sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Será possível dizer algo de novo sobre a "nossa" justiça'?



No próximo fim de semana não sei se ainda será.
No passado fim de semana ainda foi.
Conseguiu tamanha proeza, o advogado António Pinto Ribeiro, em entrevista à “Única” do jornal “Público”.
Mesmo admitindo que, para a maior parte, esta informação já venha atrasada, não queria deixar passar a oportunidade de registar o facto.
Que considero notável.
Por várias razões.
Em primeiro lugar, porque, em assunto, tão mediática e politicamente estafado e requentado, parece difícil descobrir ângulos novos de abordagem do problema.
António Pinto Ribeiro conseguiu isto mesmo.
Em segundo lugar, porque não se fica pela análise dos problemas da justiça, que derivam dos seus agentes, dos seus órgãos ou do próprio sistema judicial, mas relacionou-os com as (más) características do (mau) funcionamento do nosso sistema social global, nomeadamente do nosso sistema político.
E que, todos nós, em cada uma das parcelas do sistema que melhor conheçamos, podemos avaliar e confirmar.
Exemplificando, pelo que melhor conheço.
No sistema político:

  • Assembleias de freguesia que nunca (vezes nunca) fiscalizam juntas,

  • Assembleias Municipais que nunca( vezes nunca) fiscalizam Câmaras;

  • Assembleias Regionais que nunca( vezes nunca) fiscalizam Governos Regionais

  • Assembleia da República que nunca (vezes nunca) fiscaliza Governo da República.

Podia multiplicar os exemplos noutras áreas, como a educação, por exemplo.
Mas prefiro acrescentar dois ou três exemplos muito curiosos e elucidativos nesta área da politica.
Da política regional, especialmente.
É o que farei em próxima entrada.
Para não tornar esta, intragável para leitor de blogue.
No entrementes, aqui ficam alguns aperitivos da entrevista do António Pinto Ribeiro.
Mas não se fiquem por eles.
É para ler/ reler ( por que não?)toda a entrevista.

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