O socialismo de todas as transformações.
O socialismo que se vai transformando a si próprio à medida que transforma a sociedade.
O socialismo das transformações cumulativas e da "acumulação" das transformações.
O socialismo que é outra forma de dizer e, sobretudo, de realizar, a liberdade e a democracia.
O socialismo, cuja preocupação central não é de nos tornar a todos mais iguais, plasmando um sonhado "homem novo" por uma cartilha ou vulgata ideológica qualquer, mas um socialismo, que tem, como objectivo principal, ajudar o Estado e a sociedade no seu conjunto, a criarem estruturas, que possam permitir e proporcionar a todos e cada um, pelo menos tendencialmente, condições equivalentes, que lhes permitam tornar-se diferente nas suas potencialidades ou limitações plenamente assumidas e respeitadas pelo próprio e pelos outros.
Neste socialismo, é necessário continuar a acreditar e a tentar implantar na sociedade, quer, quando ela tenha os limites estreitos de uma região ou de um país, ou quando, como agora, se tem de confrontar com os novos desafios de uma sociedade global.
É este o "socialismo de todas as almas", porque é ó unico meio de transformação de todos "os corpos" sociais de todas as sociedades.
Este socialismo só necessita de um ponto, de um único ponto de apoio, para a utilização das suas ferramentas de transformação social: a crença inabalável de que o homem não está prisioneiro das estruturas da sociedade em que vive. Pode tranformá-las, melhorá-las e colocá-las (repito o "tendencialmente") ao serviço de todos.
Só não será um socialismo sem mitos, como alguém, há muitos anos já, propôs, para título de livro e ideário de partido, porque se alicerça neste "mito".
En el congreso de 1981, el PSOE hizo suyo un programa político inspirado en el reformismo radical (o radicalismo constitucional) defendido por uno de sus principales ideólogos, el sociólogo José María Maravall. Desde principios de 1980, éste venía animando a su partido a dejar de soñar en el milenio y a deshacerse de las telarañas seudorrevolucionarias que constreñían su libertad de maniobra, proponiendo en su lugar una visión del socialismo democrático entendido como proceso de transformaciones acumulativas (&) para Maravall el socialismo debía entenderse como un proceso de acumulación de reformas centradas en la transformación democrática del Estado, la reforma igualitaria de la sociedad y la salida de la crisis económica con conquistas acumulativas que sean avances positivos hacia el socialismo democrático para lo cual era necesario articular y expresar una mayoría de progreso, una mayoría integrada por una pluralidad de capas y clases sociales. Cuando Blair, Giddens o Beck teorizan a finales de los años noventa la tercera vía están poniendo sobre el papel lo que los socialistas españoles, por una vez, habían practicado antes que sus homólogos europeos: modernizar el socialismo, la socialdemocracia, en los albores del siglo XXI.
Source: Todas las almas · ELPAÍS.com