sábado, maio 26, 2007

Uma má tradução portuguesa de Orwell

Uma vida, uma ficha 26.05.2007, José Pacheco Pereira


(via EDIÇÃO IMPRESSA)





Uma vida, uma ficha,
e um George Orwell,
de trazer por casa,
de levar à blogosfera,
e de chegar aos jornais,
chamado Pacheco Pereira.
Mas, ao contrário do autêntico Orwell,
não usa a imaginação para
antecipar o futuro.
Usa-a, para deformar
e caricaturar o presente.
E os seus desencantos
de vida e de pensamento
são sempre com o presente,
mal disfarçados em visões de futuro apocalíptico.
E, neste caso, desencanto com o presente político.
Ao contrário da maioria dos portugueses,
que escolheram este presente político e,
a avaliar pelas sondagens, continuam
a dar-lhe o seu apoio maioritário,
esta nossa versão portuguesa de George Orwell,
não gosta da presente situação política.
Está no seu direito.
Mas isto não chega para fazer dele o George Orwell,
que ele, modéstia à parte, (como sempre) se imagina já sendo.

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