Esta entrada não podia deixar de passar pelo 1º Encontro de Bloguistas da Ilha Terceira, (EBIT) realizado no passado sábado.
Lamento só agora o fazer, à distância de 48 horas, mas as circunstâncias do mundo real da vida de cada um, ainda continuam a mandar mais alto do que o fortuito acto de blogar.
Mesmo para esta encruzilhada de ligação directa e pessoal entre o mundo real e o virtual, que é, por excelência, o blogue, continua a ser verdade que o mundo real é que tem de continuar a ditar as regras de acesso e utilização de todos os muitos outros mundos a que podemos chegar.
No fundo, a velha regra de “primeiro viver” depois… “abocanhar” o máximo possível de todos estes universos, antigos e novos, que nos vão sendo postos ao dispor.
Quem comece a tropeçar nesta prioridade natural, acaba por encalhar na ponte que cada qual tem de lançar entre os dois e, por regra, sacrificar a sua “fatia” de mundo novo.
Por curiosa coincidência, era o que já tinha acontecido à jornalista Constança Cunha e Sá, quando o seu caso foi trazido ao nosso EBIT.
Para quem, porventura, se interessar por este “case study”, pode consultar o seu testamento e a sua certidão de óbito nos blogues "bichos-carpinteiros" e "Espectro"(ambos blogspot)
Mas voltemos ao 1º EBIT.
Creio que decorreu de modo a que só podemos cair num perigoso risco.
O risco de, daqui por uns anos e muitos outros “Ebites”depois, este passar a ser recordado como o melhor de todos.
Receio bem que, provavelmente, de nenhum outro, se poderá vir a dizer o que se pode afirmar deste:
É possível que alguém não tenha saído deste 1ºEBIT completamente satisfeito, para a sua bitola de aspirações e expectativas que nele possa ter depositado, mas também não me parece que alguém tenha tido razão para se sentir totalmente insatisfeito ou defraudado.
Penso mesmo que, objectivamente, os motivos de satisfação não faltaram:
A preparação, cuidada e pormenorizada, da reunião, com um quase “milagre” de fartura de meios e de inventiva (pastas, recordações, prendas, etc.), para a escassez franciscana de meios e recursos de que a Rosa e o Luís tiveram ao seu dispor.
Eu sei que, provavelmente, é a pior “paga” que se lhes pode dar. Mas que fazer, senão propor que eles continuem “mordomos” desta função, por muitos e muitos anos. Mesmo vitalícios, se assim o entenderem?
O eco que este EBIT teve na comunicação social (até a RTP-Terceira! Com reportagem, ao nível da mais veneranda instituição ou convencional evento! Só visto! Contado, não se acredita!), a atenção que obteve junto de entidades, que até se podiam ter escusado a estar presentes, com qualquer desculpa mais ou menos protocolar, como a Câmara de Angra e o Instituto Açoriano de Cultura.
O ambiente em que decorreu o encontro, permitindo a participação activa de todos, e a exposição dos pontos de vista mais contrastados sobre os temas mais variados.
A combinação, que penso ter acabado por resultar equilibrada, entre perspectivas mais abstractas e genéricas e a abordagem e desenvolvimento de temas mais concretos e de alcance prático.
Terá faltado a redacção de um texto com algumas conclusões, que poderiam dar uma imagem exterior de maior consistência ao encontro e uma consciência mais clara da sua importância para alguns dos seus participantes.
Poderá ter faltado mesmo, o complemento daquilo a que alguém chamou no encontro “uma agenda” de actuação conjunta para a blogolândia insular, ou pelo menos para a terceirense, que projecte num novo patamar, a sua voz e os seus temas , junto da sociedade local.
Tudo isto pode ser certo. Mas tudo isto continua a ser possível. E até o novo blogue, que está a ser preparado pela Rosa para prolongar no tempo e projectar no espaço este EBIT, pode ser a plataforma para tudo isto.
Em conclusão:
Dois factos me parecem seguros.
O 1º EBIT foi um inolvidável ponto de encontro.
O 1º EBIT pode vir a ser um promissor ponto de partida.
Para novos blogues. Para melhores blogues.
Para novos bloguistas. Para melhores bloguistas.
Pela blogolândia que temos!
Pela blogolândia que queremos!
Mais Ebit e mais ebites!
Força ao ebitismo!