segunda-feira, março 31, 2008

Antes ridículo que trágico

Há medidas que não podem deixar de ter uma tonalidade de inconfundível ridículo e grotesco, quando as lemos como sinais de uma liberalização em curso na sociedade cubana.
Esta dos hotéis é uma delas.
A da autorização do uso generalizado do telemóvel, foi outra.
A do aumento de páginas de alguns jornais oficiais ou oficiosos para darem guarida a algumas queixas e notícias sobre corrupção e abusos da administração, é ainda um terceiro exemplo.
Mas, por detrás dessa face humorística ou ridícula oculta-se/revela-se uma outra face trágica sobre as limitações férreas e a intromissão abusiva do governo nos mais elementares direitos dos cidadãos, que, como é claro, não eram considerados com tais.
E continuam a não sê-lo.
Veja-se que, neste caso da entrada dos cubanos nos hotéis nunca se fala em restituir direitos aos cubanos, mas de simples vantagens para a economia.
A revolução que representa o, aparentemente simples, conceito de cidadão com direitos e deveres, ainda não está a bater à porta da chamada liberalização cubana.
Quando conseguir arrombar essa porta estreita, passaremos a ter, então, verdadeira liberalização e libertação das pessoas
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Los cubanos podrán entrar en hoteles para turistas en CADENASER.com


Los cubanos podrán entrar en hoteles para turistas


La medida pone fin a una restricción de los noventa para impulsar el turismo en la isla


REUTERS 31-03-2008


Los cubanos van a poder alojarse en cualquier hotel de la isla gracias al levantamiento de una prohibición que les impedía el acceso a los mismos.


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