Será o que a França procura para socorro dos seus males?
Ou uma nova cara para a Marianne, a tradicional incarnação simbólica da República Francesa?
Ségolène Royal poderá vir a ser a escolhida pelo povo, para essa representação simbólica da mãe pátria, simultaneamente enérgica, guerreira, pacífica, protectora e maternal, que os republicanos franceses sempre associaram a Marianne?
É uma mera possibilidade.
Mas já pareceu mais inverosímil do que parece hoje.
Entretanto, a direita francesa também parece atenta a esta possível viragem cultural na preferência popular sobre os candidatos às presidenciais de 2007, e vai começando a sondar o terreno, com este rosto feminino das fileiras do RPR.
Trata-se de Michéle Aliot-Marie, actual ministra da Defesa.
A direita começa a tentar lançá-la no jogo das "candidatas a candidatas", com argumentos nem sempre felizes. Como este:
Será mesmo este modelo da "dama de ferro" gaulesa que a França precisa?
Parece-me muito duvidoso.
E que temos nós com isso ? - poderá perguntar alguém.
A nossa história ensina-nos que muito daquilo que começa em França acaba por chegar a Portugal.
E a falta de uma candidata feminina, nas últimas presidenciais portuguesas, pareceu-me uma lacuna cultural evidente, que, na altura própria, salientei.
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