domingo, setembro 18, 2005

Sem "movelização" não há "mobilização" política?



O título deste "post" é uma possível (embora, de momento, ainda arriscada) generalização da ideia central de um artigo que valeu a Manuel Castells -um dos maiores pensadores actuais das novas sociedades em rede- o prémio Godó de periodismo.
Seguem-se as afirmações em que ele generaliza as suas conclusões sobre as manifestações sequentes ao 11 de Março:


"Ha sido, pues, una protesta ética, contra la política del miedo y la mentira, al tiempo que la continuación del gran movimiento pacifista despreciado por Aznar en su momento. Pero sin la capacidad autónoma de comunicación instantánea que proporcionan los móviles e internet, esa indignación generalizada no se hubiera traducido en movimiento colectivo, en ocupación del espacio público, sin esperar a consignas de nadie. Ahora se empiezan a entender los extraordinarios efectos políticos que puede tener la construcción de redes de comunicación autónomas".
A leitura completa do artigo pode ser feita aqui.
A propósito da atribuição do prémio, Castells foi entrevistado e apontou "os suspeitos do costume" para a cauda europeia das condições reais de autonomia de comunicação:

"Tanto España como Catalunya se sitúan en la cola del Estado de bienestar en
nuestro entorno, la Unión Europea, se mida como se mida (junto con los sospechosos habituales, Grecia y Portugal). También está atrasada con respecto a la calidad de la ensenanza, a la difusión de internet y al equipamiento en red de las empresas. Y aunque hay ordenadores en las escuelas la conexión a Internet se mantiene en aulas especializadas sin integrarlas en la enseñanza. Creo que los nuevos proyectos de los gobiernos tanto español como catalán apuntan en la buena direccion, pero el atraso es de tal envergadura que no basta investir más y mejor, sino que hay que hacerlo más deprisa que un entorno que avanza más rápido que nosotros a partir de un nivel muy superior".
Numma região como a nossa em que a autonomia ainda é(?) uma palavra de culto, não seria necessário reforçar, ainda mais, esta preocupação ao nível das chamadas prioridades das prioridades?
Só um exemplo de conjuntura política. Nem numa única das entrevistas que a RTP-Açores tem proporcionado aos nossos candidatos às Câmaras, e que tenha visto, percebi qualquer consciência deste problema . Não digo já com medidas ou propostas de solução, mas apenas como horizonte de preocupação.
Curiosamente, depois da última a que assisti, sobre Vila Franca, fiquei a recear que, depois da era açoriana dos portos, a que sucedeu a era açoriana das marinas, estejamos à beira de entrar na era açoriana do(s) Aquário(s).
Nunca mais saímos da beira-mar da autonomia?!

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