segunda-feira, março 19, 2007

Um Uivo do Lobo


Vou continuar a aproveitar o pretexto do prémio ao Lobo.
Aproveitar, para trazer aqui alguns exemplos,
escolhidos mais ou menos ao acaso,
dos uivos passados à escrita, deste grande,
senão único, exemplar, de verdadeiro lobo ibérico,
que é o escritor Lobo Antunes.
Por hoje,
que seja este:




1 comentário:

Mariana Matos disse...

"(...)- Não tenho fome, traga-me um café
mas não era só a ementa que eu sabia de cor, era a cara das pessoas, os gestos, a forma como depenicavam azeitonas, como dobravam as costas, o velho calvo, sempre de azul, embevecido com uma rapariguinha novíssima, as quatro funcionárias modestas, conspirativas, cheias de soslaios, sempre a cochicharem, o homem solitário que lia magazines económicos a acender um charuto, e a mulher, de esferográfica no ecrã
- Para Colónia, às quinze e trinta, com escala em Barcelona, serve? (...)"
A Morte de Carlos Gardel, (António Lobo Antunes, p. 218)
:)