Só ontem é que tomei consciência que o PSD-Açores se prepara para protagonizar, em rigorosa exclusividade, mais um grande feito na sua longa e perfeita história de muitos e grandes feitos.
Um congresso só para "históricos".
Mas não um congresso para "históricos"unidos por uma história e um passado comum, como seria de esperar de um partido que foi zelosamente amestrado para a unidade, pelo seu primeiro líder (sobre)natural.
Não.
Trata-se de um partido, rigorosamente"partido" ao meio, pela única razão que o podia e devia unir: o seu passado.
No momento do primeiro Congresso pós-Mota Amaral, o PSD-Açores entrou para as páginas da história e de lá nunca regressou para o encontro com a vida da sociedade açoriana, que continua feliz por ele se manter prisioneiro do seu passado e sem desencantar a via de retorno à realidade de hoje.
A lista de "históricos" do PSD da Terceira e de São Miguel, ontem estampada num diário regional, despertou-me para essa novidade da transformação do próximo Congresso do PSD-Açores, no Primeiro Congresso da Democracia portuguesa e da Autonomia açoriana, só para Históricos.
Da Terceira, acompanham o "histórico"Natalino Viveiros ao Congresso do PSD-Açores, os seguintes abencerragens da política açoriana:
Adolfo Lima, que lidera;
Adalberto Martins, que continua a acompanhar quem, já antes, o liderava;
E "muitos outros destacados militantes locais do PSD", no dizer de "A União".
Anónimos para nós e para o jornal. Mas, se "destacados", inevitavelmente, "históricos".
De São Miguel, a lista do mesmo jornal inclui os nomes, nunca por demais lembrados, de:
Vasco Garcia, que, como é óbvio, acumula. Além de liderar também dirige. Lidera uma lista e dirige um Gabinete... de Estudos.
E ainda é membro do grupo de trabalho da moção do candidato.
Grupo que Gaspar da Silva também ornamenta...
E ainda Lalanda Gonçalves...
E ainda Joaquim Machado...
Históricos nomes da história do PSD. Todos eles com história e com muitas histórias!
Razão tinha Mota Amaral, ao recordar, a propósito do 10º aniversário da sua evasão do Governo dos Açores para o remanso da Assembleia da Republica, que o fizera, exclusivamente por razões de cansaço pessoal.
O PSD-Açores, por si, ficara em perfeitas condições para continuar a governar os Açores.
E, aí estão, dez anos depois, todos os seus homens de antanho.
De regresso. A dar-lhe razão.
Com um pequeno atraso de dez anos!
Com um pequeno atraso de dez anos!
Mas os mesmos, quase sem falhas.
Ou melhor, metade dos mesmos.
A outra metade, segue noutra carruagem.
Ainda um pouco mais lenta do que a do Natalino.
A do Costa Neves. Que não dá a cara. Dá moção por si.
Com os habituais rodeios, para chegar ao único sítio onde se sente como no seu "lugar natural". O do poder. Qualquer que seja! Pouco importa, qual seja!
À falha e à falta de outro, que venha o do partido!Pela segunda ou pela enésima vez. Para ele, será sempre "tempo novo". Porque tempo de (algum) poder!
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