"Escrevia cartas para casa, quase diariamente, e a sua vida estava toda nessas cartas;
tudo o resto lhe pareciam ser apenas acontecimentos sombrios e sem significado, etapas indiferentes, como as das horas num mostrador de relógio.
Mas quando escrevia, sentia em si qualquer coisa de diferente, de exclusivo.
Do mar das sensações insípidas que o envolvia em indiferença no dia-a-dia, nascia nele qualquer coisa como uma ilha cheia de sóis e cores maravilhosas.
E quando, no decorrer do dia, nos jogos ou nas aulas, se lembrava de que à noite iria escrever a sua carta, era como se tivesse uma chave de ouro escondida e presa a uma corrente invisível, com a qual, quando ninguém o visse, abriria o portão de jardins de maravilha."
terça-feira, julho 05, 2005
# 2 Os "Oásis" do Roberto
Publicada por Dsousa à(s) 4:50 da tarde
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário