Estas duas páginas são páginas genuínas arrancadas à nossa melhor história.
À história da cultura popular açoriana das nossas comunidades rurais.
Penso que ninguém discutirá a afirmação de que a expressão mais representativa dessa cultura pertence, de pleno direito histórico, às nossas filarmónicas.
No caso em concreto destas duas páginas, marcadas pela humidade e pela passagem do tempo em mãos nem sempre cuidadosas, trata-se de uma história de 121 anos, ontem, completados.
Trata-se da acta de uma reunião realizada em 29 de Novembro de 1886, em que um grupo de 14 sebastianenses se reúne para fundar a "União Popular", nome com que, então, resolveram baptizar a filarmónica de São Sebastião, na mesma noite e acto em que a geravam, "constituindo-se em (seus) sócios" como se diz na acta.
Essa noite de primeira reunião foi também noite de profunda união popular entre todos os presentes.
Apenas 14, mal excedendo a dezena, que costuma ser historicamente - na grande história dos grandes acontecimentos (cristianismo, maoismo, entre outros exemplos) - mas também -como se vê neste exemplo - na história dos pequenos acontecimentos que fazem a história anónima e real dos povos e comunidades, o número-mágico (ou quase) para iniciativas destinadas a durar e a perdurar.
Como continua a ser este, ainda hoje, o feliz destino da "Sociedade Filarmónica União Sebastianense", como acabou por ser designada, posteriormente.
Como se vê, a "União" ficou-lhe, no nome e na realidade, da sua já longa vida de 121 anos.
Para muitos mais ainda.
É o que se espera e deseja nesta data.
E que se registe em acta.
sexta-feira, novembro 30, 2007
Duas páginas de uma cultura secular
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Etiquetas: açores, filarmónica, são sebastião
quarta-feira, novembro 28, 2007
Por favor, ponha na lapela uma orelha verde
"Antes de decir que es una tontería hay que probar Twitter" · ELPAÍS.com
A propósito da discussão, no encontro bloguista de Sevilha, no último fim-de-semana, sobre os "nano-blogues", o chamado Twiter, ocorreu-me o texto de Teolinda Gersão da sua obra-prima "O SILÊNCIO", recentemente reeditado, em que se procura mostrar que o problema do nosso tempo não é a invenção ou reinvenção de novas formas de comunicar, mas encontrar pessoas que estejam preparadas para escutar.
O texto é dos anos oitenta e tem como símbolo da "caixa de vidro mental" a televisão.
A circunstância de, entretanto, a internet ser outra "caixa de vidro mental mundializada" deu ainda mais actualidade e premência ao tema de um mundo que se, então, tinha começado "a enlouquecer", hoje, pode (deve) estar/está completamente "louco".
"É um mundo que começou a enlouquecer, disse de repente.
Um mundo eficiente, de silêncio total, em que ninguém mais fala com ninguém.
As pessoas estão sentadas, ombro contra ombro, à espera, mas o objectivo da espera é sempre falso, o autocarro, o comboio, o avião, porque todos os lugares são iguais e nada é diferente em parte alguma.
E enquanto se espera o silêncio cresce, vai ficando sempre mais denso e mais pesado, e algumas pessoas começam a ficar inquietas, porque de repente percebem que estão bloqueadas, dentro de caixas de vidro, o universo é um conjunto gigantesco de sucessivas caixas de vidro, e elas apenas transitam, ou são transportadas, de umas para as outras, casas, escritórios, autocarros, hospitais, aeroportos, aviões, transatlânticos, é inútil percorrer milhões de quilómetros porque o mundo fica sempre cada vez mais longe, é como se flutuassem, imponderáveis, num espaço vazio, os seus pés não assentam mais sobre a terra, correm seis dias sobre escadas rolantes e tapetes rolantes e no sétimo dia ficam parados sobre uma alcatifa, e o mundo que não tocam mais vem até elas apenas em imagens, dentro da televisão-caixa-de-vidro.
Então algumas pessoas são tomadas de pânico e começam a falar, porque acham necessário modificar este estado de coisas, mas descobrem que não é possível falar porque as pessoas do lado as olham com estranheza, a tal ponto se habituaram a viver dentro de caixas bem isoladas que.qualquer som espontâneo as incomoda, transportam em volta da cabeça uma caixa de vidro mental que se fecha por si mesma à menor suspeita de desordem,
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Etiquetas: escutar, internet, nano-blogues
segunda-feira, novembro 26, 2007
Piores, que os piores funcionários públicos portugueses! Quem diria?!!
Un 54 por ciento comprará desde trabajo lo que repercutirá en la producción de EEUU
Según otros estudios, un 54,5 por ciento de los empleados estadounidenses con conexión a Internet -un 5 por ciento más que el año pasado- proyectan hacer hoy compras en la Red desde su puesto de trabajo, lo que repercutirá en la productividad de la economía de EEUU.
En total, las pérdidas por empleados distraídos con la caza de ofertas podrían ascender a 488 millones de dólares, aseguran los expertos de Challenger, Gray & Christmas.
Los estadounidenses gastarán 700 millones de dólares en el "Cyber Monday" en CADENASER.com
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Etiquetas: internet
domingo, novembro 25, 2007
Parece evidente que Saramago já vive num "outro" 25 de Novembro. Um 25 de Novembro, em que, mesmo quem não é rei, se sente coroado, como se
rei fora.
Atenção! Muita atenção! O rei não vai nu. Mas a coroa vai sem rei!
Saramago: "Si yo fuera rey, la coronación sería esta exposición"
El Premio Nobel de Literatura, José Saramago, acudió en Lanzarote a la inauguración de la sala que lleva su nombre en la Fundación César Manrique
EFE 25-11-2007
Source: Saramago: "Si yo fuera rey, la coronación sería esta exposición" en CADENASER.com
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Etiquetas: Saramago
25 de Novembro, a data que ninguém quer
O que quero sublinhar é que, por via dos interesses das superpotências e da relação de forças na sociedade e na instituição militar portuguesas, em 1975, o País evitou uma guerra civil e repôs os ideais de Abril. Parece, assim, de todo estranho e injusto que, hoje, quando se contam 30 anos sobre a vitória das forças democráticas no 25 de Novembro, a data seja tratada como se fosse maldita, todos a evitando em nome de cumplicidades posteriores, de interesses partidários ou eventos eleitorais de calendário. Tenho ainda a esperança de que o Presidente Sampaio, tão preocupado em deixar uma marca da sua presidência, preste à data e ao seu significado a merecida homenagem. Isto é, fale da história da democracia.
josé manuel barroso
DN Online: 25 de Novembro, a data que ninguém quer.Este título, válido há dois anos, quando se perfaziam 30 anos sobre o 25 de Novembro, continua, se possível, ainda mais válido, dois anos depois.
E Sampaio, como Presidente da República de então, também nunca chegou a fazer a reclamada homenagem à data.
Talvez algo de semelhante se consiga daqui por três anos, quando os 35 anos sobre os acontecimentos obrigarem a lembrá-los de novo.
Por mim, desejo apenas aproveitar a oportunidade para recordar uma figura da nossa história democrática recente e que teve um papel decisivo no 25 de Novembro de 1975.
E que, de forma nenhuma, enjeitava a data. Muito ao contrário. Sempre se reclamou da sua assunção e clarificação integral.
Refiro-me ao Coronel Melo Antunes que, nesta, como noutras datas históricas posteriores ao 25 de Abril, interveio na campo da acção concreta e, igualmente, no aspecto teórico, para encaminhar e esclarecer os acontecimentos no seu pleno e total significado.
Dois extractos apenas do muito que, sobre o tema, diz na Entrevista a M.M.Cruzeiro, publicada no "Círculo de Leitores" com o título "Melo Antunes, O sonhador pragmático":
" O que se passou no 25 de Novembro foram várias coisas, por isso se fala em mais do que um 25 de Novembro, entre elas a tentativa de o transformar numa "pinochetada" como eu costumo dizer.
Isto é claríssimo e fez, obviamente, com que nos tivéssemos de bater, pelo menos, em duas frentes: aquela para a qual nos tinhamos preparado e outra, a da direita militar.
Mas a "pinochetada" foi evitada pela firmeza com que defendemos as nossas posições, disso não tenho quaisquer dúvidas (...)."
"O Eanes já assumira compromissos fortes...para que as operações militares terminassem e penso que já tinha feito aquela intervenção na televisão no sentido de desencorajar qualquer possibilidade de "caça às bruxas," qualquer hipótese de o movimento resvalar para aquilo que a direita militar queria... Se (o) conseguissem..., no plano civil, seria a decapitação das forças que eles consideravam, obviamente, desde sempre, como as principais responsáveis pela situação que o país vivia.
Mas essa não era a questão, nós também as considerávamos culpadas, a questão é que, para eles, este era o momento de acabar com o projecto global de se instituir uma democracia política. Ao fim e ao cabo, tratava-se da recuperação do antigo regime por outros meios, nada mais."
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Etiquetas: 25 de Novembro
sábado, novembro 24, 2007
A Sevilla - A "bloguevila" europeia deste fim-de-semana
Continua válido o convite para passar este fim-de-semana em Sevilha, na bloguice pegada.
Um dos caminhos para lá chegar sem sair de casa pode ser
este.
Mas há mais caminhos.
Procura-os.
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Etiquetas: blogues
sexta-feira, novembro 23, 2007
Os Açores para Salazar: Dinheiro deitado ao mar.
É verdade.
É isto mesmo que Filomena Marona Beja nos diz que Salazar pensava ( e dizia) dos investimentos realizados nos Açores.
Reproduzo o episódio, na íntegra:
"Sim, eram precisos dispensários.
Bairros económicos.
Completar a rede de estradas do Continente.
Começar as dos Açores.
O Outro atento.
O frenesim do seu Ministro parecia-lhe, era, uma imprudência.
Sabia, contudo, que precisaria de espalhar pelo País alguns sinais de Esperança.
Aprovara, na semana anterior, os Planos Rodoviários de Angra do Heroísmo
e Ponta Delgada.
«Sessenta e quatro mil contos atirados ao mar largo.
O que se há-de fazer?»
E já Duarte:
«Boa altura para Raul de Mesquita Lima
embarcar para a Horta.»
Prosseguir o trabalho das Ilhas."
Nota: O OUTRO, que nunca aparece, na obra, identificado pelo nome próprio e, muito menos , por Salazar, é mesmo o dito cujo.
Duarte é Duarte Pacheco, o célebre Ministro das Obras Públicas de Salazar, nos anos trinta e quarenta do século passado.
Publicada por Dsousa à(s) 9:21 da manhã 0 comentários
quinta-feira, novembro 22, 2007
Todos a Sevilla. A los Toros? No. A las bitácoras (blogues, em (bom) castelhano)
Los ’bloggers’ tomarán Sevilla
Se espera que más de 800 personas se reúnan este fin de semana
ROSA JIMÉNEZ CANO 22-11-2007
La segunda edición de Eventoblog tiene lugar este fin de semana en la capital hispalense.
Si la primera resultó un éxito, en esta durante más de seis meses, la organización ha estado cuidado las mesas y escuchando las críticas de la blogosfera para mejorar todo lo posible el programa y el desarrollo.
Los ’bloggers’ tomarán Sevilla en CADENASER.com
Publicada por Dsousa à(s) 10:11 da tarde 0 comentários
Etiquetas: blogues
quarta-feira, novembro 21, 2007
Na hora do grande cartaz nacional do futebol, a cara da nossa RTP sempre parece, hoje, menos sobrecarregadamente futeboleira do que ontem.
Salve-se a aparência.
Já que, sobre o conteúdo, não há ilusões razoáveis a alimentar.
Entre o pontapé de saída e o apito final do árbitro, só nos resta esperar que, em matéria de futebol, nós, portugueses, é que sejamos o verdadeiro "Nokia".
Publicada por Dsousa à(s) 6:20 da tarde 0 comentários
Etiquetas: Futebol
velhas lutas, agora, a brincar
Os acasos da leitura de um jornal online levaram-me à descoberta, hoje, do google fight.
Aproveitei a novidade, pelo menos para mim, para reeditar velhas lutas regionais nesta curiosa e inocente brincadeira Google.
Aí ficam os "placardes" com alguns resultados:
Este último resultado, é, no mínimo, surpreendente. E até assustador, para alguns benfiquistas, como eu.
Afinal, o "google" é mesmo "lagarto".
Publicada por Dsousa à(s) 10:54 da manhã 0 comentários
terça-feira, novembro 20, 2007
Futebol a mais para uma página só...
É este, no momento em que escrevo, o aspecto da página da programação da RTP, para hoje.
Fora do futebol, fica apenas o programa "Sociedade Civil".
Mas dentro, fica ainda o "Trio D'Ataque".
Mesmo para mim, que só vim a esta página para saber a hora da transmissão do "Portugal-Inglaterra", acho que é futebol a mais para uma página só.
Publicada por Dsousa à(s) 6:35 da tarde 0 comentários
Etiquetas: Futebol
Teclas e temas
teclas e temas
Poucas teclas e muitos temas.
Duas teclas e milhares de opções.
Não é pelo número de teclas que se medem...os computadores.
Cada um é que sabe as teclas ... com que se cose.
A cada tecla a... sua excitação.
Há duas linguagens universais.
Uma é a musica.
A outra... A outra... esquece-me, agora , o nome!
Se a música é a respiração da alma (Liszt),
a "porn" será a transpiração do corpo?
Dos corpos?
Dos porcos?
Etc... Etc...Etc...
Mais nota menos nota,
Mais corpo menos corpo.
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segunda-feira, novembro 19, 2007
José Saramago, o homem duplicado e em duplicado
Só nestes últimos dias é que me apercebi até onde Saramago leva a sua singular condição de "Homem Duplicado".
Não apenas por ter escrito o "Homem duplicado".
Não apenas por viver em duplicado.
Entre uma Espanha, que o adora, o venera, lhe tributa todas as homenagens e honrarias.E ele lhe corresponde de acordo com o clássico "ubi bene, ibi pátria".
E um Portugal, que o aceita e dele se orgulha como único "nobelizado" da sua literatura, mas lhe discute o passado e o presente, e de quem ele também discute não só passado e o presente, mas também o futuro como país independente.
De um Portugal, de que, no fundo, ele só respeita, porventura, muitos camaradas e poucos compatriotas, e mais por afinidades ideológicas do que por comuns sentimentos patrióticos, e até, mais do que amar-lhe a língua, dela se serve (e bem) como instrumento dócil às suas experimentações de escritor.
Mas, repito, não se trata de uma opção, como eu pensava.
É mesmo uma condição.
Uma condição que o marca, premonitoriamente, desde o nascimento.
"No Domingo, José Saramago será homenageado em Lisboa, já que, conforme recordou Juan Echanove, o escritor celebra o seu aniversário duas vezes: a 16, porque é efectivamente o dia em que nasceu, e a 19, porque foi este o dia em que o pai registou o seu nascimento".
O Saramago de 16 de Novembro é o Espanhol, o primeiro, o genuíno;
O Saramago de 19 de Novembro é o Potuguês, o duplicado, em segundo lugar e para efeitos oficiais, inclusivamente fiscais.
Observação final: Só não percebo muito bem como é que Saramago, pondo em dúvida as condições de Portugal para manter, no futuro, a sua situação de país independente, o admite para o País Basco.
A não ser que,para Saramago, prever o futuro seja sinónimo de desmentir o passado, todo o passado histórico de Portugal e do País Basco.
Publicada por Dsousa à(s) 10:56 da manhã 0 comentários
Etiquetas: Saramago
domingo, novembro 18, 2007
A 46 anos de distância
Foi com viva emoção que, ontem, 17-XI-2007, registei a coincidência de me encontrar a utilizar um texto de Coelho de Sousa para publicação no blogue Álamo Esguio, que venho mantendo, há cerca de três anos, e dedicado à sua memória e à publicação de textos da sua obra, uns já conhecidos, outros parcial ou totalmente inéditos, e me deparei com esta página, onde apenas constava uma data: 17-XI-961.
O mesmo dia, 46 anos passados!
Uma página inteira só para uma data!
No meio de um caderno de originais, em que as datas ou são esquecidas ou remetidas para um esconso canto da página!
É claro que há uma justificação banal e funcional para o facto.
Indicar que o poema da página seguinte devia ser incluído, a quando da sua utilização na rádio, no programa daquele dia 17 -XI-961, e não no programa de 3-XI-961, onde ele aparece escrito no caderno de originais.
Mas, ao reparar na coincidência de datas, achei que devia assinalá-la.
Mesmo continuando a considerar o facto uma mera coincidência
Sei que será algo de nulo significado para quem leia este "post", mas teve e tem para quem o escreve.
E os blogues servem, antes de mais,para isso mesmo.
Para registar,para os outros, aquilo que tem significado, em primeira mão, para quem o escreve.
Mas, para não me quedar apenas por este interesse meramente circunstancial e pessoal, de uma coincidência de datas, a 46 anos de distância, acrescento-lhe a transcrição de um dos poemas que Coelho de Sousa recitou naquele programa de 17-XI- 961 (As queixas dele..., noÁlamo Esguio
E tanto hei pregado e tanto ensinado
Tal qual semeador que lança à terra o grão...
Mas hei-de confessar que muito grão semeado
Tombou infelizmente em miserável chão.
Rochedos e espinhos trazem-no apagado
Como a virtude pura ao meio da paixão...
E as aves do céu que sobre ele tem baixado
Hão-de comer o mais que pouco deixarão.
E no entanto eu vim para que fosse geira
de messe loura e rica a terra toda inteira,
em que a semente-verbo fosse o vivo pão
Que alimentasse a vida, a alma, o coração,
A força no combate, e mais, sua vitória,
A eternidade, após a vida transitória. dentro de dias) e que é um dos muitos possíveis resumos da sua vida de pastor e poeta, semeador da semente de ideias e palavras.
Publicada por Dsousa à(s) 2:01 da tarde 0 comentários
Etiquetas: Coelho de Sousa
sábado, novembro 17, 2007
Afinal, Três MM (emes) não são "emes" (MM) a Mais.
Associação dos Maridos Mandados pela Mulher faz sucesso em MT
Entidade foi criada por amigos cansados de enfrentar cara feia após 'escapadas'. Em Diamantino, idéia teve apoio de programa de rádio.
Source: G1 > Brasil - NOTÍCIAS - Associação dos Maridos Mandados pela Mulher faz sucesso em MT
Brasileiro acha que sim.
Brasileiro acha que três "emes" não são demais.
E acrescenta mais um: O M de Mandamento.
De forma que, a associação de Diamantino tem, na verdade, 4 (quatro) "emes".
Associação dos Mandamentos dos Maridos Mandados pela Mulher.
Sim , porque os Mandamentos, escritos pelo homem (Com h, claro) e conferidos pela Mulher (com M, claro, Maiscúlo, claro)) para serem cumpridos pelo homem ( com h, claro) não são uma Minudência qualquer .
Outro M?
Não.
Ou melhor, sim.
Mas o outro M a acrescentar ainda, tem a ver com a importância dos Mandamentos.
É que, sem eles, esta nova situação de Maridos Mandados podia ser a simples substituição da tirania antiga do sexo forte, pela tirania nova do sexo fraco.
O que dá a garantia ao sexo forte, agora Mandado, de que não é assim, são exactamente os Mandamentos.
Por isto, é que eu acho, eu, que não sou brasileiro nem diamantino, nem mandante nem mandatário, mas acho que o nome da associação devia ter mais um M, o de Moderna.
Ficando, assim completa, no seu nome de:
Associação Moderna dos Mandamentos dos Maridos Mandados pela Mulher!
Mas, como a tendência destas associações, nos tempos que correm, é para crescerem e melhorarem, à cautela, convinha juntar-lhe mais dois MM, o de Maior e o de Melhor.
Resultado final.
Teriamos, então:
A Maior e Melhor Associação Moderna dos Mandamentos dos Maridos Mandados pelas Mulher.
Pensando bem, acabei por achar ainda algumas falhas na designação da singular associação.
É que a associação, tendo como perspectiva, a curto prazo, um destino universal, vai passar de associação a Multidão.
E pensando mais uma vez ainda, concluí que a função dos mandamentos deve ser reforçada, como instrumental que é, através de palavra própria. Mediante, por exemplo.
Teríamos, então, finalmente, e em definitivo:
A Maior e Melhor Multidão Moderna dos Maridos Mandados pela Mulher Mediante Mandamentos.
Resta-me acrescentar a primeira regra desta "Multidão": "Primeiro, os Mandamentos".
Em substituição do tradicional, "Primeiro, a mulher".
Publicada por Dsousa à(s) 1:18 da tarde 0 comentários
sexta-feira, novembro 16, 2007
O "lulismo" generalizado, a nova ameaça às democracias actuais ?
Y Lula se ‘comió’ a la oposición · ELPAÍS.comLa oposición podría presentar como alternativa, dicen los
politólogos, una democracia parlamentaria, sin resquicios para
los golpes de efecto populistas, con instituciones sólidas, con
partidos fieles a sus ideologías, con poderes independientes y
bien definidos, y con una lucha sin cuartel a la corrupción y a
la violencia. Y alertan de que un país sin oposición
puede a largo plazo crear mayores riesgos que una dictadura, ya que se
desvanecen los estímulos para luchar para cambiar la
situación.
A verdade é que, a situação de oposições que não se conseguem firmar como alternativa, parece tender a generalizar-se, pelo menos, nos nossos universos políticos mais próximos.
Para já não falarmos no caso extremo da Madeira que, penso, estar mais perto do modelo venezuelano de Hugo Chavez, do que do modelo brasileiro de Lula, podemos identificar várias situações de deliquescência e anomia, aparentemente irreversível, de oposições, sem perspectivas imediatas de regresso ao poder.
En França, o sarkosismo nascente, mas que parece a caminho de romper com os equilíbrios do semi-presidencialismo do gaulismo da V República, para se impor como hegemónico durante vários anos e mandatos.
De qualquer forma, a oposição de esquerda parece tardar em reencontrar-se e a de direita está em risco de se desagregar por completo em guerras de sucessão e na reconquista de espaço político.
Em Inglaterra, o blairismo vitorioso está a ponto, até, de conseguir resolver o problema mais difícil nestas situações, que é o da sucessão. E que parece não estar resolvido, apenas por alguns erros, mais de estratégia mediática do que de estratégia política, de Gordon Brown.
Na península ibérica, em Espanha, tudo parece jogar a favor de Zapatero e do seu "zapaterismo" que vai conseguindo, em simultâneo, manter a unidade mínima interna partidária para governar e superar os obstáculos dos nacionalismos e federalismos regionais mais exacerbados da "Espanha Invertebrada".
Em Portugal, o resultado do último Congresso do PSD, oferecendo a Sócrates, na mesma bandeja, a cabeça de Santana Lopes e de Luís Filipe Meneses, não podia ser mais propício a um reinado prolongado do "socratismo".
Na Alemanha, as "grandes coligações", com os dois maiores partidos desempenhando, ao mesmo tempo, as funções de poder e oposição, também parecem ter encontrado o "abre-te sésamo" para uma prolongada permanência no poder, não apenas sem alternativa, mas também sem alternância previsível.
E nos Açores?
Valerá sequer a pena fazer a pergunta e colocar a questão?
Ainda, ontem à noite, num programa da RTP-Açores, depois de os técnicos de "clínica geral política" se esmifrarem em receitas sobre o que o novo-velhíssimo líder do PSD, Costa Neves, devia e tinha de fazer, para conseguir arrastar a sua cruz até ao calvário das eleições de 2008, um deles punha o dedo na ferida.
Acabava por dizer, embora por outras palavras, que o povo dos Açores e a sociedade açoriana ainda não queriam mudar.
E é isto mesmo que falta.
Ou parece que virá a faltar em 2008, como já faltou em 2000 e 2004.
Apesar de o PSD, em ambos os casos, se ter auto convencido e auto intoxicado com uma pretensa hora de "mudança de ciclo".
Aspiração de mudança que estava, manifestamente, presente, em 1996, quando Mota Amaral, por isto mesmo, fugiu ao confronto eleitoral.
Além disso, no caso dos Açores, e de 1996, no passado, e 2008, no futuro, constata-se também outra coincidência que, em 1996, teve importância decisiva no sentido da mudança, e que, em 2008, a pode vir a ter no sentido da continuidade.
A força política no poder em Lisboa e a sua imagem na altura das eleições regionais.
À distância, o que se pode antecipar é que, por pior que seja, não deverá ser favorável ao anémico PSD-Açores e ao seu inflado líder, doentiamente inflado, pela idade política e pelo vazio (absoluto) de ideias.
Publicada por Dsousa à(s) 11:40 da manhã 0 comentários
quinta-feira, novembro 15, 2007
A palavra de rei...
A palavra de rei não se volta as costas.
Mas, agora, qualquer um, mesmo sem ser rei, nem um qualquer venezuelano Hugo, já pode levar às costas palavra de rei.
E repetir,
soberanamente,
regiamente,
majestaticamente,
imperialmente,
Por qué no?
a cada "hugo" da sua vida.
Publicada por Dsousa à(s) 9:40 da manhã 0 comentários
quarta-feira, novembro 14, 2007
Gastar, Gastar à grande e à... João Jardim
A proposta de orçamento foi ontem entregue ao parlamento regional, no momento em que o plenário aprovava, com os votos a favor do PSD e contra da oposição, o orçamento da assembleia, que mantém um custo global de 16,2 milhões de euros, apesar de ter reduzido o número de deputados de 68 para 47. Tal alteração deveria corresponder a uma poupança de três milhões de euros, sendo um milhão nos vencimentos dos deputados e dois milhões nas subvenções atribuídas aos grupos parlamentares em função do número de deputados.
Source: EDIÇÃO IMPRESSA
Gastar. Gastar mais. Sempre mais.
É a grande e primeira regra do jardinismo.
Em que se resumem todas as outras.
Há menos verbas do Orçamento de Estado para a Região?
Não interessa. Tem de se manter o nível dos gastos.
Há menos verbas da União Europeia ?
Não interessa. Tem de se manter o nível de todas as despesas.
A lei das Finanças das Regiões Autónomas é mais rigorosa quanto ao endividamento?
Não interessa. Há de continuar o mesmo ritmo de sempre no endividamento.
Ou até aumentá-lo.
Há menos deputados na Assembleia?
Menos 15 do que no passado.
Não interessa.
Não interessa nem sequer saber porquê nem para quê.
Interessa é manter a regra de ouro do jardinismo.
Gastar.Gastar mais. Sempre mais.
É a social democracia do desperdício.
Ou o desperdício da social democracia.
É a autonomia do bodo permanente.
A insularidade da fartura.
O ilhéu da obesidade orçamental crónica.
Publicada por Dsousa à(s) 2:26 da tarde 2 comentários
Etiquetas: Madeira
terça-feira, novembro 13, 2007
"La movida" em Paris para Novembro
O calendário parece muito completo.
Os temas aliciantes.
O elenco é de renome.
Os antecedentes históricos são mundialmente reconhecidos.
Há um gaulismo sarkozista (ou será um sarkozismo gaulista?) a querer fazer o grande teste da sua força real.
Além disso, Sarkozy apostou em fazer o seu ajuste de contas pessoal com o que diz restar do "Maio de 68".
Em resumo, Novembro 2007 promete grandes espectáculos de rua.
Em Paris.
Poucas estreias, provavelmente.
Muitas "reprises", seguramente.
Publicada por Dsousa à(s) 8:30 da manhã 0 comentários
Etiquetas: movimentos sociais
segunda-feira, novembro 12, 2007
Um aviso ou uma sugestão?
O símbolo vem-nos da Coreia do Sul.
Será um sugestão para os homens?
Um aviso para as mulheres ?
Foi algo que não consegui esclarecer.
Provavelmente, por causa da distância geográfica, cultural e linguística a que me encontro da Coreia.
Ou, pelo contrário, a minha pergunta significa apenas que, afinal, somos todos um pouco mais ...coreanos do que aquilo que gostaríamos de admitir, apesar da geografia, da cultura e da língua?
Publicada por Dsousa à(s) 4:40 da tarde 0 comentários
sexta-feira, novembro 02, 2007
Azares suecos com as ministras suecas
La ‘número dos’ del Gobierno sueco dimite tras ser sorprendida en estado de embriaguez · ELPAÍS.comEn apenas un año en el poder, el Gobierno sueco de
centro-derecha ha vivido varios escándalos políticos, que
han llevado a la dimisión de tres ministros. Las titulares de
Comercio, Maria Borelius, y Cultura, Cecilia Stegö Chilò,
dejaron el cargo unas semanas después de asumirlo por
irregularidades en su economía privada
Publicada por Dsousa à(s) 11:30 da manhã 1 comentários
Etiquetas: política
quinta-feira, novembro 01, 2007
Milhares de anos de prisão simbólica,contra centenas de crimes de mortes reais
São os símbolos possíveis à limitada e imperfeita justiça humana.
Aliás, pensando bem, a velha lei de talião, "do olho por olho e dente por dente" também não passava de um símbolo.
Tu mataste.
Tu serás morto.
O que tenta senão repor, através do símbolo de um acto da mesma natureza, a perda irreparável e irrecuperável de uma vida?
Parece que tem de aceitar-se como consequência, que, quanto mais monstruoso e gigantescamente desumano for o crime, como são todos os crimes de terrorismo de massas, como os do 11 de Setembro e 11 de Março, cada vez mais do domínio do simbólico têm de ser as suas penas.
Publicada por Dsousa à(s) 12:58 da tarde 0 comentários
Etiquetas: justiça