segunda-feira, janeiro 15, 2007

Finalmente, temos os dez maiores connosco

Quer dizer, já antes os tínhamos, mas não sabíamos.
Agora, temos e sabemos.
Vejam só o que progredimos de ontem para hoje.
Numa só noite de RTP, a superação de 9 séculos de ignorância!



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São estes os dez.
E serão sempre estes e nunca outros.
RTP disse, está dito.
Perdida grande parte da sua, em tempos, poderosa influência, sobre o nosso presente,
resta-lhe esta arbitragem sobre o nosso passado histórico.
Nove séculos a apurar uma raça, um país, uma história.
E o resultado é este.
Cinco Políticos.
Dois Poetas.
Dois Navegadores
Um diplomata.
Acham políticos a mais?
Deixemos de brincar com as palavras e com a história, chamando a uns (Salazar e Álvaro Cunhal) políticos, a outros estadistas (Marquês de Pombal e Infante D. Henrique) e a outros reis( D. Afonso Henriques e D. João II).
O que os iguala a todos e os torna diferente de todos os outros é o modo como exerceram uma actividade, que dá pelo nome de política.
E por que é que o Infante D. Henrique é estadista e Oliveira Salazar, não?
E por que é que o Marquês de Pombal é estadista e Álvaro Cunhal, não?
Só não classifico o Infante como político ( se merece a classificação de estadista é porque teve actividades de carácter político) é porque penso preferível conservar-lhe a designação tradicional de "O navegador".
A mesma designação que é dada a Vasco da Gama.
Por que não?
Muitas mais considerações se podem fazer sobre estas escolhas e as exclusões que as acompanham.
Mas não será hoje.
Assinalemos apenas o equilíbrio geral das opções que seleccionaram estes dez nomes da nossa história.
Muita gente temeu que não se viesse a verificar.
Creio que sem razão.
Embora seja sempre possível enunciar inúmeras razões contra estas opções e a favor de outras.

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