...para uma tão "nova" primavera.
Ainda o tema da nova Fraternidade para o novo século XXI.
Sobre este tema da Fraternidade, no já citado "Dicionário do Século XXI", Jacques Atalli, pormenorizando a sua caracterização, acrescenta:
" Na sua mais alta acepção, a fraternidade será o reconhecimento por parte de qualquer homem de que qualquer outro é seu irmão, e de que convém, antes de tudo, não lhe impor nada do que recusaríamos para nós próprios.
Estender-se á este princípio — mensagem de todas as mais antigas sabedorias — às relações dos seres humanos com tudo o que está vivo, presente, passado e futuro.
A fraternidade tornar-se-á então o princípio fundador de uma ordem social na base da qual serão construídos os novos sistemas de direitos e as novas práticas políticas.
As novas tecnologias poderiam contribuir para tal multiplicando as ocasiões de conhecer o outro, de criar grupos específicos, de inventar solidariedades, de pensar o mundo em rede e não já de forma hierárquica, de descobrir ou desenhar novas fronteiras entre o humano e o artefacto".
Não vislumbro sinais desta nova dimensão "cósmica" da fraternidade, nos "Gates", Buffets" e "Soros," que juntam dolares e fundações, para acorrerem a alguns dos velhos dramas do terceiro mundo.
Parece-me antes, prolongarem alguns dos aspectos assistenciais do capitalismo dos últimos dois séculos, que prefigurarem um qualquer capitalismo com rosto mais fraterno para o novo século.
Mas há quem veja outros sinais, nas atitudes destas velhas raposas do capital.
Une nouvelle race de philanthropes, par Sylvie Kauffmann
LE MONDE 30.06.06
CPR. Terras d'Aboboreira
Há 21 horas
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