sábado, setembro 30, 2006

Uma saída possível

 Não sei esta (eventual) inovação do "Sol," de atrasar para o início da semana seguinte, a leitura completa, 0nline, das notícias que publica no fim de semana anterior e de apresentar, na net,  no dia da saída da sua edição impressa, o número da edição anterior, será uma das  soluções possíveis para a imprensa escrita responder aos desafios da nascente sociedade da informação.
O  que é certo é que se trata de  uma tentativa muito mais inteligente do que a ensaiada pelos jornais belgas a que me referi em entrada anterior.
Seja como for, há muitas outras,  já tentadas por outros OCS tradicionais.

 

 

Continue a ler esta notícia na edição em papel disponível online 2ª feira.

Source: Sol

sexta-feira, setembro 29, 2006

Cinco perguntas belgas de alcance universal

 Depois do confronto jurídico da imprensa belga com a Google,
começam a aparecer as perguntas de fundo sobre as verdadeiras questões que, hoje, se colocam à  imprensa escrita face às novas formas de comunicação.
Três características importantes já ela perdeu.
Restam-lhe duas.
Ambas discutíveis e precárias.

 

1. La presse écrite a-t-elle encore l'exclusivité de l'information ? Réponse : De moins en moins ou souvent pas du tout. L'info brute est sur le net et en plus… gratuitement
2. La presse écrite a-t-elle encore le monopole de la rapidité de l'information ? Non. Face à Internet, même un quotidien apparaît comme dépassé alors que les portails offrent des informations réactualisées toutes les demi-heures
3. La presse écrite a-t-elle le monopole du volume de l'information ? Là encore, il n'y a pas photo… les infos sur web sont illimitées. Comme disent les Américains, “you name it, we got it”.
4. Posons également la question du prix ? La radio est gratuite, la TV aussi, Internet l'est aussi et on a même aujourd'hui une presse quotidienne du genre Metro, plutôt bien faite et …gratuite
Bref, aujourd'hui, il n'y a plus que la presse écrite qui est encore payante. Est-ce tenable à moyen terme face aux jeunes générations qui sont désormais habituées à ne plus rien payer ?
5. Reste la dernière et provisoire question: qu'en est-il de l'analyse et de l'explication ? Pour le moment, la presse écrite a encore un avantage sur ce point là. Pour la simple raison que les journalistes sélectionnent et hiérarchisent l'information. En clair, ils lui donnent du sens, ce qui n'est pas rien. Et ce qui n'est pas le cas du Net qui reste encore (excusez-moi de l'expression), un « foutoir à informations ».
D'où ma vraie dernière question : les jeunes générations veulent-elles encore du sens ou se contentent-elles d'une info brute ? La question reste posée.

Source: Trends.be

A devagarosa morte

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Como se em surdina madurassem os figos


Em vão
procurei a doçura pelos ramos de agosto, essa voz que
ouvi nos confins de um século.


(...)


Quando se vai para o outono, modula-se a vida
de fios brancos,
sons que pesam numa cabeça meditativa


(...)


Envelhece- se com as pancadas de uma arqueologia lunar;
flechas que assinalam outros campos, de um lado as
vinhas,
a maturação das uvas;
algures um vestígio de praias, paixões, a alma condoída.


Com tão pouco se fundam os alicerces, a casa de um homem:
caves, cúpulas, os alpendres virados ao mar,
o primeiro beijo ao entardecer das sebes.

Morre-se tão de repente.
Morre-se devagarosamente

quinta-feira, setembro 28, 2006

À Sombra do Álamo Esguio

Aceite um bom conselho!
Para saborear em pleno os amenos raios de sol
deste açoriano outono primaveril, acolha-se à boa sombra  do
ÁLAMO ESGUIO.

Lá, poderá encontrar pérolas como estas:
 

O Pão Nosso da saudade
é o meu sustento agora.
Verdes anos, mocidade...
Oh! tempos lindos de outrora!...

A viola já morreu,
porque ninguém a tocou
E  S. João vai passando
E com ele também  eu vou!

Duas fases tem a vida:
A primeira, a mocidade
A segunda cabe toda
nesta palavra saudade!

 

Vá! Não hesite! Nem precisa correr!
Basta linkar

terça-feira, setembro 26, 2006

O Veneno... e o seu Antídoto

Tudo no mesmo jornal!

Tudo pelo preço de um só jornal!

Tudo separado apenas por (+ ou -) duas dezenas de páginas!


Permita-me um conselho impertinente.


Não faça a vontade ao jornal.

Ponha o DI de pernas para o ar!


Comece por tomar o antídoto na página 24!

E depois...
delicie-se a olhar para a capa,
a ler o editorial,
a saborear as medidas (reais) da autonomia.


Mas o DI fez precisamente o contrário!!

Não se preocupe!


É sina dele!


VER MAIS LONGE…
por: Guilherme Marinho


Dia 13 p.p. o Jornal que gentilmente me acolhe destacava em primeira página o
recente Acórdão do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias. Conclusão
editorial: a nossa Autonomia está limitada. A RDP-Açores consultou um perito em
assuntos europeus (Prof. Carlos Amaral da Universidade dos Açores) que logo
descobriu nuvens negras no futuro do regime político autonómico.


VER MAIS LONGE…
por: Guilherme Marinho


Diário Insular OnLine






AUTONOMIA AÇORIANA
O peso da ilusão

A Autonomia açoriana está sobrevalorizada. Quem o diz é o professor Carlos Amaral, especialista em Assuntos Europeus na Universidade dos Açores. O académico revela em conversa com o DI que os Açores não são tão autónomos como se tem feito crer: Bruxelas tem influência em muitas das decisões legislativas, assim como Lisboa. Pede, por isso, que se pense a sério no assunto.


Diário Insular OnLine







 

segunda-feira, setembro 25, 2006

Uma Nação globalmente injusta

Ao ouvir, ontem, no acaso de um zapping televisivo, as palavras do Secretário Geral da Nações Unidas, a falar de uma economia mundial globalmente injusta, não pude deixar de recordar-me destes números sobre os Estados Unidos, vindos a público, no princípio deste mês.




Le Monde

sábado, setembro 23, 2006

O "Sol" do Expresso chama-se Cavaco Silva

Só quem tiver lido as primeiras páginas do semanário Expresso
é que soube que Cavaco Silva esteve no centro das grandes decisões políticas
das últimas três semanas.

Foi uma verdadeira revolução "coperniciana" da vida política portuguesa.

E só o Expresso é que lá estava para o revelar.

Calculem só, aquilo que perderam aqueles que andaram à procura do "Sol,"pelas parangonas de outros semanários!



Cavaco Silva pressiona novo pacto de regime

O gelo derreteu e Sócrates chegou a acordo com Mendes na área da Justiça. Agora, para Cavaco Silva, começou uma nova demanda: um pacto na Segurança Social. Difícil? Sem dúvida. Impossível? Nada o é em política.

EXPRESSO











Carta de Sócrates a Mendes: não há negociações pessoais O não ao pacto para a Segurança Social marca a 1.ª divergência entre Sócrates e o Presidente. Alexandre Relvas, ‘o Mourinho de Cavaco‘, diz que o Governo tem de fazer ‘rupturas’ ousadas. O ministro Vieira da Silva acusa companhia de seguros de fazer lóbi a favor do PSD.
EXPRESSO



Escolha do novo Procurador-Geral
Cavaco pôs Sócrates a falar com Marques Mendes










EXPRESSO

quarta-feira, setembro 20, 2006

A luz escaldante dos incêndios de Agosto

Image-0084.

É uma luz que ilumina os verões de muita gente em Portugal.
E que chega a "queimar" a paciência de muito boa gente, mesmo só através dos écrans das televisões.
Porque será que os fogos, que parecem todos iguais a quem os vê na televisão, parecem possuir a secreta magia de despertar a atenção e a emoção sempre renovada aos operadores de imagem das televisões?
Neste verão de 2006, a luz dos incêndios não brilhou tão forte nem queimou tão devastadoramente.
A área ardida, até 31 de Agosto, desceu para um quinto  do ano anterior ( cerca de 60 mil hectares contra 300 mil).
Mesmo assim, haverá sempre chamas que não se apagarão da memória, da vida e dos olhos das pessoas.
Estas, http://www.filmloop.com/x?H/VbWWdStGeqCywzOKYJ3aTcmMJ7H3O6, por exemplo. 

segunda-feira, setembro 18, 2006

A Tardia Idade dos "porquês"



“Porquê eu?!”

Source: EXPRESSO


É o que parece estar a acontecer a Maria Elisa:
Só aos 56 anos de vida, chegar à idade dos porquês.
O que parece um eco muito tardio dos repetidos porquês que toda a gente sempre foi colocando ao longo das muitas viragens da sua vida pública.
A própria entrevista tem muitas amostras elucidativas sobre estes abundantes "mistérios" "Elisinos".

E agora, Maria?
Por quê, o teu porquê?


Por que razão?


E do apoio que deu a Freitas do Amaral na campanha para a Presidência da República?


Refere muitas vezes ser uma mulher de esquerda. Mas anos mais tarde , após ter estado ao lado Maria de Lourdes Pintasilgo, apoiou, por exemplo, Krus Abecassis, do CDS, para a Câmara de Lisboa?


E do apoio que deu a Freitas do Amaral na campanha para a Presidência da Republica?



Nas legislativas de 2002 integrou as listas do PSD como independente. Considera o PSD um partido de esquerda?


Enquanto deputada surgiu uma polémica por querer manter o estatuto de jornalista.


Mas a Comissão de Ética do Parlamento acabou por levantar o problema.


Também não viu qualquer incompatibilidade em ter feito uma entrevista a Cavaco Silva para ser utilizada durante um tempo de antena?


Renuncia ao mandato na Assembleia alegando que a sua doença, a fibromialgia, não lhe permitia exercer o cargo. Pouco depois, vai para a Embaixada em Londres, o que suscita muitas críticas.

quinta-feira, setembro 14, 2006

2884 passos


São os números,
de hoje,
da minha
doméstica pedometria.
Não são muitos.
Nem chegam a metade,
dos passos,
das únicas caminhadas da minha vida,
que me esmero em quantificar,
por tardio capricho tecnológico.
As únicas caminhadas que faço
sem outro objectivo
que não seja
o simples
e determinado objectivo
de fazê-las
ou tê-las feito.
Estes passos de pedometria,
de que só, fisicamente,
se beneficia,
tal como são feitos,
assim
podem ser
desfeitos,
refeitos,
rarefeitos,
contrafeitos,
precisamente,
porque,
apenas
para o físico
têm efeitos.
Mas os
2884 passos
de hoje,
não podem,
nunca mais,
ser
desfeitos,
refeitos,
ou contrafeitos.
Foram passos
para uma morte.
Passos para a morte.
Passos para a minha morte.
A morte
de qualquer ser vivo,
com laços de convívio,
e de afecto,
tidos
e mantidos
para além da simples presença física,
é a nossa própria morte
antevista
antecipada,
figurada,
anunciada,
brutalmente
despoletada.



Nunca mais,
poderei desfazer
estes
2884 passos
da minha doméstica
pedometria.
Foram passos meus
para o atropelo
da morte fria.




quarta-feira, setembro 13, 2006

As respostas de Romano Prodi podem não ser exaustivas, mas são claras

O que é ser de esquerda, na Europa?


Qu’est-ce qu’être de gauche en Europe ?


Nous sommes devenus le pays d’Europe le plus inégalitaire. Pour l’Italie, être de gauche, c’est rétablir une meilleure redistribution des richesses. De plus, il y a en Italie une évasion fiscale inconnue ailleurs. Berlusconi a pu déclarer que 40 % des revenus des Italiens échappaient à l’impôt. Etre de gauche, c’est rétablir la justice dans la répartition de l’effort sans faire machine arrière sur le plan social ; c’est rendre compatible le développement d’un pays avec le maintien des acquis sociaux.


A União Europeia é de esquerda?



Comment définir des solidarités aujourd’hui dans un monde globalisé ?


Sur cet aspect, l’Union européenne est de gauche. C’est l’unique structure mondiale dans laquelle les zones les moins développées ont crû plus que les zones développées, grâce aux fonds structurels et à une politique régionale sérieuse. Un pays dépourvu d’infrastructures comme l’Espagne s’est transformé en pays ultramoderne grâce aux fonds européens.






segunda-feira, setembro 11, 2006

Valerá a pena perguntar porquê?

Valerá a pena perguntar
porque é que no dia 11 de Setembro de 2006,
aparentemente sem qualquer esforço de sensacionalismo tablóide,
o "Público" online, resume os grandes temas jornalísticos deste dia,
em cinco notícias de tom apocalíptico e uma pergunta de "juízo final",
que é sobre o futebol,
mas que bem podia ser sobre o mundo
que é o nosso,
e o país que é o nosso,
tal como,
um e outro,
se podem vislumbrar por detrás desta cortina de notícias,
que tanto revela como esconde o mundo em que vivemos?

Mas perguntar o quê?

Se este dia é que é malfadado, por qualquer misteriosa conjunção ou conjugação astrólogica?( 11 de Setembro de 1858, morre, de congestão, o historiador terceirense Francisco Ferreira Drumond; em 11 de Setembro de 1891 suicida-se Antero de Quental; em 11 de Setembro de 1973, morre Salvador Allende, na defesa do seu lugar de Presidente eleito do Chile)

Se este ano de 2006 é que é, todo ele, mais um dos repetidos "annus horribilis"que se tem encadeado uns nos outros, nos tempos mais recentes?

Que estamos a viver apenas um intervalo histórico, entre os tempos velhos do século XX, mas que ainda não morreram totalmente, e os tempos novos do século XXI, que tardam em nascer?

No fundo, interessa é que perguntemos.

Como primeiro passo, para tentarmos começar a ordenar o caos.



11 de Setembro: cinco anos depois

Nova Iorque concentrada no Ground Zero

Mirandela: população invadiu hospital em protesto contra fecho da
maternidade

Regresso às aulas em clima de contestação
sindical

Autarquias antecipam receitas antes que a lei o proíba

Bagdad: pelo menos 16 mortos em ataque suicida

Quem tem mais responsabilidades pelo caos que está instalado no futebol português?

sexta-feira, setembro 08, 2006

Duas Europas, também para os Imigrantes.

  • No dia em que o analfabetismo  é lembrado como uma das ancestrais raízes da Europa como sociedade dual, é capaz de ser oportuno recordar também  que a "nova" Europa da União Europeia se  está construindo com base em insidiosos dualismos sociais: 
      •  A Europa dos "Imigrantes regularizáveis"
      • A Europa dos "Perpétuos clandestinos"

En Espagne, pays de l'Union européenne qui a reçu le plus d'immigrés au cours des dernières années, en raison notamment de son dynamisme économique, l'immigration massive arrive d'abord par les aéroports. Cette immigration n'est pas planifiée. En arrivant simplement avec des passeports en règle - et comme touristes -, ces étrangers-là ont pu, et pourront, sans trop de difficultés, bénéficier de l'une des mesures de régularisation prises par les gouvernements espagnols successifs, de droite puis de gauche. Parce qu'ils arrivent sans passeports, expliquent les associations humanitaires, les Noirs africains venus par cayucos n'ont d'autre destin que la clandestinité perpétuelle

Source: Le Monde.fr : Pathétique Europe

terça-feira, setembro 05, 2006

O nosso patriotismo só pode ser uma imensa compaixão




Neste dia 5 de Setembro de 2006, depois de alguns dos acontecimentos do dia de ontem (comemoração "solene" dos 30 anos da Assembleia Regional, por exemplo) e do programa "Prós e Contras" da noite televisiva, também de ontem , sobre o infindável e inimaginável embróglio-novelo-novela "Caso Mateus", tenho de reconhecer que não sei se me apetece escrever alguma coisa sobre tudo isto, ou, sequer, se me apetece o esforço de escolher alguma coisa sobre o que escrever, depois de tudo isto e a respeito de tudo isto.
O que, de imediato, me ocorreu, foram estas palavras de Millan Kundera sobre a sua República checa.
No seu romance, "A Ignorância", faz ele a distinção entre dois tipos de patriotismo.
O patriotismo dos grandes povos, como os alemães e os russos.
Um patriotismo que se alimenta da exaltação da sua glória, da sua importância, da sua missão universal.
E a outra variante de patriotismo, própria dos checos.

"Os checos amavam a sua pátria não por ela ser gloriosa, mas por ser desconhecida.
Não por ser grande, mas por ser pequena e estar incessantemente em perigo.
O seu patriotismo era uma imensa compaixão pelo seu país."

O que pode ser o nosso patriotismo, além de uma imensa compaixão pelo nosso país, na noite, em que ouvimos, claramente lido, um ofício arrogante da arrogante FIFA, a ditar-nos ultimatos sobre quando e como resolvermos questões que dizem respeito exclusivamente à nossa organização e actuação interna como entidade soberana com estruturas e regras próprias?

O que pode ser o nosso "patriotismo regional", ou, se preferirmos mais rigor, o nosso açorianismo autonomista, senão uma imensa compaixão, quando nos apercebemos, pelas imagens e pelos relatos, que a comemoração dos 30 anos da nossa Assembleia Regional e Autonomia, ainda foi mais pobre, mais amorfa, mais "insulada", mais vazia de tom e som, de reflexão sobre o passado ou de prospectiva sobre o futuro, de consciência da força da herança ou voluntarismo da ambição de futuro, do que já haviam sido, também sob a égide da Assembleia, as comemorações dos 25 anos da Autonomia?.
De uma e outra comemoração restam duas moedas comemorativas.
Em ambas, procurando transmitir-se uma imagem que as comemorações não souberam (ou não puderam) traduzir: asas rasgando o futuro.
Só se espera que as moedas tenham razão, contra as comemorações que assinalam.

segunda-feira, setembro 04, 2006

A papoila é aquele monstro afegão...


"L'opium afghan alimente les insurrections en Asie occidentale, nourrit les mafias internationales et cause la mort de 100 000 personnes par surdose chaque année",

Source: Le Monde.fr : La production d'opium atteint un niveau record en Afghanistan

As lições da Pedra

sexta-feira, setembro 01, 2006

Opções de um mundo-cão






Mirama Tuna recolhe água não-potável de um charco coberto de algas.
"Os animais também bebem a água do charco."
"Venho cá buscar água três vezes por dia.
Às vezes o charco seca e tenho que ir longe buscar água."

Credit: WaterAid / Jenny Matthews



"$3.50( 1,30 Euro) parece quase nada para alguém de um país rico, mas a maioria das pessoas
nos países mais pobres ganham menos de um dólar por dia. E precisam desse dinheiro
para alimentar as suas famílias"


"Eles não vão poder ir à escola, porque não têm tempo para isso. São as meninas
em particular que sofrem, porque são as mulheres e as meninas que se encarregam
de ir buscar água."