Aos Açores. E aos Paradoxos dos Açores.
A festa acabou...
A pausa bloguística, também.
Mas há música no ar. No ar dos Açores.
Não. Não me refiro aos acordes do hino de Santo Cristo!
Nem à música das esferas, que alimenta o arrebatamento dos místicos e, porventura, a noite de (alguns) poetas. Mas aos ecos, pouco harmónicos, de alguns paradoxos insulares que me aguardavam nas montanhas de jornais regionais por ler ou por espreitar on-line.
Nestas situações de regresso, transformar os jornais por ler, em jornais para ler, é uma difícil e, muitas vezes, incómoda e esforçada alquimia.
Mas, às vezes compensa. Nem sempre porque fiquemos a conhecer melhor a realidade açoriana.
Embora, nas minhas antiquadas concepções sobre jornalismo, este seja o suposto e razão da existência dos jornais.
Mas, seguramente, ficamos a conhecer melhor alguns açorianos.
Vamos a uma breve galeria de auto- retratos arrancados às páginas de dois matutinos terceirenses.
Comecemos pelo "foto-jornalismo" de "A União".
sábado, abril 30, 2005
De Regresso
Publicada por Dsousa à(s) 10:57 da tarde 0 comentários
Os Paradoxos de Caetano Não-Zenão, mas Tomás Não-de-Eleia
O texto, de que, acima, se reproduz o título, e que foi publicado em "A União" do passado dia 27, vem assinado por Caetano Tomás.
Os paradoxos de raciocínio em que se espraia não serão tão célebres como os celebrados paradoxos de Zenão de Eleia. Mas também têm um Aquiles e uma tartaruga. E uma seta, que parece estar em movimento, mas, ele desunha-se por demonstrar que está parada.
Esta seta do novo (velho) Zenão florentino é a democracia nascida com o 25 de Abril.
Uma frase do texto resume essa concepção. "A partir do 25 de Abril, a meu ver, a alma portuguesa parece não ter melhorado nada".
Sobre esta subtil e evanescente entidade chamada "alma portuguesa"é-me muito difícil fazer diagnósticos. Sobre os portugueses é que não tenho dúvida nenhuma. As melhorias são evidentes.
Mas, além disso, da leitura completa do artigo depreende-se a perspectiva geral que o impregna.
A democracia de Abril, para Caetano Tomás, ficou ferida de morte e sem remissão possível, qual pecado original sem redenção, pelo período gonçalvista.
Sinceramente. É possível que este tenha sido um grave problema para Caetano Tomás. E que ele até, dentro de si, não consiga resolvê-lo. Daí o auto-retrato que o artigo acaba por ser. Mas a democracia portuguesa já o resolveu há muito. E plenamente. Outros terá. Mas este está mais que ultrapassado.
E quanto ao Aquiles e a tartaruga?
Bem podem ser a ditadura e a democracia.
Mas, no caso vertente, o paradoxo está em que as "ditaduras-tipo", a de Salazar e a de Hitler, podem alcançar o estatuto de democracia. É tudo uma questão de tempo e , ao que parece, de pessoas.
Até porque, nenhuma delas é intrinsecamente má. Intrinsecamente más são "as sangrentas ditaduras comunistas". As outras duas, não.
" O maior problema foi Salazar não ter percebido que era necessário virar para a democracia, logo a seguir à guerra".
"Claro que, acerca da Alemanha, houve os horrores do "Holocausto" que, como tal, não foi um resultado do regime. Mas saiu de dois ou três "loucos" à volta de Hitler".
Quanto a paradoxos auto biográficos de Zenão-não-de- Eleia fico-me por aqui.
Com duas invocações. Uma ao Bispo do Porto, D. António Ferreira Gomes. E a outra, ao P.e Abel Varzim.
A que se pode acrescentar mais uma. A de um qualquer zaping televisivo sobre os canais que têm dedicado horas e horas, nos últimos dias, a retratos de Hitler e à sua época. Bastará isto, para perceber o conteúdo e a dimensão da verdadeira loucura do nazismo. Para quem de tal informação de reforço ainda necessitar. O que, pela amostra, parece ser muito mais gente do que seria de prever.
Publicada por Dsousa à(s) 9:06 da tarde 0 comentários
segunda-feira, abril 18, 2005
Porque há Festa, pá
Porque há música.
Porque há festa com música,
muita música
muita festa.
Porque há a festa da música.
Porque o vent(ilha)dor
gosta muito daquilo que percebe
mas mais ainda daquilo que sente,
vai dedicar-se a ouvir, só a ouvir,
nesta semana.
Para melhor perceber
no que resta do ano
e melhor sentir
no que resta da vida.
Volto já.
Publicada por Dsousa à(s) 10:55 da manhã 0 comentários
domingo, abril 17, 2005
Foi notícia do Expresso, ontem
Só espero que o murro tenha sido numa mesa da PT.
Que é coisa que eu não tenho.
Eu, que recebo
pela terceira vez,
na mesma semana,
as mesmas felicitações,
em três maravilhosos
ofícios,
pensados pela mesma pessoa,
escritos pela mesma pessoa,
assinados pela mesma pessoa.
Por ter aderido,
sem saber,
sem querer,
sem imaginar,
a mais um plano mirabolante
da generosa PT,
que quer, à viva força,
fazer a minha felicidade,
pondo-me a falar ao telefone,
(este sim da PT)
entre a meia noite
e as sete da manhã,
e aos fins de semana
e com euros-prémio ao minuto.
Fico aliviado
e feliz,
mesmo sem falar,
mesmo se não quiser falar,
mesmo se falar à força,
só para não defraudar
os sapientes cálculos da PT,
sobre o valor-minuto
do meu telefónico
falar.
O que seria de mim,
entre a meia noite
e as sete da manhã
de cada dia,
e a sexta e a segunda
de cada semana,
se a PT não preenchesse
as minhas horas de insónia
e os meus dias
de semanal lazer,
com os seus mirabolantes
e inigualáveis planos
da minha
telefónica felicidade.
Mas por que é que
Eu, quase accionista que sou
da nossa querida PT,
pelo que lhe pago,
e pelas partidas
que ela me prega,
não tenho uma mesa da PT,
para retribuir
tanta atenção e carinho
com o meu murro agradecido?
Eu, que recebo ofícios da PT
que tenho telefone da PT,
que tenho de usar redes da PT,
Por que é que não tenho
uma banal mesa da PT?
Para poder desabafar,
como o Expresso,
publicamente garante
que não se priva de desabafar,
o principal accionista
privado,
da PT?
Já decidi.
Vou reclamar,
em privado,
ao accionista público da PT
uma mesa,
privativa,
só minha...
e da minha PT.
Para não ter
de continuar a esmurrar,
as minhas pobres mesas,
por causa das partidas...
da minha rica-PT.
Publicada por Dsousa à(s) 10:50 da tarde 0 comentários
sábado, abril 16, 2005
A verdade dos linkes contra o jornalismo que não linka com a realidade
Mesmo assim, parece-me justificar-se o risco de juntar num só, a matéria de dois "post". O primeiro é este editorial do Diário Insular do passado dia 6 do corrente, cujo início pode ser lido na página que é possível linkar do próprio jornal. O seu texto completo é como segue:
"A Assembleia Legislativa acaba de aprovar, com os votos do PS e do deputado do CDS-PP, a proposta do Partido Socialista de revisão do sistema eleitoral, cumprindo, aliás, o estipulado na última revisão constitucional, que fixou duas coisas espantosas: obrigar a Assembleia açoriana a apresentar uma proposta de revisão do sistema eleitoral no prazo de seis meses após a publicação da lei constitucional, sob pena de a lei de revisão passar a ser da exclusiva competência da Assembleia da República; mais espantoso ainda - quer a proposta (Assembleia Regional), quer a aprovação da lei (Assembleia da República) dispensariam a maioria de dois terços. Todos concordaram com as regras e o resultado está aí: uma proposta do partido da maioria, aprovada sem alteração de uma vírgula. Não faz sentido trazer para esta coluna a bondade ou não da proposta do PS, sobretudo se comparada com a do PSD ou a do PP. Tivemos a oportunidade de, em devido tempo, manifestar a nossa opinião e de formular o desejo de que os partidos se entendessem num largo consenso, pois só assim faria sentido alterar uma lei com influência tão significativa no viver do nosso quotidiano democrático. Não assistimos, obviamente, às reuniões da Comissão parlamentar, mas é legítimo duvidar do esforço e empenhamento mantidos no sentido da fusão de diferenças. Em conclusão: a proposta do PS agora aprovada na Assembleia Regional, vai ser aprovada na Assembleia da República pela maioria e, embora legítima, não traduz, de facto, a vontade da esmagadora maioria dos açorianos. E é pena que a revisão de uma lei de tamanha importância não tenha sido feita por um imenso consenso!"
Agora, se lhe sobrar fôlego e vontade de se aproximar um pouco mais da realidade dos factos, leia o mesmo texto tal com podia ter sido escrito, para conseguir essa proeza.
"A Assembleia Legislativa acaba de aprovar, com os votos do PS e da Representação Parlamentar do CDS-PP, a proposta conjunta, que, Francisco Coelho e Alvarino Pinheiro subscreveram em nome dos dois partidos, em resultado dos consensos e da decisão maioritária conseguida nos trabalhos da Comissão Eventual da Revisão do Sistema Eleitoral, cumprindo-se, aliás, o estipulado na última revisão constitucional, que abriu uma excepção à disposição constitucional da reserva absoluta de competência legislativa exclusiva da Assembleia da Republica, relativa a toda a legislação eleitoral sobre órgãos de soberania, eleições de deputados às Assembleias Legislativas das Regiões, às eleições dos titulares dos órgãos do poder local " ou outras realizadas por sufrágio directo e universal"(alíneas a), j) e l) do artº 164º).
Assim, as regras seguidas foram as que constam da última revisão da Constituição e o resultado está aí, como em outras ocasiões semelhantes (alterações estatutárias, por exemplo): uma proposta do partido da maioria aprovada com as alterações decididas na Comissão que a analisou.
Publicada por Dsousa à(s) 1:25 da tarde 0 comentários
quinta-feira, abril 14, 2005
O Legado de uma Geração
Dois exemplos de péssimas propostas e comportamentos políticos;
A expressão de um grave problema do sistema político regional.
Neste da revisão do sistema eleitoral. Na alteração do modelo de financiamento das autonomias e em nova definição e delimitação das competências legislativas das Regiões.
Publicada por Dsousa à(s) 11:40 da tarde 0 comentários
terça-feira, abril 12, 2005
Campa rasa, (mas com) AR de Mar
Quando, ontem à noite, dei a minha volta pelos blogues dos Açores e apanhei com o "Not Found" do Blogger ao clicar ARDEMAR, pensei que se tratasse de um problema do Blogger. Depressa percebi que não. Que era um problema do (ultraperiférico) arquipélago bloguístico açoriano.
Afinal, somos tão poucos, os deste arquipélago "blogal", tão insulados neste nosso pequeno cantinho ilhéu da blogosfera, que perder um, um só que seja, é uma perda irreparável e irrecuperável. Esta verdade quantitativa agrava-se quando a perda é também qualitativa. Como era o caso do ARDEMAR.
isto tudo IV ( experimenta )
a lembrança
da balança
a gente dança.
avança.
vamos. damos.
amos. amas. ama.
verbo.
seco. peco.
aspe(c)to.
família.
ervilha.
fervilha. maravilha.
rodilha.
ilha.
facto.
acto.
actuo.
pactuo.
arte + facto.
sorriso. liso.
piso. aviso.
deslizo.
isso.
toada de madrugada.
chorada de vanguarda.
texto a pretexto.
poesia. desfia.
lia.
ode. pagode. bigode.
festa na testa. desta.
arde. tarde.
mar. ia. ana.
# posted by Mariana : 01:21
Publicada por Dsousa à(s) 2:03 da tarde 0 comentários
segunda-feira, abril 11, 2005
Em campa rasa
Não em sarcófago, mas em campa rasa.
Pede em testamento João Paulo II.
Que descanse em paz,
o Papa da Paz!
Publicada por Dsousa à(s) 8:22 da manhã 0 comentários
A medida de todas as coisas?
Será o homem mesmo a medida de todas as coisas?
A obra que engrandece o homem, seu criador,
também não lhe revela a medida da sua insignificância
e pequenez?
Publicada por Dsousa à(s) 7:51 da manhã 0 comentários
domingo, abril 10, 2005
Vêde os lírios do campo...
Observai os lírios, como não fiam nem tecem; e contudo eu vos digo: nem Salomão, em toda a sua pompa, se vestiu como um deles;
Observai os cardeais de Roma, como não fiam nem tecem; e contudo eu vos digo: nem Salomão, em toda a sua pompa, se vestiu como um deles;
Publicada por Dsousa à(s) 12:47 da tarde 0 comentários
A última ou a primeira?
A última viagem de João Paulo II?
Ou a primeira viagem papal,
em que João Paulo II se esconde
da televisão?
Publicada por Dsousa à(s) 12:03 da tarde 0 comentários
Pragmatismo britânico
Com o habitual pragmatismo britânico, o Príncipe Carlos aproveita o seu primeiro enterro papal para fazer a sua segunda despedida de solteiro.
Publicada por Dsousa à(s) 11:02 da manhã 0 comentários
Noli me tangere
O "não me toques, mulher", do Evangelho, continua a revelar todo o seu peso através dos séculos.
A presença da mulher é notória nos preparativos do funeral de João Paulo II.
Durante a cerimónia fúnebre, porém, só os binóculos lhes valem para alimentar a ilusão e o desejo de estar perto.
Publicada por Dsousa à(s) 10:19 da manhã 0 comentários
sábado, abril 09, 2005
O vermelho pode esconder o vermelho?
Pergunta angustiada de um membro da "Opus Dei":
Entre tanto vermelho cardinalício, não se esconderá mesmo nenhum cardeal vermelho e "papabile"?
Publicada por Dsousa à(s) 3:57 da tarde 0 comentários
Quando o Espírito Sopra...
O Vento do Espirito do Senhor, porque sopra onde quer, é libertador,
mas, porque sopra quando quer, é inconveniente e pouco respeitador.
Publicada por Dsousa à(s) 1:20 da tarde 0 comentários
sexta-feira, abril 08, 2005
Papa para Hoje, Modelo para Sempre?
"A eleição do Cardeal Wojtyla como Papa teve um significado muito para além dos confins da Igreja.
Publicada por Dsousa à(s) 3:48 da tarde 0 comentários
A mesma Urbe e o mesmo Orbe de Sempre?
Nesta sexta-feira, 8, com todo o mundo a correr para Roma, para o funeral do Papa, seria impensável que o Ventilhador não chegasse lá. Ou, pelo menos, se escusasse a um simples "post-relance" para a Urbe, quando todo o orbe, situado no nosso horizonte cultural romano, judaico e cristão, o faz.
Esta é uma primeira relativização evidente. Sempre o foi. Mas a mundialização, na sua pior face, a do terrorismo, não nos pode deixar esquecê-lo.
Tanto mais que as descrições, que de Roma nos chegam, como uma cidade cercada e defensivamente "muralhada" por terra, mar e ar, não o deixam esquecer.
Seria ingenuidade actualmente injustificada, como o tradicional "Urbi et Orbi" pretendia induzir, que aquele "todo o mundo a correr para a Roma" tivesse o mesmo significado de há poucos anos atrás. A não ser que queiramos incluir nesta corrida aqueles que vêem em Roma apenas uma outra incarnação das "Torres Gémeas". Esses, quando correm, é para a suas próprias "romas".
Este é mesmo o novo paradoxo civilizacional em que estamos mergulhados, desde os vários "11-de-setembro" recentes. Os concretizados e, mais preocupante ainda, os muitos tentados e falhados.
Como se a facilidade e a segurança (também cada vez mais relativa) com que a capacidade tecnológica permite juntar num mesmo sítio, em poucas horas e por vários dias, milhões de pessoas (capacidade que, há poucos anos ainda, era cheia de incerteza e insegurança), se tivesse transferido, em todos os seus perigos e riscos, para o próprio local da concentração.
Chegar ao mais central ou ao mais periférico dos lugares deste mundo passou a ser fácil. Lá estar e lá se manter passou a ser complicado e perigosíssimo. Afinal, as "Torres Gémeas" somos todos nós.
Há, sem dúvida, em tudo isto fenómenos novos. Melhor dito ainda, aspectos novos de fenómenos antigos. Exactamente o que se passa com o personagem central dos acontecimentos do dia de hoje em Roma. O Papa João Paulo II. O seu pontificado e o significado dele.
Poderia tentar exprimir por palavras minhas o que penso a este respeito. Mas considero que o essencial do que penso já foi dito por Ralf Dahrendorf, nome conhecido e respeitado de investigador e político no, Independent, com tradução e publicação no Público de 27 de Fevereiro passado.
Como este último texto já não está disponível no site do Publico, deixo a tradução da parte que me parece mais importante na entrada seguinte.
Publicada por Dsousa à(s) 3:20 da tarde 0 comentários
quarta-feira, abril 06, 2005
Gioconda, o Rosto do Eterno Feminino?
Rosto de madona Litta
Rostos de Santana e daVirgem
Rosto de la belle Fourniere
Rosto da Virgem dos Rochedos
Hoje, dia 6 de Abril de 2005, é mais um dos muitos dias grandes para a Arte e para a Gioconda.
Aproveitemos para celebrar, através da Arte e da Gioconda, mais um símbolo eterno.
O rosto feminino. O rosto de todas as mulheres que Leonardo pintou, estudou e fixou no rosto de todos os rostos, no sorriso de todos os sorrisos.
Publicada por Dsousa à(s) 12:30 da tarde 0 comentários
terça-feira, abril 05, 2005
Victor Cruz, Big-bang ou buraco negro?
Como ficou evidenciado, Victor Cruz deparava-se com dois caminhos possíveis traçados pela história do partido.
Depois de um verdadeiro hino aos círculos de ilha como a " melhor expressão" da "relação de proximidade" com os eleitores", acrescenta-se:
"O desafio é saber como melhor conjugar este objectivo (de melhorar esta relação de proximidade) com o de fazer que o juízo global dos eleitores açorianos seja melhor respeitado.
Não há sistemas eleitorais perfeitos, mas não devemos cruzar os braços perante a possibilidade de melhorar a actual solução.
Não é bom para a democracia que a maioria dos açorianos vote num partido e a maioria dos deputados possa ser de outro partido.
No mínimo, temos de fazer tudo para reduzir essa possibilidade, afastando indesejáveis conflitos de legitimidade.
O PSD não encara a possibilidade de aumentar o número de deputados e a manutenção do actual número de assentos parlamentares só é aceitável se permitir encontrar a melhor solução para ultrapassar os problemas que hoje se colocam. Caso contrário, a diminuição do número de deputados é um objectivo a prevalecer".
Não vou acrescentar mais nada. A não ser que, se pudesse, condenava Victor Cruz, a mais uma cruz. A cruz de repetir, todos os dias da sua vida, ao levantar e ao deitar, esta frase penitencial e curativa: "A diminuição do número de deputados é um objectivo a prevalecer".
Publicada por Dsousa à(s) 1:45 da tarde 0 comentários
segunda-feira, abril 04, 2005
De Mota Amaral para Victor Cruz
Exprimiram-se, sempre no mesmo sentido, nas mais variadas circunstâncias, a última das quais em audição oficial numa comissão da ALRA em 2002.
Em Julho de 1992, na apresentação da candidatura a Presidente do V Governo Regional.
Os açorianos têm de estar despertos para esta crua realidade!"
Em Outubro de 92, em entrevista a um jornal regional, reafirma esta sua preocupação central em relação ao sistema eleitoral, afirmando:
"Pretendemos modificar o sistema eleitoral, para reforçar a sua genuinidade democrática, corrigindo os desequilíbrios existentes, que permitem que um partido tenha mais votos, sem com isso garantir mais deputados do que os outros".
Ainda em Outubro de 1992, inquirido a respeito dos 51 deputados da ALRA, afirma :
Finalmente, em 2002, do relatório da audição na Comissão da AlRA para a revisão do sistema eleitoral, consta:
"O Dr. Mota Amaral identificou "essa incorrecção na representação de uma parte do nosso eleitorado" como o principal problema do actual sistema eleitoral, acrescentando que "infelizmente, a evolução demográfica nos últimos anos tem vindo a agravar este desequilíbrio(...)
Em conclusão, o Dr. Mota Amaral sugere “uma afinação” do sistema eleitoral vigente, recuperando uma ideia antiga que passava pela “redução do número de deputados, cortando um deputado em cada uma das ilhas. Sem estabelecer uma regra exacta de proporcionalidade, melhorava a disfunção actualmente existente”.
Publicada por Dsousa à(s) 1:40 da tarde 0 comentários
Victor Cruz é o Coveiro da herança histórica do PSD
Enterra-a! Renega-a! Desacredita-a!
O Que dizia o PSD de Mota Amaral
Continua-se:
(...) "Parece haver quem sonhe alcançar o Poder, na Região, sem para tal obter mandato, por voto livre, do maior número de cidadãos. É que o statu quo permite que um partido tenha maior número de deputados do que aquele que recolheu maior número de votos...Ora isto seria uma verdadeira perversão para a democracia!"
1- Há um mal maior no sistema eleitoral regional: A possibilidade do acesso ao poder contra a vontade do eleitorado.
Publicada por Dsousa à(s) 9:45 da manhã 0 comentários