O Natal que passa...
E vai ficando pela casa disperso.
É o que acontece tradicionalmente cá em casa.
As expressões mais variadas e mais singulares do presépio, algumas vindas dos quatro cantos do mundo geográfico e do mundo da expressão artística, mais ou menos popular ou mais ou menos erudita, vão encontrando acolhimento e exposição em móvel próprio durante todo o ano.
São muitos anos de procura e muitas peças de recolha paciente ou ocasional por regiões e países.
Algumas vezes lembradas, outras, muitas mais, esquecidas, estas peças vão sendo distribuídas e acomodadas nos móveis e lugares mais imprevisíveis da casa, à medida que o calendário nos aproxima do Natal.
Normalmente começam por tomar conta de um dos cantos da sala com o presépio, de outro com a árvore de natal.
Depois, vão-se dispersando por mesas de função e estilos diversos, combinando o tradicional com o artístico, o espontâneo com o cultivado, o despojado com o mais luxuoso ou aparatoso, o original com a cópia, peças únicas datadas e assinadas com cópias de origem e mão duvidosa.
Tudo acaba por ter lugar.
Tudo acaba por desempenhar algum papel.
Tudo acaba por ficar
pela casa disperso,
assinalando,
no tempo que passa,
o rasto
do natal que fica...
ou vai passando.
Quarto Crescente em estreia e felicidade
Há 17 horas
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