É difícil ficar mais perto de entrar no Guinesse dos recordes.
Só mesmo mentindo à linha.
Leiam este verdadeiro recorde de mentiras neste texto
oficial da nossa Assembleia Regional.
Declaração de voto (pag. 14 e 15 do pdf)
Surge agora um organismo controlador e fiscalizador –
Conselho de Acompanhamento;
Mentira histórica. Não surge agora, existe desde 1998.
Esse Conselho de acompanhamento está imbuído de poderes que
podem atentar contra a autonomia financeira dos Açores;
Mentira política. Este Conselho tem os poderes que sempre teve.
Meramente consultivos.
A composição do Conselho, para além de não ser igualitária,
Estado e Regiões Autónomas, é definida por despacho conjunto
do Primeiro-Ministro e Ministro das Finanças, o que permitirá a
sua tutela directa, ficando a R. A. Açores dependente dos
“humores” mais ou menos centralistas;
Mentira literal. Literalmente, isto é, atendendo ao que está na letra
do artigo da proposta, não é, nem deixa de ser igualitário.
Simplesmente, está por definir na actual proposta.
Tal como estava na lei de 98.
Ou seja, a Proposta é má, naquilo que muda na lei de 98.
Precisamente, porque muda.
Mas também é má, naquilo que não muda.
Precisamente... porque não muda!
Este Conselho dá pareceres sobre tudo e todos actos
influenciando negativamente a relação Estado / Região Autónoma;
Mentira inútil e ociosa.
Dita , só pelo vício de mentir mais uma vez.
Estão definidos na proposta,
tal como sempre estiveram na actual lei,
o número exacto de situações e matérias
sobre as quais o Conselho dá pareceres.
Pergunta ociosa, mas, talvez, não de todo inútil:
Mentir ao Parágrafo passou a ser uma nobre actividade político-parlamentar?
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