Mais um exemplo da ameaça de derrocada de um partido,
que tinha como única argamassa de consolidação,
a ambição do poder.
Quando essa ambição se afasta do horizonte imediato,
logo saltam para a arena as ambições frustradas, adiadas e solapadas.
Estas derrocadas na casa do vizinho
bem deviam fazer pensar aqueles que,
no poder,
só têm para oferecer aos seus novos e antigos aderentes
a perspectiva precária do poder imediato,
e apenas nesse imediatismo interesseiro alicerçam o seu futuro,
virginalmente despido de ideologia e de valores.
É claro que não era necessário irmos para tão longe,
para percebermos a dimensão dos riscos que se correm ao transformar os partidos,
apenas em máquinas para captar votos e eleitores.
Bastaria olhar para o plano inclinado em que se encontram o PSD-Açores desde que, há quase uma dúzia de anos, foi afastado do poder, e naquilo que se tem vindo a transformar o PSD nacional, desde que tomou consciência da sua, por agora só presumida e provável, condenação à oposição por largos tempos.
Que, para quem saiu do poder para a oposição,
por normais que sejam,
parecem sempre muito longos.
Mas, como "as barbas a arder" do vizinho próximo
parecem não ser aviso bastante,
que se olhe para o incêndio
que ameaça alastrar e arrasar um vizinho um pouco mais distante.
Mas, ainda assim, vizinho.
El PP ante sí mismo · ELPAÍS.comLa disputa interna abierta tras la derrota del 9 de marzo ha hecho
aflorar las múltiples ambiciones que han convivido hasta ahora
en el seno del PP, sólo aglutinadas por el ejercicio del poder
hasta 2004 y, desde entonces, por unas expectativas de victoria que se
han visto frustradas. Cualquiera que sea el resultado del congreso de
Valencia, el nuevo líder del PP ampliará su margen de
maniobra si se asienta sobre un voto inequívoco de la
mayoría de los delegados, y no sobre un arreglo más o
menos hábil, más o menos explícito, entre barones.
1 comentário:
Os partidovm vivem em constante ebulição.
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