No "Álamo Esguio", a saudade continua a ser tema.
Hoje ainda, na forma das últimas redondilhas "Do Mar e a da Saudade",
a que pertencem as duas estrofes que destaco nesta entrada.
Amanhã, e por dois dias, sob a forma de um poema muito belo,
escrito por Coelho de Sousa, meia dúzia de anos antes "Do Mar e da Saudade",
mas que, em poucas quadras,
o antecipa e o condensa,
com grande apuro de forma e conteúdo,
num tom plangente,
em que ecoa o ritmo e a melodia da canção da "Saudade do "balho" tradicional da Terceira.
Não perca.
É mesmo poesia.
Da melhor.
quinta-feira, fevereiro 14, 2008
No"Alamo Esguio", a saudade continua
Publicada por Dsousa à(s) 10:30 da manhã 0 comentários
Etiquetas: alamo esguio, Coelho de Sousa, poesia
sábado, janeiro 26, 2008
Um último adeus ao Presépio
É o que vos pede Coelho de Sousa,
no Álamo Esguio.
Apesar de já ir alto o mês de Janeiro,
ele continua "Ante o Presépio" a recitar os seus poemas,
embevecido,
como a criança que pede à mãe que não desmonte o presépio
na ingénua esperança infantil de prolongar o Natal pelo ano todo.
Coelho de Sousa também fala para as mães.
Sobretudo para aquelas que são esquecidas todo o ano!
Pedi às rosas disseram
O que mais queriam ser
E as rosas me responderam
Ao menos mães parecer...
ÁLAMO ESGUIO
Publicada por Dsousa à(s) 8:39 da manhã 0 comentários
Etiquetas: Álamo Esguio, Coelho de Sousa, natal
terça-feira, dezembro 18, 2007
Coelho de Sousa : 1 de Dezembro em 1961
Se ficou com alguma curiosidade, em razão de uma entrada anterior neste blogue, sobre a vivência poética da data histórica do primeiro de Dezembro de 1640, reactualizada pelo ambiente de guerra que rebentara em África, em 1961, pode ler esta e outras estrofes de Coelho de Sousa que tenho vindo a publicar no Álamo Esguio , desde o passado dia 7.
Eles são como os quarenta da manhã
que deu a Portugal tamanha glória.
E cada mãe agora é qual Vilhena mãe
Que aos filhos arma cavaleiros para a vitória.
Publicada por Dsousa à(s) 5:06 da tarde 0 comentários
Etiquetas: Coelho de Sousa
sábado, dezembro 01, 2007
O primeiro de Dezembro em Coelho de Sousa
Aqueles que, porventura, venham a acompanhar os textos que, nesta data, estão a ser publicados no Álamo Esguio poderão confirmar que Coelho de Sousa, no programa do Rádio Clube de Angra, que realizou em 3 de Novembro de 1961, incluiu as três quadras que se seguem, antecedidas de um "mote", e que haveria de retomar, com muito mais propriedade, no programa que emitiu no próprio dia 1 de Dezembro de 1961.
Como estamos no dia 1 de Dezembro de 2007, aqui ficam, em celebração e memória do primeiro de Dezembro da heroicidade portuguesa anti-castelhana, contra a União Ibérica dos Filipes da dita Castela, os versos de Coelho de Sousa.
Dentro de dias, a partir do próximo dia 7, começará a ser editado no Álamo Esguio o texto integral do programa de rádio de Coelho de Sousa, alusivo ao primeiro de Dezembro.
(VI)
E como se o passado
fora pouco,
agora e tanta vez,
ousado e louco.
Posto em delírio,
o mal em mim refez
o quanto fora asado
em nuvem de martírio.
Outrora a heroicidade portuguesa
Cruzou dum pólo ao outro todo o mar,
Agora, são heróis de igual nobreza
Cruzando aos quatro ventos pelo ar.
Outrora foi a cruz das caravelas,
A dilatar o Império e a Fé em Deus,
Agora a mesma cruz sobe às estrelas
E em asas de aviões domina os céus!
Oh! raça lusitana, oh! gente forte,
Vencendo em mil batalhas, mil vitórias,
Por terra e mar e ar, embora a morte,
és grande e nobre. Aqui as tuas glórias !
Publicada por Dsousa à(s) 1:56 da tarde 1 comentários
Etiquetas: Coelho de Sousa, primeiro de dezembro
domingo, novembro 18, 2007
A 46 anos de distância
Foi com viva emoção que, ontem, 17-XI-2007, registei a coincidência de me encontrar a utilizar um texto de Coelho de Sousa para publicação no blogue Álamo Esguio, que venho mantendo, há cerca de três anos, e dedicado à sua memória e à publicação de textos da sua obra, uns já conhecidos, outros parcial ou totalmente inéditos, e me deparei com esta página, onde apenas constava uma data: 17-XI-961.
O mesmo dia, 46 anos passados!
Uma página inteira só para uma data!
No meio de um caderno de originais, em que as datas ou são esquecidas ou remetidas para um esconso canto da página!
É claro que há uma justificação banal e funcional para o facto.
Indicar que o poema da página seguinte devia ser incluído, a quando da sua utilização na rádio, no programa daquele dia 17 -XI-961, e não no programa de 3-XI-961, onde ele aparece escrito no caderno de originais.
Mas, ao reparar na coincidência de datas, achei que devia assinalá-la.
Mesmo continuando a considerar o facto uma mera coincidência
Sei que será algo de nulo significado para quem leia este "post", mas teve e tem para quem o escreve.
E os blogues servem, antes de mais,para isso mesmo.
Para registar,para os outros, aquilo que tem significado, em primeira mão, para quem o escreve.
Mas, para não me quedar apenas por este interesse meramente circunstancial e pessoal, de uma coincidência de datas, a 46 anos de distância, acrescento-lhe a transcrição de um dos poemas que Coelho de Sousa recitou naquele programa de 17-XI- 961 (As queixas dele..., noÁlamo Esguio
E tanto hei pregado e tanto ensinado
Tal qual semeador que lança à terra o grão...
Mas hei-de confessar que muito grão semeado
Tombou infelizmente em miserável chão.
Rochedos e espinhos trazem-no apagado
Como a virtude pura ao meio da paixão...
E as aves do céu que sobre ele tem baixado
Hão-de comer o mais que pouco deixarão.
E no entanto eu vim para que fosse geira
de messe loura e rica a terra toda inteira,
em que a semente-verbo fosse o vivo pão
Que alimentasse a vida, a alma, o coração,
A força no combate, e mais, sua vitória,
A eternidade, após a vida transitória. dentro de dias) e que é um dos muitos possíveis resumos da sua vida de pastor e poeta, semeador da semente de ideias e palavras.
Publicada por Dsousa à(s) 2:01 da tarde 0 comentários
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