sexta-feira, setembro 13, 2013

Pacu

O texto publicado no Diário Insular, no passado Sábado ,com o sugestivo título de “Pacu e os eleitores” despertou em mim  a ideia para um breve escrito sobre “Pacu e os jornalistas”.
Pelo que respeita à cobertura jonalística de campanhas e pré-campanhs eleitorais( para nos mantermos no mesmo tereno ) afigura-se-me que os jornalistas se podem classificar em três categorias, o jornalista ganha-pão, o jornalista que tem mais olhos que barriga e o que tem mais barriga do que olhos.
O jornalista ganha-pão é aquele que tem uma sensibilidade muito viva para o seus problemas pessoais e que fará tudo para poder comer três vezes ao dia.Pouco interessam  as suas convicções(normalmente é-lhe indeferente  trabalhar ou não  ao arrepio delas) ele não deixará de cumprir as tarefas que lhe encomendam. Faz  lembrar aqueles católicos sociológicos que  independentemente das suas convicções mais íntimas ,estarão sempre presentes, na missa, na coroação, na procissão.
O jornalista que tem mais olhos que barriga  é aquele que está de olho vivo para aquilo em que os candidatos se assemelham, mas que é totalmente falho de apetite e atenção para as diferenças que os distanciam. Pode vê-las, ocasionalmente, mas nunca as come ou digere. Tem uma medida e pauta única para todos. São todos iguais. Venha o diabo e que escolha.
O jornalista que tem mais barriga do que olhos é aquele que (quase fisicamente, mas decerto metaforicamente) come e abocanha o candidato. Ele é que é o protagonista. O candidato é apenas uma figura menor para contracenar com o jornalista. O jornalista quase que o dispensa e só precisa dele como pretexto.
Custa meter o Pacu, neste quadro?  Não. Também, entre os jornalistas, o Pacu não teria alimentação garantida,


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