terça-feira, julho 25, 2006

Destruição

O Homem, Lobo do Homem

Mas porquê, eu?
Mas porquê, isto?
E, agora, que faço eu da minha vida?
Se me destruiram o negócio
que era toda a minha vida?
Em nome de quê?
E para quê?

A minha casa era o meu castelo?
Não, não era minha por ser castelo.
Era minha por ser casa.
Não era fortaleza,
Não era quartel,
Não era refúgio,
Não era arsenal.
Era apenas uma casa.
A minha casa.
... ... ... ...
Mas é isto mesmo
que um campo de batalha não admite.
Uma casa,
uma simples casa.
Que Clausewitz é que admitiu,
alguma vez,
que a guerra é a continuação da vida
por outros meios?
Quem é que se pode dar ao luxo de
ter uma casa no campo de batalha,
com vista para a guerra?

Sem comentários: