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Perfazem-se hoje 18 anos sobre a data da morte de Coelho de Sousa (2 de Setembro de 1995). Podia recordá-lo de muitas maneiras. Por palavras minhas. Por palavras dele próprio Prefiro fazê-lo através de um episódio narrado por outra pessoa. Por Onésimo Teotónio de Almeida.
O facto de eu ter uma biblioteca que bate recordes de desorganização, permite-me descobrir de quando em vez novidades “antigas” que a memória esquecera. Ontem mesmo, fui redescobrir os”Onze Prosemas” do Onésimo. Num deles - o prosema sobre a nuvens - Onésimo viaja de avião sobre os gelos Da Gronelândia, quando o comandante de bordo anuncia que se encontravam a sobrevoar “north of Terceira Azores”. A informação deixou indiferente os restantes passageiros. Apenas Onésimo abriu uma nesga da sua persiana. Mas, diz Onésimo, “nada de ilha e nem sequer mar só nuvens e mais branco e de repente uma alucinação Não é a Serra de Santa Bárbara essa não fura assim este algodão espesso mas o PICO ele mesmo ou a ponta dele um cone de azul plantado sobre aquela imensidão de branco sereno e altivo imponente e majestático altaneiro e belo que o padre Coelho na aula de português disse parecer um seio mas isso era visto de Angra o cimo da montanha sobre o corpo de São Jorge como se de uma mulher deitada ou sereia estendida de costas(...)
Só eu levarei comigo na bagagem para casa aquele cume da montanha do Pico que eu sozinho namorei de longe muito longe e era azul suave e talvez mesmo um seio terno como na metáfora do padre Coelho na minha aula de português”-
Nota oportunista. Curiosamente, hoje, também foi desbloqueada a situação de impasse que impediu durante alguns dias que o “Testamento Poético” de Coelho de Sousa estivesse acessível para aquisição. Lembro o link http://www.bubok.pt/livros/7321/TESTAMENTO-POETICO.
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