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(...)"O dr. Bühl objectou dizendo que, de qualquer modo, através da sua obra, estava já projectado para o futuro.
Anton não colheu lisonja naquelas palavras, mas desenganou o amigo.
A modesta fama que conquistara seria de pouca dura e não ultrapassaria o limite de tempo necessário para a venda dos livros acumulados nos armazéns dos editores.
Quanto às suas peças, não contava nem com Stanislavsky nem com a devoção da mulher actriz para que sobrevivessem nos palcos de Moscovo ou S. Petersburgo.
A hipótese deste progressivo esquecimento era-lhe fonte de grande paz, sem sombra de ressentimento para com os vindouros"(...)
Nota em tempo: A fonte deste tema, explorado nos "Dias Contados", é um verso de uma ode de Horácio e que (só para os mais curiosos...) diz o o seguinte: Carpe diem quam minima credula postero. Que é como quem diz : Agarra o dia, confiando o mínimo no futuro.
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