Este fim de semana saiu prolongado.
É o que pode acontecer aos fins de semana que são vividos entre um passado que se tenta recordar, um presente que nos incomoda e um futuro em incerto projecto.
Desculpem as frases-feitas e, aparentemente enigmáticas, para dizer apenas o seguinte:
Passei o fim de semana a tentar seguir pela
Antena 2 da RDP
a "folle journée" de Nantes.
Assim, por algumas horas (muitas menos do que as 19 horas que a Antena 2 transmitiu ou retransmitiu),
Lá fui conseguindo, muito fragmentada e ultraperifericamente, ir participando na
Lá fui conseguindo, muito fragmentada e ultraperifericamente, ir participando na
Mas, em clara "desarmonia," com a decisão dos responsáveis pelas realizações culturais deste país, por não haver, este ano, pela oitava vez, a réplica portuguesa desta "folle journée", com "A Festa da Música" no CCB que, desde a sua 1ª edição, vinha sendo o meu salto anual para fora da ultraperiferia.
Tanto mais que, no decorrer da emissão da Antena 2, tinha a oportunidade de saber:
Tanto mais que, no decorrer da emissão da Antena 2, tinha a oportunidade de saber:
Que os brasileiros estavam preparando a sua importação para o Brasil, este ano.
Que calculavam que, no Brasil, a iniciativa custaria cerca de 600.000 euros.
Que os cálculos para o orçamento da "Festa" em Portugal eram de 1.200.000 Euros.
Que alguns dos grandes intérpretes presentes en Nantes, como Engerer e Berezovky, quando souberam que as razões(?) para a supressão da "Festa da Música", em Portugal, eram de ordem financeira, se mostraram disponíveis para participarem gratuitamente.
Que o responsável pela realização da iniciativa, Renée Martin, nunca chegou a ser contactado pelos responsáveis do CCB, para introduzir as adaptações que permitissem a continuidade da versão portuguesa da iniciativa.
Tudo razões que me levam a pensar que a supressão da "Festa da Música" foi precipitada por razões que parecem estar muito para além da questão financeira e que ficará, para sempre, como uma marca negativa para Mega Ferreira, o responsável último pela decisão.
É claro que também posso pensar em deslocar-me até Bilbao, daqui a um mês.
Será outra forma de tentar o salto sobre a ultraperiferia.
É claro que posso tentar.
Na verdade, é mesmo o que vou tentar.
Mas nunca poderei sentir-me bem com a ideia de ter de ir procurar em Espanha aquilo que já tive em Portugal.
É claro que posso tentar.
Na verdade, é mesmo o que vou tentar.
Mas nunca poderei sentir-me bem com a ideia de ter de ir procurar em Espanha aquilo que já tive em Portugal.
É uma ideia que me incomoda mesmo muito.
Até porque também posso comparar aquilo que ocorreu em Nantes, este ano.
E que a RDP resumiu assim:
E que a RDP resumiu assim:
Posso comparar isto, com o que está previsto para Bilbao.
E que é o seguinte:
E que é o seguinte:
E continuar a pensar que Mega Ferreira não se deu ao menor esforço, para tentar as mil e uma variantes que pode assumir esta iniciativa e perfeitamente adaptáveis aos circunstancialismos de toda a ordem, a começar pelos financeiros.
E que, quem acompanhou as anteriores edições da "Festa da Música", mesmo sem estar por dentro dos segredos financeiros (e outros) da "Festa," percebeu que foram sendo feitas sucessivas adaptações e alterações de programação durante todos estes anos.
E que, quem acompanhou as anteriores edições da "Festa da Música", mesmo sem estar por dentro dos segredos financeiros (e outros) da "Festa," percebeu que foram sendo feitas sucessivas adaptações e alterações de programação durante todos estes anos.
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