"O meu nome é zero." Foi assim que se identificou perante os jornalistas, o homem que interrompeu Passos Coelho na Assembleia da República. Quantos homens-zero não tem fabricado este Governo?
Todos quanto estão desempregados. Todos os que vivem sem esperança nem futuro. Todos os que desistiram de Portugal e emigraram. Todos os licenciados sem perspectivas de realização pessoal e profissional.Todos os estudantes que abandonaram os estudos por falta de bolsas. Todos os que aguardam anos por uma cirurgia. Todos os que procuram desesperadamente um emprego e não o conseguem. Todos os reformados e pensionistas que tem visto as suas pensões e reformas degradadas e que vivem ao nível da subsistência. Todos os que sonharam viver numa sociedade solidária e justa. Todos os que estão em risco de pobreza ou já nela caíram sem culpa nem responsabilidade pessoal. Todas as crianças que só conseguem uma refeição nas escolas. Todos os jovens que conhecem a dureza de uma vida sem horizontes. Todos os adultos que só conseguem alimentar-se das sobras da "caridade" da senhora Isabel Jonet. Todas as famílias que, de repente, se viram sem tecto nem lar. Todos os idosos que estão, contra sua vontade, em lares e casas de repouso. A todos estes e muitos mais, este Governo criou ou agravou a sua condição de "homens-zero".
Relato de Futebol - Livro de Pedro Azevedo
Há 16 horas
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