terça-feira, outubro 02, 2007

E por que não Mota Amaral recomeçar tudo de novo?

Por outras palavras, porquê Mota Amaral não fazer aquilo que, há já muitos anos, se dizia, como anedota verosímil, nos tempos do receio do holocausto nuclear nas crises "quentes" da guerra fria?

Depois da auto-destruição de todo o género humano, disse o macaco para a macaca, únicos sobreviventes do "dilúvio" nuclear:

"Lá vamos ter que começar tudo de novo"!

Acho mesmo que Mota Amaral devia começar pela liderança parlamentar do PSD no continente, como preparação para voltar à liderança do PSD-Açores.

Num partido que, cá como lá, parece ter perdido as referências do próprio passado e a orientação acertada para o futuro, só lhe resta recorrer a alguém que se disponha a "arregaçar as mangas" para novas "arrancadas".

Recordo que as promessas de novas "arrancadas" eram recorrentes nos discursos de Mota Amaral, nos seus anos de governação açoriana, embora sempre sem grandes efeitos práticos.

Tente, agora, aquilo que, então, lhe terá faltado!

Mota Amaral O nome do ex-presidente da Assembleia da República e do Governo Regional dos Açores anda nas bocas de alguns apoiantes de Menezes como uma das hipóteses a ter em conta. Figura respeitada dentro e fora do partido, Mota Amaral permitiria disfarçar o estilo populista que Menezes pode dar ao PSD. É um bom orador, tem humor, mas um estilo reservado - seria o oposto de Santana Lopes - que poderia deixar a imagem de algum cinzentismo à bancada "laranja". O facto de ter sido apoiante de Marques Mendes, ainda que discreto, permitiria a Menezes levantar a bandeira da unidade partidária, que salientou no seu discurso de vitória, e passar a ideia que não iria haver vinganças pós-eleitorais. O problema, e não é pequeno, é que o estilo e as ideias de Mota Amaral não casam em nada com o de Menezes e, a existir um convite, dificilmente ele seria aceite por Amaral. "O cargo requer energias que neste momento não estão ao meu alcance", disse ontem ao PÚBLICO.

Source: EDIÇÃO IMPRESSA

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