domingo, julho 23, 2006

Funerais

O Homem, ser para a morte.


Para a morte, sofrida na dor


Para a morte, aceite no recolhimento do luto,
que a vence, reintegrando a morte
na roda da vida.

Para a morte, rejeitada na máscara do ódio,

E nas bandeiras e imprecações da revolta,
que prenunciam o ciclo vicioso
de novas mortes.
Mais uma vez,
Sem fim,
nem sentido.
Mais uma vez,
Não encerrando
nenhum passado.
Mais uma vez,
Não abrindo
Qualquer futuro.
Mais uma vez...
Sempre,
Mais uma vez...
Para sempre.

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