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segunda-feira, julho 21, 2008

Questões de Pormenor

Apesar do barulho mediático feito à volta do tiroteio da Quinta da Fonte
e do abandono do bairro pelas familias ciganas, só,agora, e pela voz do Presidente da Câmara, é que vejo referidos estes dois elucidativos pormenores.
Primeiro Pormenor:
Só dez por cento das famílias ciganas é que abandonaram o bairro.
Segundo Pormenor:
Das 53 famílias acampadas em protesto, a exigir mudança de bairro, só três é que têm rendas em dia.
E, imagine-se, algumas dessas rendas mensais em falta são do "elevadíssimo" montante de 4,50 Euros.
Não há dúvida que o espírito de investigação dos nossos jornalistas é, muitas vezes, deveras intrigante! E é muito útil a bem desinformar!



Expresso: Segurança reposta na Quinta da Fonte


O presidente da Câmara disse ainda que apenas 10% das famílias ciganas abandonaram o bairro, reiterando assim que se trata de "um problema levantado por um minoria". Referiu também que apenas três das famílias das 53 que estão em protesto têm a "renda em dia", que nalguns casos é de 4,50 euros mensais. "Temos já vários pedidos de despejo no tribunal", afirmou.


terça-feira, abril 15, 2008

Greve Histórica

Parece difícil encontrar ainda um sector de actividade ou uma empresa que,
nas modernas sociedades europeias, nunca tenha feito greve.
Poderá ser difícil, mas aconteceu ontem,
com o quotidiano francês mais prestigiado e de mais antiga história, o
"Le Monde".
Trata-se de encontrar o acordo, sempre difícil, para as necessárias reformas impostas pelas novas condições com que se defronta a comunicação social escrita, face à ocorrência e à concorrência das novas formas de comunicação.
Abaixo fica o registo do eco da greve na restante comunicação social francesa.
Le Monde.fr : Pourquoi


Le Monde.fr : Pourquoi "Le Monde" ne paraît pas lundi 14 avril - Médias




Libération décrypte la grève au Monde : Le "Monde" fait silence
Le Nouvel Observateur titre sur la Grève historique au quotidien Le Monde
Tout "Le Monde" se met en grève, indique le site de la Radio suisse romande
Grève sans précédent au journal Le Monde, indique L’Express
Grève historique au journal "Le Monde" rapporte RFI
"Le Monde" en grève, signale Challenges
Les journalistes du Monde ont posé leur stylo, titre TF1
Le Monde en grève, souligne la RTBF
Grève historique pour le plus prestigieux quotidien français, titre France 24

segunda-feira, março 10, 2008

Resultados das eleições em Espanha: Títulos à esquerda e à direita

A vitória do PSOE nas eleições de ontem recebe ênfase desigual, nos títulos de três diários espanhóis, consoante o seu posicionamento, mais à esquerda ou mais à direita.
À esquerda, "EL PAIS" mantém o seu tradicional equilíbrio nos títulos, mas centrando-os no essencial e personalizando e quantificando a vitória: Zapatero repite victoria con más fuerza · ELPAÍS.com


ELECCIONES 2008
Zapatero repite victoria con más fuerza
El PSOE, con 169 escaños, y el PP con 153, aumentan sus apoyos respecto a 2004 - Descalabro de IU y ERC, mientras los nacionalistas moderados se mantienen
Zapatero repite victoria con más fuerza · ELPAÍS.com


O "Publico", pelo seu lado, lança para os olhos dos seus leitores a vitória do PSOE, em jeito colorido e garrafal de cartaz:


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À direita, "EL MUNDO", prefere chamar a atenção para as responsabilidades da vitória, citando Churchil e para o seu preço - vencer a crise, tendo o pressuroso cuidado de nunca associar o nome do PSOE à palavra vitória, nem o do PP, à palavra derrota.

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terça-feira, fevereiro 19, 2008

Nota amável de "um blog da internet" a "um jornal impresso"

Com se pode verificar pela imagem abaixo,
"um jornal impresso", cujo nome até pode ser visto por quem clicar no título deste "post", resolveu, amavelmente, citar "uma das figuras históricas" do PS-Açores, a propósito de uma "reflexão sobre as eleições directas publicada num blog na internet".



A minha nota é apenas para lembrar ao citado "jornal impresso" que falar de "blogues na internet é uma "amável" redundância, pois eles não existem noutro lado qualquer.
E para acrescentar ainda, que nessa imensa internet, os blogues têm um nome, como , aliás, o mesmo "jornal impresso" se deu conta na página seguinte, ao citar, e bem, com nome e apelido, outro blogue e seu autor, referindo-o mesmo como autor de outro "blogue semelhante no sítio da RTP-Açores na internet".
Outra vez, a internet?
Não bastaria colocar em itálico, ou entre aspas, a palavra "sítio" ?
Enfim, critérios!

Note-se ainda, que o mesmo podia ter sido dito do autor do tal "Blog na internet".
Mas, sobre isto, não tenho qualquer observação a fazer, porque não sou jornalista, para merecer tão extensa, dilatada e corporativa referência e deferência.

Para que fique claro, acrescento apenas que esta nota bloguística não envolve qualquer ressentimento ou acrimónia contra o dito "jornal impresso".
Trata-se apenas de uma observação desinteressada e amavelmente bloguística, mesmo "internética," a quem, por dever de ofício, não devia precisar dela.

sábado, fevereiro 09, 2008

Diário Insular - Diario Singular

Definamos o que é um diário singular.
Aquele que prefere a inactualidade à actualidade.
Aquele que escolhe começar uma notícia por um acontecimento de 30 de Novembro do ano anterior
e terminá-la por um acontecimento de Fevereiro do ano corrente.
Aquele que toma como título da notícia uma acusação antiga (gula fiscal nos Açores) que, hoje, ( a lei não é contra os açorianos, é para todos os portugueses) já se sabe que não tem fundamento.
Aquele que prefere a propaganda de um mau requerimento de Mota Amaral, com direito a fotografia na edição impressa e a destaque na edição online,
à notícia de um boa resposta do Gabinete de um Ministro.
Aquele que prefere agravar velhos rancores e preconceitos sobre a República,
em vez de contribuir para esclarecer os açorianos sobre as obrigações que lhes cabem na qualidade de portugueses que também são.
Aquele que prefere dar relevo à mentira amaralista de " um novo ataque aos contribuintes açorianos", a salientar que se trata de legislação já velha de 2001.
Aquele que prefere a politização da notícia, à sua verdade nua a e crua.
Aquele que põe uma notícia de "pernas para o ar", de tal maneira que ela fica, literalmente sem "pernas para andar", "nem ponta por onde se lhe pegue".
Em resumo, Senhor Diário Insular - Diário Singular tome as opções editoriais que bem entenda,
mas não nos tome, leitores e assinantes, por diminuídos mentais.








NOTA Segue a notícia, na versão lógica, jornalística e cronologicamente, em que devia ter sido publicada. Sem as óbvias alterações de redacção que se imporiam. Quem quiser ler ao notícia na sua versão deformada pelo DI terá de fazê-lo no próprio jornal.






Na resposta, o Gabinete do Ministro de Estado e das Finanças refere que a obrigação em causa, à qual estão sujeitas as donas de casa como qualquer outra entidade pagadora de rendimentos da Categoria A, “não constitui qualquer novidade, uma vez que existe desde a entrada em vigor do Código do IRS”.Acrescenta ainda que o Regime Geral das Infracções Tributárias, em vigor desde Julho de 2001, estabelece um prazo de cinco anos para a instauração de procedimento contra-ordenacional pela não entrega ou entrega fora do prazo legal da declaração Modelo 10.


Num requerimento enviado a 30 de Novembro ao presidente da Assembleia da República, Mota Amaral e Joaquim Ponte consideram que, “na mira de aumentar a cobrança de receitas, dê lá por onde der, desencadeou o Governo um novo ataque aos contribuintes, na Região Autónoma dos Açores, agora na área do trabalho doméstico”.
De acordo com os deputados sociais-democratas, “cidadãs donas de casa estão a ser notificadas, sob severas cominações, para comparecerem perante a Administração Fiscal, a fim de apresentarem declarações sobre os salários pagos às suas empregadas domésticas”.
“Segundo parece, terão mesmo de arvorar-se em cobradoras de impostos e entregar ao fisco, por retenção na fonte”, afirmam, acrescentando que, “invocando-se um incumprimento de dois anos, logo lhes são aplicadas duas coimas, de 50 euros cada”.
Mota Amaral e Joaquim Ponte sustentam ainda que “nunca o Governo (...) fez quaisquer diligências para esclarecer as donas de casa das novas responsabilidades que lhes tinham sido atribuídas por uma legislação de discutível razoabilidade”.
Neste contexto, questionam o Governo da República sobre se a imposição de coimas retroactivas está a ser aplicada em todo o país ou apenas nos Açores e quanto antevê o executivo cobrar por este método.
Os parlamentares do PSD querem ainda saber “que diligências fez o Governo para divulgar as novas responsabilidades das donas de casa” e se considera “justos” os procedimentos adoptados ou admite rectificá-los.



sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Diario Insular traz alegria e orgulho a todos os açorianos

Diário Insular OnLine



DE ACORDO COM DADOS OFICIAIS REFERENTES A 2005
Economia açoriana converge dois pontos com a Europa.
A economia açoriana aproximou-se mais dois pontos percentuais da média europeia em matéria de produto interno bruto (PIB) per capita, fixando-se em 67 por cento do valor apurado para a União Europeia a 27.

Diário Insular OnLine







Terça-feira passada foi um dia diferente em todos os Açores.
Houve alegría, júbilo e descantes pelas ruas e pelas casas.
E, sobretudo, na alma das pessoas.
Não é isto mesmo que deve acontecer, quando um prestigioso e prestigiado órgão de comunicação social, como é o venerando e respeitável Diário Insular, volta ao redil dos números seguros e da realidade nua e crua dos factos?


É o que deve acontecer, e foi o que aconteceu.


Na segunda-feira, tinha eu pedido à "União" que disponibilizasse ao seu colega de lides jornalísticas, o DI, os números das contas regionais de 2005, que publicara na sua edição desse dia, permitindo ao DI corrigir o pecado por omissão jornalística dos seus exemplares, impressos e on line, de sábado e domingo.
E foi isto mesmo que aconteceu, para satisfação e jubilosa exaltação de todos os açorianos.
Mas há mais.
Se o crime de omissão jornalística do DI de sábado e de domingo era quase perfeito, a sua correcção ( e provável contrição ou, no mínimo, atrição) foi mesmo perfeita.
Desde o título ( economia açoriana converge) até à página (5ª) , até ao desenvolvimento do lead (sempre centrado nos Açores, sem divagações parasitas por outras regiões, ao contrário de "a União", por exemplo) até, ainda, à sua inclusão na página online.
Este último facto, ainda mais valoriza a atitude contrita do DI em relação à " a União," que não apresentou a notícia nos seus destaques online.
É claro que, para o senso comum não-jornalístico, a notícia tinha importância suficiente para saltar para a primeira página de qualquer jornal açoriano ou, pelo menos, merecer chamada alta à primeira página.
Mas não.
Também não aconteceu em nenhum dos dois celebrados jornais da informação terceirense.
Além disso, o "Diário Insular" tinha um ocupante inevitável na sua primeira página daquele dia: Carlos César e o jantar-comício do sábado anterior.
Note-se que, no dia seguinte, o DI terá sentido a necessidade de compensar este "excesso" de "cesarismo"e logo voltou, ao seu "tendencial" "costanevismo".
Veremos como.
Já agora, para terminar, uma pergunta ingénua.
Não haverá necessidade, do ponto de vista jornalístico, de o DI acrescentar algum século, ao século XIX, em que, nesta matéria, ainda parece viver?
Noticiar à terça, acontecimentos de um sábado à noite, nada tem a ver com o século XXI.
No jornalismo do século XXI não há dia para o chinelo caseiro.
Mas, estas últimas são outras contas, para outros dias.
Hoje, fiquemos pelo júbilo de uma vitória do jornalismo.


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segunda-feira, setembro 17, 2007

Grupo Desportivo desmente deputados do PSD-Terceira

Quem se der ao incómodo de ler o texto que segue, provavelmente, chegará à conclusão que o título deste "post" era o melhor título para o próprio texto.
Claro que pode pensar-se em muitas razões para o "DI" tentar diminuir o impacto do texto, a começar logo no título, mas a verdade é que os títulos, por regra, pretendem obter precisamente o efeito contrário.
Vá-se lá perceber porque é que o "DI" preferiu a excepção à regra!

sexta-feira, agosto 03, 2007

E assim vai o nosso jornalismo de referência. Dividido entre os jornalistas que não sabem escrever e aqueles que não sabem ler. Este Cerejo parece pertencer a estes últimos. Basta passar os olhos pelo comunicado da PGR para perceber que não há qualquer referência a qualquer certificado de qualquer ano.

Se não se chama Cerejo, leia o comunicado. 

 

Procuradoria-Geral da República arquivou inquérito à licenciatura de José Sócrates
02.08.2007,
José António Cerejo
Comunicado apenas refere conclusões sobre a alegada falsificação de um certificado emitido em 1996 num impresso que só podia existir depois de 1998

Source: EDIÇÃO IMPRESSA

terça-feira, abril 17, 2007

O dia D e o Dia H português






É verdade, este bizarro país europeu pode estar a viver, hoje, como habitualmente sem disso ter consciência, e em simultâneo, o "seu" dia D e o seu dia H.
Este último vive-o, como todos os europeus, na memória magoada e envergonhada daqueles auto-intitulados mais caucasianos de todos os caucasianos, mais europeus de todos os europeus
( tão europeus que até eram arianos)
(tão arianos que até eram hitlerianos)
terem levado ao extremo potencial, a inteligência técnica europeia de produzir em série.
De produzir em série a morte,
como em série produz a técnica europeia vacinas para a vida, automóveis para as autoestradas
(por sinal, duas invenções também arianas, ou até mesmo hitlerianas)
ou farinhas para animais
(umas, já contaminadas à saída da fábrica; outras, nem tanto).




O dia D pode vir a estar a vivê-lo, na sentença que a Universidade Independente parece estar a reservar para esta tarde, para o seu primeiro ministro.
Como assim?





Sócrates aguardou aquelas mais de duas semanas, para falar a respeito do seu azarado diploma, sobretudo, por duas razões
(para além da razão oficial de aguardar a decisão do Ministro Mariano Gago sobre a Independente)
Em primeiro lugar, esperando que tivesse chegado ao fim, o tempo de exploração mediática e jornalística sobre o aparecimento de novos papéis comprometedores retirados da arca encoirada da sua licenciatura.
Em segundo lugar, aguardando a hora em que a exploração política deste caso já não tivesse espaço nem sentido.
Com os dados públicos até hoje existentes sobre o mofino tema, e apesar dos esforços de alguns jornalistas e quejandos, para acrescentarem mais algumas revelações de menor monta e fundamento, o seu cálculo mostrou-se correcto.
E Marques Mendes também mostrou, à sua custa, que não havia "engenharia" possível que permitisse à oposição "pescar" nestas águas.
Mas o aparecimento de novos dados, que, directa ou indirectamente, envolvam o nome de Sócrates pode levar ao renascimento de todo este embróglio desde a sua raiz mais apodrecida e envenenada.
É que a situação tornou-se, realmente explosiva, para Sócrates, em dois sentidos.
Num deles, porque o futuro da Universidade Independente está nas mãos de Sócrates, através da decisão do seu Ministro sobre o seu encerramento definitivo ou não.
E qualquer que ela seja
(neste momento só o encerramento parece fazer sentido)
sempre pode ser arremessada contra Sócrates.
Ou por excesso de rigor
(vingança)
ou por excesso de benevolência
(negócio obscuro ou medo)
No outro, na circunstância de o futuro político de Sócrates estar nas mãos das revelações, já ditas explosivas, daquela mesma Universidade.
Conseguirão os novos "papeis" da Independente invadir, de novo, as praias da "normandia" da política portuguesa?
Aguardemos.

domingo, abril 08, 2007

Basta de sarjeta jornalística!

Nesta outra OTA-licenciatura do 1º ministro.
Tal como na outra OTA-Aeroporto:
Ninguém tem argumentos sérios,
mas toda a gente tem dúvidas avassaladoras;
Ninguém olha sequer para as provas já publicadas,
mas toda a gente exige uma nova prova ainda por publicar;
Todos têm um palpite sobre a situação actual,
mas ninguém consegue apresentar qualquer alternativa consistente para outra solução
sobre o que devia ser feito,
nem quanto à OTA-aeroporto
nem quanto à OTA-licenciatura de Sócrates.
Toda a gente sabe que por cada nova prova apresentada,
aparecerá sempre uma nova dúvida mesmo que requentada.
Por cada novo personagem que entre em cena com uma resposta ou uma solução,
aparecerá inevitavelmente um velho/novo personagem trasvestido de jornalista ou comentador,
a acenar com uma sombra de dúvida mais ou menos hiperbólica.
Parece-me evidente, que a maioria das pessoas, que tem acompanhado as múlltiplas peripécias, sempre renovadas com novos pretextos a cada hora de novo noticiário televisivo, estão mais que desejosas de ver este assunto encerrado,
mas os senhores (ou senhoras, como no presente caso do DN- viva a igualdade do género...neutro) jornalistas, fabricantes de manchetes e folhetins intermináveis, agora já se dão ao luxo de fingir antecipar os argumentos e as provas que, aliás, sempre conheceram, para lhes retirar força quando o directo interessado as apresentar, mas prevendo, desde já, "que ele não poderá esclarecer todas as dúvidas".
Tal como a OTA-aeroporto,
a OTA-licenciatura DN Online: Sócrates forçado a mostrar diplomas para se defendercontinuará a correr na sarjeta jornalística dos jornalistas e comentadores em busca de sensacionalismo fácil ou politização desesperada dos factos ou enviesadas especulações, tal como os "colos preferidos" da campanha eleitoral de 2005, as férias no Quénia e na neve em 2006.




José Sócrates não poderá esclarecer todas as dúvidas que persistem em torno da licenciatura,
nomeadamente o facto de não existir Conselho Científico (o órgão que dá equivalências) na altura em que pediu as equivalências. Dirá que fez o que qualquer cidadão faz quando se dirige a uma universidade reconhecida pelo Estado para ministrar Engenharia Civil, nomeadamente por Manuela Ferreira Leite, que agora o critica: pediu equivalências, deram-lhe.
DN Online: Sócrates forçado a mostrar diplomas para se defender


quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Um jornal da oportunidade perdida

É o que foi o Diário Insular do dia 31 de Janeiro.

Tudo por causa desta notícia doInstituto Nacional de Estatística (INE)



E, sobretudo, por causa deste mapa




E que, entre outras, revela estas realidades:

Entre 2000 e 2003, o crescimento médio anual do Produto Interno Bruto (em termos nominais) da Região Autónoma dos Açores (RAA), foi o mais elevado de todas as Regiões do país.

A média do crescimento do PIB, nesses anos, foi de 7 % .
A média do crescimento nacional foi de 4,3%.
Imediatamente a seguir aos Açores ficaram a Região Autónoma da Madeira, o Algarve, o Alentejo e o Centro, respectivamente com crescimentos médios de 6,8%, 6,7%, 4,5% e 4,4%.

Mais ainda, em termos reais, em volume de crescimento, os Açores tiveram o segundo maior crescimento do país, com 2,9%, contra o crescimento real médio nacional de 0,7%, tendo sido apenas excedido pela Madeira, com 3,2%.


Mas onde está, então, a oportunidade perdida pelo Diário Insular naquele dia 31?

Está em ter conseguido levar, nesse dia, às páginas do jornal estes dois personagens maiores da nossa politica regional


mas, em vez de os colocar frente a frente e confrontá-los com estes e outros números e realidades reveladas por aquelas contas regionais, põe-nos, positivamente, de costas um para o outro.

Assim, oferece a Costa Neves a sua segunda página, para ele repetir, pela enésima vez, as suas lamurientes queixas contra a Inspecção Administrativa Regional e a falta de ambição do Governo Regional, quanto aos números futuros dos apoios da União Europeia.

Claro que se percebe a (anti) lógica "jornalística" do DI.
Confrontar Costa Neves com estes dados sobre o desenvolvimento económico do passado recente da Região, seria condená-lo, antecipadamente, à derrota.
O que, como é óbvio, ninguém quer.
Muito menos o Diário Insular.

Quanto a Carlos a César, o DI coloca na sua boca os números e a interpretação dos números, do Instituto Nacional de Estatística.
O que, como também é óbvio, só lhes diminui o impacto e a confiança que possam suscitar.

O que, porventura, muita gente também não que há-de querer.

Mas o DI pensa que sim.

São esses poucos que merecem a consideração do DI.

Felizardos beneficiários de uma oportunidade jornalística perdida!