Como se constata, o PS anda atarefado e preocupadíssimo com os prazos do referendo sobre o aborto e com o seu encurtamento, a todo o custo.
Simplesmente, há questões - e o aborto é uma delas - que exigem "tempos políticos longos" para a sua maturação cívica em termos de decisão colectiva.
Nem sequer é, principalmente, a compreensão dos temas em si mesmos pelo eleitor. É antes a exigência indispensável de despertar em cada cidadão a convicta consciência da necessidade de mudanças por via legislativa. E que a via da alteração legislativa é a única solução para o problema. Enquanto persistir, mais ou menos conscientemente, na mente dos eleitores, que os políticos estão, mais uma vez, a tentar forçar a via legislativa para resolver questões que, algumas delas, até podiam ter solução, pelo menos parcelar, por outra via; enquanto tal acontecer, (a acrescentar à natural relutância de decidir pelo voto sobre uma questão que não é exclusivamente politica, mas radica nos comportamentos e nas convicções íntimas) , ainda não chegou o tempo político para novo referendo.
O PS quer sair, a todo o custo, do "túnel" do referendo onde se deixou aprisionar, por sua exclusiva responsabilidade?
Então, deve passar a preocupar-se muito mais com o "tempo político" certo, para fazer o referendo, do que com os "prazos" da sua realização.
Os prazos, e a sua maior ou menor urgência, são um problema exclusivo dos políticos e dos partidos, numa guerrilha politiqueira de encurto-eu-alongas-tu (se a esquerda quer encurtar, a direita tem de querer alongar), enquanto o "tempo político" apropriado para a decisão é um problema da sociedade no seu conjunto.
Receita final: PS! Põe mais "sociedade" e menos "ansiedade" nesta tua preocupação refendária, se não queres perder, pela terceira vez consecutiva, um referendo. Se é que já não o perdeste, mesmo antes de ele ter sido feito! De alguns "golos" políticos na própria baliza é que já não te livras!
Simplesmente, há questões - e o aborto é uma delas - que exigem "tempos políticos longos" para a sua maturação cívica em termos de decisão colectiva.
Nem sequer é, principalmente, a compreensão dos temas em si mesmos pelo eleitor. É antes a exigência indispensável de despertar em cada cidadão a convicta consciência da necessidade de mudanças por via legislativa. E que a via da alteração legislativa é a única solução para o problema. Enquanto persistir, mais ou menos conscientemente, na mente dos eleitores, que os políticos estão, mais uma vez, a tentar forçar a via legislativa para resolver questões que, algumas delas, até podiam ter solução, pelo menos parcelar, por outra via; enquanto tal acontecer, (a acrescentar à natural relutância de decidir pelo voto sobre uma questão que não é exclusivamente politica, mas radica nos comportamentos e nas convicções íntimas) , ainda não chegou o tempo político para novo referendo.
O PS quer sair, a todo o custo, do "túnel" do referendo onde se deixou aprisionar, por sua exclusiva responsabilidade?
Então, deve passar a preocupar-se muito mais com o "tempo político" certo, para fazer o referendo, do que com os "prazos" da sua realização.
Os prazos, e a sua maior ou menor urgência, são um problema exclusivo dos políticos e dos partidos, numa guerrilha politiqueira de encurto-eu-alongas-tu (se a esquerda quer encurtar, a direita tem de querer alongar), enquanto o "tempo político" apropriado para a decisão é um problema da sociedade no seu conjunto.
Receita final: PS! Põe mais "sociedade" e menos "ansiedade" nesta tua preocupação refendária, se não queres perder, pela terceira vez consecutiva, um referendo. Se é que já não o perdeste, mesmo antes de ele ter sido feito! De alguns "golos" políticos na própria baliza é que já não te livras!
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