terça-feira, julho 03, 2007

Entre o J J e o J B



É entre estes dois personagens madeirenses,
que parece acomodar-se refém a vida pública e mediática deste Portugal-Século-XXI.
O JJ, por achar que nunca tem dinheiro suficiente para as suas fantasias autonómicas,
atravanca-nos a História com eleições extemporâneas, que ameaçam mudar tudo menos ele e acabam por (parecer) mudar a ele (tudo) e ao resto nada;
com arrotos mediáticos, que, pela sua repetição já começam a ter quase sabor de agradecimento a quem lhe vem dando de comer;
com revisões estatutárias novas que já nascem velhas e ameaças de revisões constitucionais futuras para tentar retocar o seu sótão de teias de aranhas de ideias de um antiquíssimo passado.
O JB, por parecer achar que tem dinheiro a mais e poder a menos, usa o dinheiro como arma de arremesso contra todos os poderes que pareçam debilitados, o Estado português na Cultura, o Mega Ferreira no Centro Cultural de Belém, o Jardim Gonçalves (mais um madeirense!) no BCP, O Luis Filipe Vieira no Benfica, a Sogrape nos vinhos, etc. etc.
Tenho de reconhecer que me incomoda muito mais o JJ que o JB.
É que eu sei que o JJ tem sido, e promete continuar a ser, um obstáculo à renovação da imagem e do conteúdo das autonomias insulares.
JB, pelo seu lado, bem pode ser o agente da destruição renovadora que o nosso capitalismo convencional e domesticado está necessitando, para se actualizar e revelar a sua verdadeira face.
E deixar, definitivamente, de parecer, apenas, uma outra forma de trabalhar por conta de outrém.

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