Reafirmar Princípios e Valores Perenes

Aí temos,
pela mão do PSOE
(Partido Socialista Operário Espanhol),
o ABC ,
as três ou quatro regras de oiro,
para qualquer congresso de um partido socialista,
por mais regionalista,
localista
e governamentalizado que esteja.

Reafirmar princípios e valores;

Elaborar uma consciência crítica,
reflectida e assumida da propria história e ideologia que o alimenta;

Integrar nessa ideologia e história,
a diversidade e complexidade da sociedade do século XXI;

Adaptar aos novos tempos
a histórica concepção de liberdade e igualdade dos partidos socialistas.

Não é pouco nem é muito.
Não é demais nem é de menos.
É o essencial.
O resto é circunstância.

PSOE ’El Congreso debe servir para que demos respuesta a los grandes temas y a los nuevos retos’

Debemos reafirmar nuestros valores y principios como base para atender
a las nuevas necesidades y situaciones. Somos depositarios de una
ideología y de una historia que deben ayudarnos a integrar la
diversidad y la complejidad de la sociedad del siglo XXI, adaptando
nuestra concepción de la igualdad y la libertad a los nuevos
tiempos.

Duas frases de um político

As duas frases são de Julio Anguita
ex-coordenador da coligação espanhola (IU) que integra o Partido Comunista Espanhol (PCE).
E não são (ou serão?) frases-assassinas,
como aqueles ditos políticos que, habitualmente, são os que ficam para a história dos "fait-divers" da política.
A "IU (a coligação) morreu de si mesma," pode ser de significado tão universal que, para além da IU,
podemos repetir de muitos outros organismos políticos de aquém e além fronteiras.
Do passado e do presente.
A antiga AD portuguesa e todas as suas múltiplas versões,
como a dos últimos dois governos de direita em Portugal,
não "morreram de si mesmas"?
O PRD português não morreu de si mesmo?
O PSD, na sua dupla versão nacional e açoriana, não está a "morrer de si mesmo"?
Até o especialista em frases suicidárias, João Jardim, já o veio afirmar.
É verdade é que foi só depois de lhe roubaram o campo de recrutamento de tropas,
com a candidatura do egotista por excelência, que é Santana Lopes.
A outra frase é sobre os regressos à política.
Ele acha que, ao contrário dos jogos de futebol, as segundas partes,
entenda-se, os regressos à política depois de uma primeira retirada "nunca são bons".
Sempre pensei também que, em política, as pessoas nunca deviam regressar sobre os passos já dados.
E a regra geral deve ser essa, embora se lhe possam reconhecer excepções notáveis, como a recente, de Berlusconi, em Itália.
Mas a Itália continua a ser a grande excepção europeia para tudo o que respeita à normalidade política.
E a generalidade das pessoas até pensa assim.
Não terá sido essa regra que a maioria do eleitorado português aplicou a Mário Soares, quando ele se recandidatou à presidência da República ?
Em comparação com esta tentativa de regresso, até o Manuel Alegre em estreia, lhes pareceu melhor escolha, que a de um Mário Soares em segunda versão.
Que,ainda por cima, na realidade era terceira.

"Murió de ella misma", el epitafio de Anguita para IU · ELPAÍS.com

"Murió de ella misma" es el epitafio que el ex coordinador de Izquierda Unida, Julio Anguita, ha elegido para el partido en caso de que no se lleve un proceso de refundación, aunque ha reconocido que "es difícil en el momento actual". Anguita ha explicado que ha presentado un documento ante el Comité Federal del PCE llamado No hay tiempo para más dilaciones en el que plantea medidas para afrontar el proceso de refundación.

"Segundas partes nunca fueron buenas". Anguita cree que la
coalición debe encontrar nuevos dirigentes, y si no, "no merece
existir".

Pela Primeira Vez...

A primeira vez é que é símbolo e porta para todas as outras.
Pela primeira vez.
Pela primeira vez, mais mulheres que homens.
Pela primeira vez.
Pela primeira vez uma ministra da defesa.
Pela primeira vez.
Pela primeira vez, um ministério da igualdade.
Pela primeira vez.
Pela primeira vez,
que é a vez mais difícil de todas as vezes,
pelo que inova em relação ao passado
pelo que promete em relação ao futuro.
Pela primeira vez,
é que é de vez.

Cinco caras nuevas y sin Caldera · ELPAÍS.com

(via ELPAÍS.com: el periódico global de noticias en español)

recién investido presidente del Gobierno, José Luis
Rodríguez Zapatero, conformó ayer un Gobierno en el que,
por primera vez en la historia de España, figurará una
mujer al frente del Ministerio de Defensa. En el que, además,
habrá más mujeres que hombres y en el que también
por vez primera se creará un Ministerio de Igualdad. Zapatero
inició y cerró en la tarde de ayer las consultas para la
formación del nuevo Ejecutivo, cuya composición
dará a conocer hoy oficialmente en La Moncloa, una vez que se lo
comunique al jefe del Estado en el Palacio de la Zarzuela. La
continuidad es el rasgo dominante del nuevo Gobierno, en el que entran
cinco nuevos ministros y salen cuatro del anterior Gabinete.

O debate da investidura ao minuto

É uma ideia do El País que poderá seguir,
se o assunto lhe despertar o interesse suficiente para isso.
Duas ou três notas breves para quem tenha um interesse menos paciente e entusiasta.
A sucessão dos minutos está feita segundo o modelo dos blogues, dos primeiros minutos para os mais recentes.
Logo nos primeiros minutos, Zapatero põe no mesmo pé de igualdade o comprometimento da Espanha
"com a causa da paz e as mudanças climáticas".
Os aplausos que vai recebendo, ao longo dos primeiros 20 minutos, ligam-se sempre a questões "fracturantes" na sociedade espanhola: desemprego juvenil e feminino, igualdade salarial, questão dos imigrantes, violência "machista," defesa de medidas sociais, durante o que chama parêntese de dois anos de vacas magras que se seguirão, etc. etc.
Leia, se puder e quiser.
Garanto-lhe que não perderá o seu tempo,
e creio que perceberá as diferenças
entre o tom português do debate político e o tom castelhano.
O primeiro mais enigmático e com subentendidos.
O segundo mais directo e frontal.
O primeiro mais moderado e centrista.
O segundo mais radical e de esquerda/direita..

El debate de investidura, minuto a minuto · ELPAÍS.com

(via ELPAÍS.com: el periódico global de noticias en español)

La sesión de investidura de José Luis Rodríguez
Zapatero como presidente del Gobierno se reanudará este
miércoles a las 9.00. El Grupo Mixto, que integran CC, UPyD y Na
Bai, abrirá el segundo día de la sesión de
investidura. Terminado el turno del Grupo Mixto, y las réplicas
del candidato socialista a la Presidencia del Gobierno tendrá
lugar la votación, que, como ha indicado el presidente del
Congreso, José Bono, no se celebrará antes de las 11.00.

O Dilema Açoriano 2008

ÁLAMO MENESES, SECRETÁRIO REGIONAL DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA

Universidade dos Açores carece de revisão

A Universidade dos Açores (UA) tem um problema estrutural, pelo que a questão não é meramente financeira. O Governo Regional está disponível para, em conjunto com a UA e os Ministérios da Educação e das Finanças, resolver os actuais problemas, estando fora de causa quaisquer despedimentos
Diário Insular OnLine

A UNIVERSIDADE DOS AÇORES E O REITOR
por: Bento Barcelos



A questão essencial do financiamento das despesas de funcionamento da U.A., que não estão asseguradas na sua totalidade pelo Governo da República, gerando um problema agravado ano após ano, exige essencialmente uma resolução política.

http://www.diarioinsular.com/noticias/ver.php?edicao=5_18_Janeiro_2008&n_id=45875

Pessoalmente, eu próprio desejaria que todas as opções políticas que se irão colocar aos açorianos nas eleições regionais deste ano de 2008, tivessem a clareza do dilema que estes dois textos sobre a Universidade dos Açores exprimem.
Neste caso, qualquer leitura, por mais ligeira que seja, nos evidencia que estamos perante dois políticos encarando o mesmo problema por duas ópticas, estrutural e radicalmente diferentes.

Pode mesmo dizer-se que estamos em face de

• Dois Secretários Regionais da Educação;
  


• Duas soluções políticas para a Universidade dos Açores;
  


• Duas visões políticas de fundo da Autonomia dos Açores;
  


• Duas formas, historicamente e ideologicamente opostas, de encarar o tema central da Autonomia Regional, das relações entre o poder Regional e a República, que se esconde/revela nestes dois textos;
  


• Dois caminhos para a procura e o encontro das soluções que, neste caso, a Universidade reclama e, em geral, os Açores se defrontam.

Quem se der ao trabalho de confrontar os dois textos e, para isso, terá de recorrer ao próprio DI, que, julgo, continua integralmente acessível apenas a assinantes, vai verificar que
a visão de Bento Barcelos é

• Retórica e proclamatória;
  


• Estereotipada e repetidora incansável de slogans batidos e rebatidos;
  


• Que, segundo ele, existem apenas dois lados do problema: O lado bom/autonomista da parte da Universidade que reclama mais dinheiro, e o lado mau do Governo da República/centralista que o recusa.
  

Vai verificar, igualmente, que
a visão de Álamo Meneses é

• Global e sistemática;
  


• Aprofundada e realista;
  


• Política, mas não retórica nem proclamatória;
  


• Substitui os slogans pelo debate e confronto de soluções;
  


• Situa-se para além do estafado e gasto tema "amaralista" da Autonomia versus centralismo, ou tripolaridade+insularidade.

Para não alongar, além dos mais,
estes dois textos em que, ainda por cima, o do Álamo é uma entrevista e, como tal, condicionada pelo entrevistador, o do Bento, um texto-de-secretária, sem condicionantes e (em teoria, pelo menos) pensado e repensado, são
o retrato de dois políticos e da sua obra de Secretários Regionais da Educação.
E, esperemos que sejam, pelo que podem antecipar do futuro, a opção entre o regresso ao passsado ou a continuidade na senda das soluções discutidas e negociadas.