A imagem que os outros, os que nos vêem de fora e de longe, têm de nós próprios, como povo e como região, enquanto referência para a sua cultura ou alimento para a sua imaginação?
Ou a imagem que nós próprios, dentro desta pequena "tribo" de nove ilhas, temos uns dos outros, de uma ilha para a outra, do povo de uma ilha para o povo de outra ilha, como espelho ou caricatura?
Entre estas duas perspectivas, ambas deformantes e deformadas, qual delas mais nos deve preocupar?
Aquela que séculos de história e de pequenas e grandes "estórias" cavaram entre os açorianos?
Ou aquela que, nos dias de hoje, da informação rápida e superficial, continua a ser divulgada à velocidade
incontrolada das velhas e novas formas de informar e de deformar?
Dei, hoje, comigo a fazer estas perguntas de "algibeira," depois de,
há alguns dias atrás, ter lido os dois textos seguintes:
Este primeiro texto é de um jornalista do"Le Monde" e vem transcrito
num dos números recentes da versão portuguesa do "Courrier Internacional,"
incluido num artigo sobre Kátia Guerreiro.
O outro era este.
E é retirado do Diário Insular do passado dia 12 do corrente.
O primeiro texto. O das baleias e vulcões. Às vezes, dá-me vontade de rir.
Do segundo. O segundo, não. O segundo desconcerta-me.
Não consigo enquadrá-lo na idéia que faço de São Miguel e das suas gentes.
Mas atribuo esta reação a ignorância minha.
Ao meu eventual desconhecimento da história "secreta" de São Miguel.
Que, se calhar, ainda nenhum historiador escreveu.
Ou que algum dos novos historiadores, da nova fornada de "historiadores regionais,"
anda a escrever!
Sem comentários:
Enviar um comentário