como a história, a filosofia, as ciências ou mesmo a religião, mas numa perspectiva científica." E acrescentou serem os clientes que, por vezes, protestam quando outro tipo de livros é posto à venda.