quinta-feira, janeiro 31, 2008

Assim acaba o amor, assim começa o ano na comunidade galega e em todas as comunidades não-galegas.

Muere una mujer estrangulada a manos de su marido en CADENASER.com

Muere una mujer estrangulada a manos de su marido
Muere una mujer estrangulada a manos de su marido en CADENASER.com



Esta es la primera víctima mortal de la violencia machista que hay que lamentar
este año en la comunidad gallega
, aunque se han registrado casos graves como el
de Celia N.F., de 52 años de edad, a quien su marido prendió fuego el pasado 22
de enero en Ourense y le provocó quemaduras de segundo grado en el 10 por ciento
del cuerpo. Tan sólo dos días después, la joven de 21 años de edad D.F.D.D.
sufrió heridas de gravedad tras ser agredida en Begonte (Lugo) por su compañero
sentimental.






Assim acaba o amor.
Assim acaba, muitas vezes, a vida.
Assim acaba aquilo que, também muitas vezes,
Nunca se saberá, (nem os próprios) se chegou a começar, algum dia.
Ela às mãos dele.
Ela com 62 anos, morta.
Ela, com 52 anos, queimada.
Ela, com 21 anos, agredida.
E ele, sempre sem idade.
Ele sempre com a idade do mundo.
Ele sempre com a idade
da mítica costela que lhe falta
e que nem sempre reencontra.
Ele sempre a obedecer ao impulso cego,
da desforra tardia da sedutora maçã
que o expulsou do paraíso e que ela, agora,
tinha obrigação de,
ela-interposta-ela,
ele recuperar.
Ele não recupera,
mas Ele agride,
mas Ele queima,
mas Ele mata.

Cautela...e caldos de galinha da comunicação social lusitana


Na semana passada, defendeu que "o ministro [Correia de Campos] devia ter tido mais cautela". "É preciso garantir acessibilidade. Quando se faz uma reforma, tem de se atender a todas as vicissitudes." Premonição?





Receita de médica, para ministro que já é ex-ministro?
Ou receita de médica pré-ministra, para ministra que era médica?
Logo veremos.
O problema é que (actualmente, neste jardim plantado à beira mar dos média)
o que faz ou desfaz ministros na opinião pública,
não é a obra que eles façam ou deixem de fazer.
É meia dúzia, ou menos, de frases ou imagens desfavoráveis de ocasião.
E meia dúziade casos, ou menos, do seu pelouro, mesmo que não da sua responsabilidade directa, convenientemente orquestrados por uma comunicação social desregulada legal e éticamente.
Querem casos concretos ?
Um ministro da saúde condenado porque as macas se acumulam num hospiital sem condições há muitos anos,
ou porque, num outro remoto hospital, um doente cai de uma maca,
ou, ainda outro doente, recebe "alta" e é posto ao léu, isto é, na rua, sem roupa nem dignidade.
Tudo casos, mormente os dois últimos, para a demissão de vários burocratas cegos e empedernidos
que pululam pelos hospitais e outros serviços públicos,
mas, nunca, para a demissão, voluntária ou não, de um ministro.
Por isso mesmo, é de desejar muita sorte e boa comunicação social para a Ana Ministra.
Tem uma vantagem, à partida.
Ser mulher.
Em Portugal, ainda é muito mais tentador, aliciante e bossalmente mais fácil, insultar
e abandalhar publicamente uma figura política masculina do que uma mulher.
Pense-se na actual Ministra da Educação.
Não duvido que,
se fosse um homem, também as condições de diálogo útil,
(ou, antes, a sua alegada falta) que invocou Correia de Campos na sua carta de demissão,
já há muito teriam "queimado" o detentor da pasta de Educação.
É uma frágila barreira.
Mas penso que, ainda é uma barreira
para a fúria assassina da nossa comunicação social.

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Aos prestigiosos matutinos "a União" e "Dário Insular"


Solicita-se, encarecidamente, ao matutino de informação terceirense a União
que faça a caridosa obra de misericórdia (bem própria, aliás, de um órgão "oficioso" de uma diocese) de informar o seu colega Diario Insular (também matutino e também de informação e também terceirense) que, em 2005, o PIB da Região cresceu 2,1%. Pois este, a avaliar pelas suas edições de sábado e segunda-feira, parecia ignorá-lo.
Assim, ao menos, conseguir-se-á, muito possivelmente, que o DI se possa fazer eco, à terça-feira, daquilo que lhe escapou no sábado e na segunda.
Roga-se, de igual modo, à "União" que ponha de sobreaviso o DI para o facto de que ele escusa de procurar esta notícia na "a União" online de segunda-feira, 28 de janeiro, porque não vai encontrá-la, a não ser que disponha de um motor de busca muito mais criativo do que o da própria "a União".

domingo, janeiro 27, 2008

Na Carolina do sul, Hillary perdeu, de vez, o "Norte"?

Todo cambió en Carolina del Sur · ELPAÍS.com


Algo esencial ha cambiado en Carolina del Sur. La rivalidad entre Obama y Clinton, como es lógico, se iba haciendo más agria a medida que avanzaba la campaña. Pero lo que ha ocurrido aquí es diferente de la tensión propia de una campaña política. Aquí se han tocado los nervios sensibles del Partido Demócrata y de esta sociedad: la convivencia entre razas, la armonía social. Alguien ha decidido resucitar los viejos rencores de la lucha por los derechos civiles, tapados en el país por una losa de pragmatismo y sentido común. Alguien ha levantado una esquinita de esa losa, dejando escapar un tufo de arcaicos debates sobre Martin Luther King, Lyndon Johnson, la revancha y el miedo. Y, por mucho que se busque, no se encuentra a ese alguien en el campo de Obama.
Todo cambió en Carolina del Sur · ELPAÍS.com






Por mim, espero que as profecias não se concretizem.
A minha candidata do coração é Hillary.
Porque também acho que, só ela, podia ser (pode ainda ?) o coração de uma mudança sem rupturas, como a própria História dos Estados Unidos mostra serem as "revoluções" vencedoras naquele país.
Mas as erradas tácticas eleitorais, cedendo às pressões dos ganhos imediatos de votos, pode ter comprometido o futuro desta mudança "por dentro do sistema" que, penso, só Hillary estaria em condições de protagonizar.
Repito, espero que os maus augúrios da Carolina do Sul, não se confirmem e, sobretudo, não alastrem a outros espaços e outras primárias.



sábado, janeiro 26, 2008

Um último adeus ao Presépio

É o que vos pede Coelho de Sousa,
no Álamo Esguio.
Apesar de já ir alto o mês de Janeiro,
ele continua "Ante o Presépio" a recitar os seus poemas,
embevecido,
como a criança que pede à mãe que não desmonte o presépio
na ingénua esperança infantil de prolongar o Natal pelo ano todo.
Coelho de Sousa também fala para as mães.
Sobretudo para aquelas que são esquecidas todo o ano!
ÁLAMO ESGUIO






Pedi às rosas disseram
O que mais queriam ser
E as rosas me responderam
Ao menos mães parecer...
ÁLAMO ESGUIO

quinta-feira, janeiro 24, 2008

George Soros, as entidades reguladoras e o mercado

Soros pide que se regule el sistema financiero · ELPAÍS.com

Las regulaciones no se reformaron "sino que se abandonaron", señala, convencido de que "los mercados no llegan al equilibrio por sí solos".
Soros pide que se regule el sistema financiero · ELPAÍS.com










  • Desta conversa de George Soros, seria muito importante
    que se gravassem
    na eternidade do bronze
    e na mente do maior número possível
    de dirigentes políticos deste nosso mundo de hoje,
    tendencialmente propensos a interpretações ligeiras
    da suposta "mão invisível" que rege o mercado,
    estas duas ideias,
    fortes como punhos atirados às " trombas"
    das incongruências e das monstruosidades
    do sistema financeiro internacional:

  • As entidades reguladoras do mercado não se reformularam
    para se adaptarem às novas exigências,
    evaporaram-se, simplesmente.

Por sinal, os exemplos em Portugal estão na ordem do dia.



  • Os mercados não chegam ao equilíbrio por si sós.

    Por outras palavras, a chamada " mão inivisível" só é mão que comanda, quando é mão de alguém
    (pessoa, grupo ou lei).
    A opção está apenas entre
    a mão que se esconde nos interesses vários
    ou a mão que se revela na lei.






quarta-feira, janeiro 23, 2008

O Dilema Açoriano 2008

Diário Insular OnLine


ÁLAMO MENESES, SECRETÁRIO REGIONAL DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA


Universidade dos Açores carece de revisão


A Universidade dos Açores (UA) tem um problema estrutural, pelo que a questão não é meramente financeira. O Governo Regional está disponível para, em conjunto com a UA e os Ministérios da Educação e das Finanças, resolver os actuais problemas, estando fora de causa quaisquer despedimentos
Diário Insular OnLine


A UNIVERSIDADE DOS AÇORES E O REITOR
por: Bento Barcelos



A questão essencial do financiamento das despesas de funcionamento da U.A., que não estão asseguradas na sua totalidade pelo Governo da República, gerando um problema agravado ano após ano, exige essencialmente uma resolução política.


http://www.diarioinsular.com/noticias/ver.php?edicao=5_18_Janeiro_2008&n_id=45875



Pessoalmente, eu próprio desejaria que todas as opções políticas que se irão colocar aos açorianos nas eleições regionais deste ano de 2008, tivessem a clareza do dilema que estes dois textos sobre a Universidade dos Açores exprimem.
Neste caso, qualquer leitura, por mais ligeira que seja, nos evidencia que estamos perante dois políticos encarando o mesmo problema por duas ópticas, estrutural e radicalmente diferentes.


Pode mesmo dizer-se que estamos em face de



  • Dois Secretários Regionais da Educação;

  • Duas soluções políticas para a Universidade dos Açores;

  • Duas visões políticas de fundo da Autonomia dos Açores;

  • Duas formas, historicamente e ideologicamente opostas, de encarar o tema central da Autonomia Regional, das relações entre o poder Regional e a República, que se esconde/revela nestes dois textos;

  • Dois caminhos para a procura e o encontro das soluções que, neste caso, a Universidade reclama e, em geral, os Açores se defrontam.

Quem se der ao trabalho de confrontar os dois textos e, para isso, terá de recorrer ao próprio DI, que, julgo, continua integralmente acessível apenas a assinantes, vai verificar que
a visão de Bento Barcelos é



  • Retórica e proclamatória;

  • Estereotipada e repetidora incansável de slogans batidos e rebatidos;

  • Que, segundo ele, existem apenas dois lados do problema: O lado bom/autonomista da parte da Universidade que reclama mais dinheiro, e o lado mau do Governo da República/centralista que o recusa.

Vai verificar, igualmente, que
a visão de Álamo Meneses é



  • Global e sistemática;

  • Aprofundada e realista;

  • Política, mas não retórica nem proclamatória;

  • Substitui os slogans pelo debate e confronto de soluções;

  • Situa-se para além do estafado e gasto tema "amaralista" da Autonomia versus centralismo, ou tripolaridade+insularidade.

Para não alongar, além dos mais,
estes dois textos em que, ainda por cima, o do Álamo é uma entrevista e, como tal, condicionada pelo entrevistador, o do Bento, um texto-de-secretária, sem condicionantes e (em teoria, pelo menos) pensado e repensado, são
o retrato de dois políticos e da sua obra de Secretários Regionais da Educação.
E, esperemos que sejam, pelo que podem antecipar do futuro, a opção entre o regresso ao passsado ou a continuidade na senda das soluções discutidas e negociadas.



segunda-feira, janeiro 21, 2008

Liberte-se um pouco dos seus descuidos de sempre

Ou antes, entregue-se aos seus cuidados mais genuínos.
Vá até ao Álamo Esguio.
Apesar de estarmos quase tão perto do Carnaval,
como longe do Natal,
Coelho de Sousa está ainda

"ante o presépio"
a lembrar verdades e temas que nunca devíamos esquecer.
Como esteÁLAMO ESGUIO:



ÁLAMO ESGUIO





Descuidados ou atentos,
Sejam velhos, sejam novos
Ninguém foge aos seus intentos
A morte é dona dos povos.

sábado, janeiro 19, 2008

Nós, portugueses, adoramos viver de equívocos


E temos a necessidade compulsiva de vivermos banhados em mitos.

Este da baixa de impostos é um dos equívocos mitológicos em que, há anos, mergulhamos com a maior volúpia.

Todos os partidos políticos portugueses vivem obcecados por dois temores patológicos nesta área.

Serem considerados irresponsáveis, se tomarem a iniciativa de baixar os impostos.

Vivem atormentadas noites de insónia,
só de imaginarem que outro partido possa,
temerariamente, abalançar-se à iniciativa antes deles próprios.


Por favor, chamem o bombeiro Joseph Stiglitz,
que tem créditos de Nobel para apagar fogos neste material inflamável.


/ Joseph Stiglitz, Nobel de Economía:



Joseph Stiglitz, Nobel de Economía:


"Bajar los impuestos es una equivocación"



Joseph Stiglitz, Nobel de Economía: "Bajar los impuestos es una equivocación" en CADENASER.com

Mitos da medicina actual

Aí vão sete mitos da nossa moderna medicina.
Segundo as pesquisas recentes de dois médicos ingleses.
O número deve ser apenas simbólico,
como os sete pecados capitais,
as sete obras de misericórdia, etc,
e outras listas semelhantes dos nossos códigos culturais.
A versão da lista em português, e possíveis falhas,
é da minha exclusiva responsabilidade.


Medical myths -- Vreeman and Carroll 335 (7633): 1288 -- BMJt



Medical myths -- Vreeman and Carroll 335 (7633): 1288 -- BMJ

Medical myths






  • People should drink at least eight glasses of water a day

  • We use only 10% of our brains

  • Hair and fingernails continue to grow after death

  • Shaving hair causes it to grow back faster, darker, or coarser

  • Reading in dim light ruins your eyesight

  • Eating turkey makes people especially drowsy

  • Mobile phones create considerable electromagnetic interference in hospitals.



Sete mitos da medicina moderna



  • Deve-se beber cerca de um litro de água por dia

  • Habitualmente, só usamos 10% das nossas capacidades cerebrais

  • Os cabelos e as unhas crescem mesmo depois da morte

  • Barbear-se torna mais escuros e grossos e mais rápidos a crescer, os pêlos do corpo humano (de homem e mulher, claro, com toda a gente entendia antes dos actuais escrúpulos do "género")

  • Ler com má iluminação prejudica a acuidade visual futura*

  • Comer perú provoca sonolência

  • Os telefones móveis provocam interferências nos equipamentos electromagnéticos dos hospitais.
*A nossa prestimosa EDA agradece a queda do mito. É menos um tormento de consciência.




segunda-feira, janeiro 14, 2008

O partido Socialista Catalão tem identidade olfactiva exclusiva

Image-0501


É, pelo menos, o que assegura o próprio PSC
(Partido Socialista da Catalunha) na sua página oficial.
O que não há duvida é que anda no ar, na vizinha Espanha,
um forte odor eleitoral que bem pode estar a perturbar as capacidades olfactivas normais
de muitos eleitores e dirigentes partidários.
Reconheça-se, porém, que, num pais em que as disputas politicas até podem envolver a mistura de substâncias bem mais explosivas, uma fragrância que associe aroma de rosa de damasco com um tom de patchuli possa transmitir um estado de tranquilidade, confiança, igualdade e eficácia que os seus produtores garantem evolar-se dos 4000 frasquinhos de 1 euro cada que o PSC recomenda a simpatizantes benévolos e a adversários implacáveis.
Em suma, originalidades eleitorais, que nada nos garante que não possam vir a ser replicadas no ano eleitoral açoriano de 2008, com umas fragrâncias marinhas de odor táctico "à C. César" : "É hoje"! É hoje"! (ou "será melhor deixar para amanhã ?!") ou o cheirinho da auto-ilusão "à C. Neves": "por favor, leve este frasquinho de "oxigénio democrático", com um desconto de 25% e direito a uma passagem gratuita na não-empresa açoriana SATA"!



El PSC presenta una fragancia inspirada en los valores socialistas · ELPAÍS.com


El PSC presenta una fragancia inspirada en los valores socialistas El aroma contiene pétalos de rosa de Damasco y una nota de pachuli, que favorece la reflexión y el entendimiento, según uno de los creadores del perfume
El PSC presenta una fragancia inspirada en los valores socialistas · ELPAÍS.com

domingo, janeiro 13, 2008

Política à portuguesa ao rubro








É o que todos podemos constatar, neste início de 2008, nos três polos principais da actividade política deste país. Portugal continental e Regiões autónomas dos Açores e Madeira.

Em todos eles, uma característica comum.
As entidades que detêm o poder instituído, mais ainda, o personalizam, é que detêm a iniciativa política e definem a agenda dos temas centrais em debate.
No continente, Cavaco Silva e José Sócrates. Nas Regiões autónomas, Carlos César, nos Açores, e Alberto João, na Madeira.
Em traços gerais, Cavaco Silva continua a viver e a sobreviver, em termos politicos, do ritual anual de três discursos: discurso de ano novo, discurso de 25 de Abril e discurso de 5 de Outubro.
Acrescenta-lhe, pelo meio, uns "Roteiros" de designação e intuitos vários, mas que só lhe servem para fazer a sua prova de vida burocrática, perante o país mediático e para que o país real não se esqueça, de todo, da existência do inquilino de Belém, até lá chegado por eleição directa.
Mais do que o cumprimento desses três actos rituais não se lhe pode pedir que faça.
Nem ele tem "golpe de asa" para ir além deles.
O caso de José Sócrates parece-me totalmente diferente.
É mesmo o inverso de Cavaco Silva.
Está em permanente situação de prova crucial, para definir o seu estatuto e o seu lugar político.
Lembremos apenas que as duas decisões que teve de tomar no início do ano, foram decisões que foi forçado a assumir, digamos, "no fio da navalha" da sua própria credibilidade política que acabara de atingir o seu máximo fulgor e expressão, com a brilhantíssima presidência da União Europeia, que, só em Portugal, alguns zoilos encartados conseguem manchar com algumas infundadas reticências.
Mas nem sequer teve a oportunidade de "passear" pelo país o seu Tratado de Lisboa, a pretexto de um referendo, que os seus adversários dizem ansiar, mas só efectivamente a ele, Sócrates, e à sua maior glória, serviria.
Podendo dar-se ainda ao luxo de, ao Tratado, acrescentar na sua fulgurante trajectória, o apoio do maior partido da oposição e de não ter mudado de posição sobre a sua ratificação por referendo.
Somando-lhe ainda o facto de o fazer, em contraste com o seu principal opositor.
Mas tudo isso lhe foi negado.
Teve de assumir o mais difícil.
Demonstrar que não mudara de opinião, quando vai fazer, sobre matéria idêntica, o contrário daquilo que prometera em campanha eleitoral e programa de governo.
O paradoxo do novo aeroporto de Lisboa é, em tudo, semelhante.
A credibilidade de Sócrates aumenta, quando ele é forçado a fazer o contrário daquilo que o seu Governo defendera como inevitável durante dois anos. Renegar a Ota por Alcochete. Tendo ao mesmo tempo de manter o Ministro que se transformara, por culpa própria ou não, no símbolo da Ota contra Alcochete.
São paradoxos vivos da política " à portuguesa" no seu melhor.
Por hoje, deixemo-nos ficar pelos paradoxos do rectângulo continental.
Não há-de faltar oportunidade futura para os dois outros paradoxos insulares.