Julho é mês de muitas datas históricas, antigas e recentes , de significado universal.
Pensemos no "fourthjuly" americano, a que a Nasa tentou conferir significado mais universal com o "deep impact" programado para aquele dia.
Pensemos no 14 de Julho francês, que, há muito, assumiu essa dimensão de símbolo universal.
Pensemos no 07/07 do terrorismo em Londres, que, este ano, eclipsou todas as outras datas.
Nomeadamente, as relacionadas com a segunda guerra e com o aniversário do maior massacre na Europa, depois daquela guerra - o massacre de Sbrenica.
É possível que ainda venha a retomar, neste blogue, alguma destas datas ou todas elas.
É possível que ainda venha a retomar, neste blogue, alguma destas datas ou todas elas.
Por agora, apetece-me recordar o 14 de Julho, em face de caricaturas folhetinescas, surgidas na blogolândia.
Não vou dar a minha própria versão ou visão da queda da Bastilha, porque corria o risco de cair numa visão anti-folhetinesca, que teria o mesmo valor ou credibilidade da visão contrária.
Vou recorrer ao testemunho de historiadores, especialistas na matéria, que, ainda é a melhor maneira de rebater perspectivas grotescamente ideológicas e descontextualizadas.
Para maior equilíbrio de perspectivas vou-me socorrer do testemunho de duas escolas históricas diferentes.
Uma, a de um respeitado historiador francês. Outra, a de um grupo de historiadores ingleses.
É aquela primeira que reproduzo neste post.
Trata-se da visão de François Furet, em "La Revolution I", ed. Hachete, col. Le Pluriel, Paris, 1990, pg.120:
"Dans la nuit du 13 au 14, tout Paris illuminé par instruction du Comité, entend circuler les premiéres patrouiles du nouvel ordre social. La Garde nationale est née.
"Dans la nuit du 13 au 14, tout Paris illuminé par instruction du Comité, entend circuler les premiéres patrouiles du nouvel ordre social. La Garde nationale est née.
A l’aube du 14, l’émeute se rend maîtresse de l’Hôtel des Invalides, oú elle trouve trente-deux mille fusils; c’est aussi pour y chercher des armes qu’elle pense ensuite à la Bastille. Mais cette admirable intuition collective est aussi d’un tout autre ordre: il n’y a pas de meilleur symbole de l’ennemi que la prison légendaire qui barre de ses huit grosses tours l’entrée du faubourg Saint-Antoine. La fin de ce monstrueux anachronisme urbain, politique et humain, doit marquer comme naturellement l’avènement de la liberté.
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