terça-feira, maio 29, 2007

Shimon Peres, a previsibilidade imprevisível

Shimon Peree tem uma história política muito semelhante à do próprio país que serve há mais de meio século.
Toda a gente sabe qual foi a sua última derrota política.
Ninguém se recorda, já, de qual foi a sua última vitória.
Toda a gente sabe qual foi o último partido político a que pertenceu.
Ninguém faz a menor ideia de qual será o próximo.
Toda a gente sabe quem foi o seu último adversário.
Ninguém sabe qual será o seu próximo aliado.
Toda a gente sabe qual foi o último cargo a que se candidatou.
Ninguém sabe qual será o cargo para que estará disponível na próxima oportunidade política.
O cúmulo da ironia seria Shimon Peres,
que, enquanto líder do Partido Trabalhista de Israel,
sofreu derrotas sucessivas, frente à direita israelita do Likud,
acabasse por encerrar a sua sinuosa vida política
com uma derrota frente à candidata do seu antigo partido à Presidência de Israel,
a nossa conhecida Colette Avital
(antiga embaixadora de Israel, em Portugal).






DN Online: Veterano Shimon Peres candidato do Kadima à presidência de Israel



De regresso a Israel em 1953 assumiu cargos de chefia em todos os governos trabalhistas. Líder histórico do partido, em 2005 decidiu sair para se juntar ao velho rival Ariel Sharon no Kadima, a formação que este criara para chegar à paz com os palestinianos. Agora, é como candidato do partido centrista que tem a última hipótese de vencer a eleição nacional que sempre lhe escapou.
DN Online: Veterano Shimon Peres candidato do Kadima à presidência de Israel






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