sexta-feira, junho 23, 2006

As sanjoaninas de boa memoria "histórico-lendária"

É verdade.
As "Festas de S. João da ilha Terceira",
tal como vêm descritas no texto
que ontem utilizei
não passam de uma recordação
que, como todas as festas "recordadas"
têm tanto de história como de lenda.
Têm tanto daquilo que,
efectivamente, se viveu,
como daquilo que se revive pela memória.
E uma e outra destas vivências, 
a primeira, enquanto experiência directa,
a outra enquanto experiência recordada e revivida, 
acabam por transformar-se em  "realidades", a maior parte das vezes, completamente diferentes.
Não só é verdade aquilo que a sabedoria popular consagrou sobre festas
("o melhor da festa é esperar por ela"),
mas também aquilo que a experiência de cada um confirma na maioria dos casos
( "o melhor da festa é recordá-la").
Se bem repararam no texto em que se baseou o última entrada,
retirado de uma obra que se propõe,
desde o título,
falar das "festas de São João", elas são descritas, no início do século vinte, em termos de passado.
Em termos de algo que já não correspondia à realidade histórica, factual, vivida no tempo em que o texto era escrito.
As festas "constituiram",os forasteiros "acorriam", as câmaras "subsidiavam".
E a única referência histórica precisa é quase o mais antiga possível:1654.
Tudo isto se confirma e torna ainda, aparentemente, mais intrigante,
quando Gervásio Lima diz o seguinte:    


 
passado.

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