domingo, janeiro 27, 2013

Sol de Domingo


Manhã de Domingo,
Sol esplendoroso.
Não alcanço nem atino
No que haverá de mais ditoso.

Sol que aquece
Sol que acalenta.
Mereces uma prece
Para a felicidade que se inventa.

Mundo que brilha.
Pássaros que cantam.
A felicidade destila
E vidas novas se encantam.

Domingo de Sol
Domingo de luz
Luminoso farol
Que nos guia e seduz.

Fulgor da natureza,
Da alma calor.
Tudo renasce em beleza,
E ganha mais valor.
Foto: Manhã de Domingo,
Sol esplendoroso.
Não alcanço nem atino
No que haverá de mais ditoso.

Sol que aquece
Sol que acalenta.
Mereces uma prece
Para a felicidade que se inventa.

Mundo que brilha.
Pássaros que cantam.
A felicidade destila
E vidas novas se encantam.

Domingo de Sol
Domingo de luz
Luminoso farol
Que nos guia e seduz.

Fulgor da natureza,
Da alma calor.
Tudo renasce em beleza,
E ganha mais valor.

sexta-feira, janeiro 25, 2013

... e mal pagos

Portugal com mais de 800 mil trabalhadores mal pagos, segundo padrões da UE

O Eurostat calculou que, em 2010, 16,1% dos trabalhadores portugueses ganharam menos de 3,4 euros por hora, um número que faz a organização europeia dizer que são mal pagos. Considerando um trabalho semanal de 40 horas, isso significa que mais de 800 mil portugueses (num total de 4,98 milhões de pessoas activas) ganhavam até 590 euros brutos por mês.

terça-feira, janeiro 22, 2013

Nureyev


Decorreram 20 anos sobre a morte do grande bailariro russo Rudolf Nureyev.(7-3-1938 a 6-1-1983).
Nureyev foi um dos mais importantes bailarinos do século XX, destacando-se por ter reformulado o papel da figura masculina na dança, até então limitada ao suporte das bailarinas em palco.
Dançou nalguns dos palcos mais importantes do mundo e com grandes bailarinas, como Margot Fontayne, Eva Evdokimova e Veronica Tennant, e foi convidado para director do Ballet da Ópera de Paris, em 1983, continuando a dançar.
Rudolf Nureyev apresentou-se em Portugal, pela primeira vez, em junho de 1968, com Margot Fonteyn, para dançar "Giselle", no Teatro de São Carlos, em Lisboa- Tive a felicidade de assistir a este admirável espectáculo.
É precisamente do pas de deux do 2º acto de "Giselle", o vídeo que aqui se partilha.
Margot Fonteyn / Rudolf Nureyev: Giselle (PAS DE DEUX FROM ACT II)
Giselle (PAS DE DEUX FROM ACT II) BBC STUDIO RECORDING, RECORDED 2 JUNE 1962 - Philharmonia Orchestra/Robert Irving London Symphony Orchestra/John Lanchbery ...

sábado, janeiro 19, 2013

O relatório do FMI

"o líder do Executivo fez sobressair uma vez mais que, o estudo que encomendou ao Fundo Monetário Internacional (FMI) “não é uma Bíblia”, e reportou-se às acesas reacções que têm vindo a público acerca do relatório como excessivamente “dramáticas”.

O Primeiro Ministro acha, então, que as reacções vindas a público em relação ao relatório do FMI, são excessivamente "dramáticas"? Por acaso não serão "dramáticas" as perspectivas de:
Redução de 70.000 a 140.00 funcionários públicos para conseguir diminuir a despesa em 750 milhões de euros;
Corte entre 3 a 7% nos salários da função pública para poupar 325 a 760 milhões de euros;
Despedimento de 50.000 professores para conseguir 710 milhões de euros;
Redução do subsídio de desemprego para o nível do salário mínimo para gerar a poupança de 600 milhões de euros;
Aumento substancial das taxas moderadoras na Saúde até aos 50 euros;
Eliminação do subsídio por morte;
Eliminação do abono de família para as famílias com um rendimento superior a 5.000 euros anuais;
Corte do abono da família para os jovens entre os 19 e 24 anos;
Redução entre 10 a 15% nas pensões, para conseguir uma poupança, respectivamente, de 214 milhões de euros ou 1.500 milhões de euros;
Aumento da idade da reforma para os 66 anos para poupar 400 a 600 milhões de euros.
Aumento das propinas no ensino superior, etc. etc.

Esta visão global e que, mesmo assim, se fica pelas reduções e cortes mais gerais, não é suficientemente dramática para gerar inquietação e crítica?
Sobretudo, quando se podem apontar deficiências graves ao relatório, como conclusões não fundamentadas, dados manipulados, asserções não consubstanciadas e omissões surpreendentes. Além disso, é mais que evidente que não se visa nenhuma reforma profunda e substancial do Estado, mas apenas tentar encontrar os meios financeiros para manter o Estado que existe. É precisamente isto que falta a esta perspectiva redutoramente financista e financeira do Estado.

segunda-feira, janeiro 14, 2013

A entrevista

A entrevista concedida pelo Presidente do Governo Regional à RTP-Açores merece algumas considerações. Em primeiro lugar, é de destacar o tom sereno e comedido de toda a entrevista. De quem se defrontou, nos escassos dois meses do seu exercício de funções, com problemas da maior dimensão não seria de esperar tanto. Mesmo quando colocado perante problemas decisivos como a alteração da Lei das Finanças Regionais ou o magno problema da Base das Lajes ou ainda a mais preocupante questão do desemprego, nunca o novel Presidente perdeu o seu ar de descontracção e amenidade que o caracteriza. As respostas às questões foram sempre dadas com acerto, ponderação e objectividade. Sempre se mostrou seguro das suas razões e nem levantou o tom de voz quando afirmou as suas discordâncias com o Governo da República em relação àquilo que se contentou em caracterizar como “leituras incorrectas” da realidade regional. Nunca se esqueceu, em relação mesmo às questões mais complexas, como a das Lajes e do desemprego, de distinguir, com oportunidade e rigor, os diferentes níveis de responsabilidades ou de limitação de competências quanto ao que é admissível exigir-lhe e quanto ao que lhe é possível prometer.
Não trouxe novidades, para quem pudesse estar à espera delas. É verdade. Mas acho que não seriam de esperar. De esperar, era sim que enfatizasse a sua preocupação no cumprimento das promessas eleitorais com que se comprometeu. Fê-lo abundante e repetidas vezes. Não se esquecendo de, simultaneamente, acentuar que esses compromissos não são para ser exigidos hoje ou amanhã, mas para serem satisfeitos dentro do mandato de 4 anos.
Não pretendeu apresentar-se com uma mão cheia de problemas já resolvidos, mas mostrou-se conhecedor e senhor das diversas etapas requeridas para a sua solução.
Na minha opinião, não defraudou nem desiludiu as expectativas e esperanças que a maioria dos açorianos depositou nas suas mãos. Para os tempos que correm, neste país, já não é pouco. Mas é o exigível.

quinta-feira, janeiro 10, 2013

FMI


FMI não será apenas o anagrama de FIM? Fim da protecção na velhice. FIM da saúde para todos e de um Serviço de Saúde tendencialmente gratuito. FIM da tentativa de caminhar e construir uma sociedade mais justa e mais igualitária. FIM de procurar que a economia e os interesses económicos se subordinem à política e aos interesses gerais.FIM das medidas políticas subordinadas à lei e à Constituição. FIM da igualdade de oportunidades para todos no acesso à educação e ao ensino.FIM dos apoios à infância e à juventude.FIM de prestações sociais adequadas e adaptadas à realidade social e económica do país. FIM de uma carga tributária adaptada ao crescimento da economia e às exigências do consumo.FIM do Estado Social e suas conquistas. Simplesmente, FIM de um Estado em que valha a pena trabalhar e viver.

Foto: FMI não será apenas o anagrama de FIM? Fim da protecção na velhice. FIM da saúde para todos e de um Serviço de Saúde tendencialmente gratuito. FIM da tentativa de  caminhar e construir uma sociedade mais justa e mais igualitária. FIM de procurar que a  economia e os interesses económicos se subordinem à política e aos interesses gerais.FIM das medidas políticas subordinadas à lei e à Constituição. FIM da igualdade de  oportunidades para todos no acesso à educação e ao ensino.FIM dos apoios à infância e à juventude.FIM de prestações sociais adequadas e adaptadas à realidade social e económica do país. FIM de uma carga tributária adaptada ao crescimento da economia e às exigências do consumo.FIM do Estado Social e suas conquistas. Simplesmente, FIM de um Estado em que valha a pena trabalhar e viver.

segunda-feira, janeiro 07, 2013

Os Reis Magos

                                    Os Reis Magos
(Ao olhar um quadro de giotto)

Os reis ajoelharam.
O infante sorriu.
Todos juntos fizeram
Um quadro como nunca se viu.

De muito longe vieram
Em busca da esperança
Muitos presentes trouxeram
Ao Deus, que era criança.

Certezas não as tinham
Só acalentavam o sonho
Aquele a quem vinham
Tinha um aspecto risonho

Reis Magos da lenda
Atrás da estrela fugidia.
Cada um com sua prenda
E soberana cortesia.

Adoração dos magos.
Alegria dos pastores.
Etéreos mas não vagos
Cantam os anjos louvores.

Os reis são o mundo
E a humanidade representam
Têm um significado profundo
Na variedade que aparentam.

quinta-feira, janeiro 03, 2013

Natal incompleto


Natal incompleto.
Feito de memórias
Mas não de esperanças.

Natal da terceira idade,
Natal dos sonhos desfeitos.
Natal só da saudade
E à amargura sujeito.

Natal de caminhos andados.
Natal de vida vivida.
Natal de fantasia dorida
E de mundos nunca alcançados.

Natal sem ilusões.
Natal sem mal nem bem.
Natal só com recordações
Do que já se teve e não se tem.

Natal de muitas ausências.
Natal de pouco encanto.
Natal pobre de evidências.
Natal sem nenhum espanto.

Natal da solidão acompanhada
Natal sem alma nem sentimento
Natal da alegria forçada
Natal, fugaz momento.

Natal no calendário.
Natal data a cumprir
Natal, simples fadário
Que se aceita a sorrir.