quarta-feira, junho 25, 2008

mudanças de paradigma

A notícia é que, segundo estudos recentes e realizados por uma mulher, as mulheres excitam-se com nus femininos e mantêm-se indiferentes perante a visão de nus masculinos.
Provavelmente, vamos mudando de paradigma em relação aos ideais de beleza humana.
Recorde-se que na antiguidade clássica, a mulher era considerada, mesmo do ponto de vista físico, um ser imperfeito, um simples "homem" a que faltava qualquer coisa.
Segundo estas novas investigações, a imperfeição te
ria mudado de sexo.
É uma vingança fria, muito fria. À distância de século
s .Sexo - Ellas prefieren ver desnudos femeninos - ADN.es



Sexo - Ellas prefieren ver desnudos femeninos -


ADN.es


La doctora Chivers llegó a esta conclusión tras varios
meses de rigurosos experimentos, en el transcurso de los cuales
proyectó ante sus "conejillas de indias" diferentes
imágenes de mujeres y hombres desnudos y vestidos, en
situaciones sexuales y no sexuales. De forma unánime, las
mujeres no se excitaron ante imágenes masculinas de
auténticos "adonis" en pelotas y, sin embargo, se pusieron a
cien al ver hermosos cuerpos femeninos desnudos.




quinta-feira, junho 19, 2008

Uma saída para a Irlanda? Não. Duas

Não deixa de haver alguma ironia da História, no facto do antigo presidente da "Convenção para o Futuro da Europa", em 2002 e 2003, Valéry Giscard d'Estaing, de que resultou o "O Projecto de Constituição Europeia," que veio a morrer nas urnas dos eleitores da França e da Holanda, surja agora, não com uma, mas com duas fórmulas salvadoras do Tratado de Lisboa. Parece puro altruísmo. Não salvou o que era seu. Vem agora tentar salvar o que é de outros.
De caminho, acha que o projecto europeu se afastou dos cidadãos nos anos 90. Também de responsabilidade, não sua, mas de outros.
De facto, nessa década, Valéry não pode ser acusado de grandes responsabilidades na matéria. Foi antes, nos anos 70, que foi Presidente da República Francesa. E foi depois do ano 2000, que se envolveu nos trabalhos da Convenção.



terça-feira, junho 17, 2008

Um Plano C para a Constituição Europeia

É o que propõe a autor deste blog de Marselha
que se transformou num dos catalizadores
do Não francês de 2005 ao primeiro Projecto de Constituição Europeia.
Falhado, de novo, agora com a rejeição dos irlandeses,
o Plano B de Constituição
restará avançar para um Plano C:
Pôr os próprios povos europeus a redigir a Constituição.
Tão fácil de imaginar como difícil de concretizar.
E como se arrisca a demorar uns bons séculos,
convém que os interessados na ideia metam já mãos à obra
. [Le Plan C : écrire nous-même la constitution. Notre beau rêve européen est-il utilisé pour affaiblir la démocratie]



[Le Plan C : écrire nous-même la constitution. Notre beau rêve européen est-il utilisé pour affaiblir la démocratie]


Le plan C, le seul qui vaille : Concevoir nous-mêmes une Constitution d’origine Citoyenne.

Réflexions à propos de la construction européenne et de la démocratie en général :
que sont devenus la séparation des pouvoirs et le contrôle des pouvoirs ?


Montesquieu a oublié de nous dire QUI doit ÉCRIRE la Constitution, et qui ne doit SURTOUT PAS l’écrire !




O presidente do Irão contra o capitalismo louco

segunda-feira, junho 16, 2008

O novo conceito: revotar

Entre muitas outras coisas que devemos à Europa nos últimos 50 anos,
algumas são apenas palavras novas, que ajudam a compreender de forma diferente realidades antigas
ou a tornar "pensáveis" realidades também tão novas como as palavras criadas para as designar.
Para falar apenas de realidades que nos são mais familiares exemplifique-se com o conceito de ultra periferia,
com o qual se conseguiram englobar realidades tão distantes no espaço como os Açores e a Martinica ou a Madeira e a Guiana.
O fracasso do "Sim" ao tratado de Lisboa parece estar a lançar os dirigentes europeus na busca de uma nova palavra.
A palavra "revotar" um referendo.
Note-se que a situação é diferente das anteriores colecções de "nãos" que a Europa recolheu em outro referendos.
De facto, vai ser necessária muita criatividade política para, de forma também politicamente aceitável, levar para nova votação um referendo que teve a participação maioritária da população consultada e pouco se percebeu, ainda, das razões ou pretextos do "não" que pudessem facilitar a repetição do referendo.
Contra os melhores estratagemas dos políticos europeus, percebemos estarem a levantar-se um muro de preconceitos e de verdadeiros fantasmas, que parecem mergulhar no mais inconsciente do inconsciente colectivo dos povos.
" Revotá-los" chegará para os anular?


Le Monde.fr : Les titres du Monde

Le Monde.fr : Les titres du Monde




L’Europe a l’espoir secret de faire revoter les Irlandais

sábado, junho 14, 2008

A tentação da facilidade

É a velha tentação que ressurge.
Se esta Europa da unanimidade se mantem no impasse há varios anos, e se o "Não" irlandês ameaça prolongar indefinidamente esse impasse, então, não se podendo mudar as regras de funcionamento desta Europa, senão por unanimidade, então...
crie-se uma "outra" Europa,
só com a maioria dos países que estejam dispostos a avançar com base na regra da maioria.
O que significa criem-se várias europas a várias velocidades.
Esta solução de desespero, que até poderá parecer muito prática para resolver,
de imediato, o impasse, não resolveria mais do que isso.
E seria, definitivamente, uma "outra" Europa,
diferente daquela que inspirou, durante os últimos 50 anos, o ideal europeu
. Une chance pour l’Europe ? - Europe - Le Monde.fr



Une chance pour l’Europe ? - Europe - Le Monde.fr

Pour sortir de ce cercle vicieux, il n’y a qu’une possibilité :
créer, à côté de l’Union européenne
actuelle, une avant-garde composée de pays prêts à
accepter la règle de la majorité qualifiée pour
approfondir l’intégration.

quarta-feira, junho 11, 2008

O futuro da UE, nas urnas dos irlandeses

É o que vai acontecer nas próximas 24 horas,
com a votação,amanhã, do referendo sobre o tratado de Lisboa.
As sondagens são contraditórias, tanto dando maiorias ligeiras ao sim como ao Não.
Já fenómeno semelhante aconteceu no último referendo europeu, na Irlanda, sobre o Tratado de Nice. As posições nas sondagens equivaliam-se.
E o primeiro resultado foi a vitória do Não.
Foram necessários alguns "arranjos " de última hora para servir de pretexto a um novo referendo e, finalmente, à vitória do sim a Nice.
Simplesmente, agora, que para os partidários de Não o Tratado de Lisboa aparece como a expressão de todos os males, reais e imaginários, parece difícil conseguir novos arranjos para uma segunda votação,.
Ou tudo se resolve à primeira ou a perspectiva é a Irlanda de 4,5 milhões de habitantes paralisar, de novo, a Europa de 450 milhões.
Precisamente, a Irlanda que é um dos grande êxitos da União Europeia nos últimos 30 anos, está a caminho de se transformar no seu maior pesadelo.
Tudo se joga amanhã, 12 de Junho.
Não é uma sexta feira, 13.
Mas pode ser uma lamentável aproximação
.
Le Monde.fr : Les titres du Monde


Le Monde.fr : Les titres du Monde



Trop libéral, pas assez libéral, trop libertaire,
antidémocratique : le traité de Lisbonne est
accusé de tous les maux, y compris ceux qui ne le concernent
pas
.

sexta-feira, junho 06, 2008

Coelho de Sousa na internet

Os leitores e admiradores de Coelho de Sousa passaram a dispor, desde há dias, além do blogue Álamo Esguio, de uma nova presença de Coelho de Sousa na internet.
Trata-se do sítio
padrecoelho.googlepages.com/
O que se pretende com ele, como se explica na sua página inicial, é permitir às pessoas, que se interessam pelas obras do espólio de Coelho de Sousa, uma visão de conjunto daquelas que, em fragmentos diários, vem sendo publicadas naquele blogue, desde há três anos.
Consulte! Não se esqueça do URL
padrecoelho.googlepages.com/

quinta-feira, junho 05, 2008

A derrota anunciada de Hillary

A derrota de Hillary estava anunciada nos números.
Estava anunciada na intenções de voto já conhecidas dos superdelegados.

Nas intenções de voto pré-anunciadas e indiciadas de muitos dos superdelegados
que ainda resistiam a anunciar claramente o seu voto.
Na decisão da cúpula do partido democrata sobre a contagem dos votos dos democratas rebeldes da Florida e de Michigan.
Mas Hillary resistiu a todos estes factos desfavoráveis
e guardou a sua palavra final de resistente desistente para uma última consulta aos seus apoiantes mais próximos.
Esta palavra será dita sábado.
E não pode ser outra, senão o reconhecimento e aceitação da derrota.
Restam dois problemas ao vencedor Obama:
Recompor a unidade do Partido democrata.
Negociar habilmente um lugar pra Hilary, sob pena de ferir de morte aquela desejada unidade interna e ficar acantonado no seu eleitorado, o que se arrisca a dar a vitória das presidenciais aos republicanos.
A mim, ainda me resta dizer mais uma palavra sobre Hillary, mas ficará para próxima oportunidade
. Clinton ofrecerá su apoyo a Obama · ELPAÍS.com



Clinton ofrecerá su apoyo a Obama · ELPAÍS.com

El candidato afroamericano tendrá que recomponer la unidad de un partido dividido por una larga y emocionante lucha que hasta ayer no pudo resolverse a favor de Obama, pese a que hace meses que era el favorito indiscutible. Quizá la solución pase por incorporar a Clinton como número dos, tal y como dejó caer la propia Hillary ayer.

quarta-feira, junho 04, 2008

CORO DAS MÃES (III)

Mas Tu, Senhor, cancela os seus pecados com o contributo das nossas
lágrimas .
Nós oferecemos dores em compensação dos seus delitos, pranto em troca
de sangue.
Não feches o coração, Cristo, às nossas vozes de intercessão.
Tu, também, quiseste que as dolentes e as adorantes fossem tuas
companheiras no grande sacrifício do resgate.
Todos os nossos filhos, pela tua vontade, ressuscitaram.
Todos estão aqui, agora, junto de nós,
os perdidos e os sobrevivos, os imundos e os puros, os homicidas e os
suicidas,
todos, toda a exterminada prole do nosso amor e da nossa dor
e apenas a nossa prole, inteira, resta do velho Universo.
Tudo o que o homem modelou e construiu está, agora, consumido e
dissolvido,
as estátuas mais belas das nossas próprias obras são esquecida e
destruída poeira,
os edifícios mais orgulhosos e majestosos, as máquinas mais titânicas, as pinturas mais divinas não são agora mais do que cinza reduzida a nada nos abismos.
Mas perduraram, únicas, as nossas obras, os corpos dos homens
cons­truídos e coloridos nas nossas entranhas,
perduraram, apenas, após o fim de tudo, as figuras saídas do nosso útero.
E deste final triunfo de todas as mães, damos graças a Ti, filho de
Virgem, filho de Mãe, filho de homem e filho de Deus,
e porque amaste o nosso sofrer e agora quiseste o nosso desforço
pedimos-Te uma última graça, um último triunfo, a plenitude da Tua
piedade
não para nós, Cristo, mas para aqueles que brotaram, gritando, da
nossa carne lacerada.

terça-feira, junho 03, 2008

A actual Assembleia Regional é irreformável (XIV e último)


F – Aumentar os contactos directos da Assembleia com os cidadãos em geral e determinados grupos de cidadãos, em especial, (ex-deputados, ex-membros do governo, autarcas, pessoas que tenham colaborado em iniciativas da Assembleia etc.) procurando, sempre que possível, fazê-lo por email, em vez de carta ou fax.

G – Sistematizar de forma muito mais frequente e programada a presença de grupos de cidadãos nas, habitualmente, vazias, só por culpa da própria Assembleia, bancadas do público.

H – Procurar associar o nome da Assembleia, em todas as ilhas dos Açores, à promoção ou patrocínio de actividades de carácter cultural.

Com isto, apenas se estaria a corresponder à ideia que presidiu à concepção do edifício que serve de sede à Assembleia que, desde o anfiteatro ao ar livre, até às numerosas obras de arte que povoam os seus melhores espaços obedeceu à preocupação de fazer da Assembleia um lugar vivo do melhor da cultura açoriana.

Por que não prolongar esta visão, tornando-a numa das faces visíveis desta Assembleia?
Modelo de vivência política, que, pelo menos tendencialmente, é a Assembleia, mas também exemplo de vida e do que há na vida, para além da política.

I - Ampliar, de modo gradual mas progressivo, a capacidade de participação dos cidadãos no exercício das funções legislativa, regulamentadora e fiscalizadora da Assembleia.

Conclusão

A actuação e moldes de estruturação da actividade desta nossa Assembleia devem ser pautados pela preocupação e o objectivo permanente de concretizar nesta "pequena" Assembleia de um povo, demográfica e geograficamente, pequeno, disperso e longínquo, um modelo de democracia semi-directa, exemplar intermédio entre o ideal da democracia directa e a democracia puramente representativa.

Vila de São Sebastião, 2 de Abril de 2008

Dionísio Mendes de Sousa


segunda-feira, junho 02, 2008

CORO DAS MÃES (II)

Há um mês atrás iniciei neste blogue a publicação do admirável texto de Giovanni Papini, o coro da mães. Por lapso meu, não lhe foi dada continuidade. Aqui vai, embora com lamentável atraso, a sua segunda parte. E, dentro de dias, a sua terceira e última parte.



Mataram-nos os contágios, mataram-nos as feras,

mataram-nos os ini­migos, mataram-nos os cataclismos, mataram-nos os verdugos.

Recorda-te, Cristo, de que a maior parte das mães viram a morte

rou­bar-lhes alguns daqueles a que haviam dado a vida.

Foram miseramente engolidos pelas águas dos mares e dos rios,

caíram dos penhascos das montanhas

foram atingidos pelas faíscas do céu ou pelo ódio dos bárbaros.

Inumeráveis aqueles que pereceram vítimas do ódio, do fogo, da fúria

, dos elementos e das paixões

Inumeráveis foram aqueles riscados dos vivos por haverem defendido

a pátria ou por haverem ofendido a justiça

Inumeráveis aqueles que pàvidamente arremessaram a dádiva de Deus,

. a dádiva da mãe e com as próprias mãos arrancaram a própria vida.

Tu, Deus, também foste Filho, Tu, também deixaste em pranto

a Tua mãe terrestre.

Pensa, Cristo, no nosso afã e no nosso tormento,

não esqueças as nossas ardentes feridas, as nossas infinitas tristezas.

Todos aqueles mortos, todos aqueles assassinados haviam habitado

na tépida obscuridade das nossas vísceras.

Havíamo-los sentido pulsar no nosso seio ' .

haviam sugado das nossas tetas o nosso sangue transformado em leite havíamos enxugado o seu primeiro pranto e a nós haviam dirigido

o seu primeiro, inocente, divino, sorriso

as nossas mãos haviam-nos acariciado e lavado pela primeira vez os primeiros beijos dos seus lábios húmidos e ternos haviam sido para

as nossas bocas

haviam arriscado aos nossos pés os seus primeiros passos

haviam confiado aos nossos ouvidos as suas primeiras penas, as pueris

amarguras e sonhos. .

Sobre as suas cabeças, as nossas mãos haviam-se pousado as primeiras,

a gozar a doçura das madeixas juvenis e a penteá-las

e os seus sonos haviam sido velados pelo trepidante brilho dos nossos

olhos.

Não eram apenas frutos do nosso ventre, mas frutos da nossa vontade

do nosso esforço, da nossa alma.

Porque permitiste, Deus, que nos fossem arrancados e destruídos

pela invejosa morte?

Não era mais justo que primeiro aguardasses o nosso regresso à

Terra?

Porque não cortaste o ramo antes de talhar as vergônteas?

Em nome do nosso imanifestável tormento, em nome da nossa injusta

orfandade

nós Te pedimos, Senhor, misericórdia para os nossos filhos mortos,

para os nossos filhos assassinados.

Eram filhos da culpa, e foram, como nós, culpados e conde­náveis .

domingo, junho 01, 2008

A actual Assembleia Regional é irreformável (XIII)



As restantes sugestões passo apenas a enunciá-las, por o seu conteúdo ser evidente por si mesmo:

A – Aumentar o actual número médio anual de reuniões de 8 para o mínimo de 10;

B – Criar a figura regimental do debate sobre o Estado da Região ou, em alternativa, impor a presença do Presidente do Governo Regional nas interpelações, já previstas no actual regimento, e que versem temas de política geral;

C – Criar um grupo de técnicos de apoio às Comissões, cobrindo as suas principais áreas de competência, como Economia e Finanças, Assuntos Europeus, Assuntos Sociais (Educação e Saúde)e Ordenamento do território ou Agricultura e Pescas. Em suma, um corpo reduzido de técnicos (4 a 5, como as próprias comissões) mas devidamente habilitados.

D – Acordar com o governo a não-realização de plenários governamentais ou tomada de decisões de impacto público, por altura da realização dos plenários da Assembleia.

E – Aumentar de forma notória a inter-actividade do "sítio" da Assembleia, incentivando ou criando as condições de generalização de páginas pessoais dos deputados (homepages, blogues,"twitters", etc.)