As solenes afirmações sobre a orla marítima do concelho de Angra são retiradas do folheto de propaganda eleitoral de Costa Neves para as ocorrentes eleições autárquicas. Os residentes no concelho sabem que o prospecto tinha o ar muito respeitável e convincente de material didático e formativo. Mas os muitos dislates começavam na capa.
Quem pretendia transmitir a imagem gráfica de que entre a cidade e o concelho havia total identidade sem separações não podia fazê-lo através de uma cortante barra que separa, mas com um hífen que une palavras diferentes e, portanto, funde realidades separadas. Mas mais comprometedor para um candidato com as pretensões alternativas de Costa Neves é mostrar que desconhece os limites geográficos do concelho a que concorre. Com efeito, falando da "orla marítima do Porto Judeu aos Altares", Costa Neves, numa só frase, amputa a orla marítima do Concelho de Angra, em cerca de dez por cento, correspondente à zona costeira da Vila de São Sebastião. Precisamente, uma área riquíssima em tudo aquilo que ele diz querer cuidar do "Porto Judeu aos Altares" (miradouros, zonas balneares, acessos ao mar,etc).
Talvez haja quem pense que não passa de um erro de pormenor. Para os habitantes da Vila nunca poderá ser assim considerado. Além disso, prolonga um erro histórico muito vulgarizado e com raizes muito antigas.
Mas este é tema para outra altura.
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