quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Um jornal da oportunidade perdida

É o que foi o Diário Insular do dia 31 de Janeiro.

Tudo por causa desta notícia doInstituto Nacional de Estatística (INE)



E, sobretudo, por causa deste mapa




E que, entre outras, revela estas realidades:

Entre 2000 e 2003, o crescimento médio anual do Produto Interno Bruto (em termos nominais) da Região Autónoma dos Açores (RAA), foi o mais elevado de todas as Regiões do país.

A média do crescimento do PIB, nesses anos, foi de 7 % .
A média do crescimento nacional foi de 4,3%.
Imediatamente a seguir aos Açores ficaram a Região Autónoma da Madeira, o Algarve, o Alentejo e o Centro, respectivamente com crescimentos médios de 6,8%, 6,7%, 4,5% e 4,4%.

Mais ainda, em termos reais, em volume de crescimento, os Açores tiveram o segundo maior crescimento do país, com 2,9%, contra o crescimento real médio nacional de 0,7%, tendo sido apenas excedido pela Madeira, com 3,2%.


Mas onde está, então, a oportunidade perdida pelo Diário Insular naquele dia 31?

Está em ter conseguido levar, nesse dia, às páginas do jornal estes dois personagens maiores da nossa politica regional


mas, em vez de os colocar frente a frente e confrontá-los com estes e outros números e realidades reveladas por aquelas contas regionais, põe-nos, positivamente, de costas um para o outro.

Assim, oferece a Costa Neves a sua segunda página, para ele repetir, pela enésima vez, as suas lamurientes queixas contra a Inspecção Administrativa Regional e a falta de ambição do Governo Regional, quanto aos números futuros dos apoios da União Europeia.

Claro que se percebe a (anti) lógica "jornalística" do DI.
Confrontar Costa Neves com estes dados sobre o desenvolvimento económico do passado recente da Região, seria condená-lo, antecipadamente, à derrota.
O que, como é óbvio, ninguém quer.
Muito menos o Diário Insular.

Quanto a Carlos a César, o DI coloca na sua boca os números e a interpretação dos números, do Instituto Nacional de Estatística.
O que, como também é óbvio, só lhes diminui o impacto e a confiança que possam suscitar.

O que, porventura, muita gente também não que há-de querer.

Mas o DI pensa que sim.

São esses poucos que merecem a consideração do DI.

Felizardos beneficiários de uma oportunidade jornalística perdida!



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