Voltemos, então, às "gralhafadas" do mês de Março.
Tinha prometido mais duas. Aí estão elas.
Felizmente, ambas são daquelas que saltam aos olhos. Por isto mesmo, dispensam grandes considerações.
A primeira está inteirinha nestas duas imagens.
Só resta contextualizá-las, para as pessoas que desconheçam ou tenham esquecido donde vieram estas imagens.
Vieram de um anúncio de página inteira que o Grupo Parlamentar do PS da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores resolveu fazer numa nova revista açoriana.
Percebe-se a intenção e...as intenções. O que não se percebe muito bem, é por que razão o Grupo Parlamentar do PS aparece na imagem...reduzido a um único, solitário e desgarrado representante. Que até dá a ideia de lá ter ficado porque o fotógrafo, nos retoques finais da imagem...se esqueceu de o eliminar.
Principalmente, quando se pensa que se trata do maior grupo parlamentar de toda a história do parlamentarismo regional.
Porventura, a mensagem que se pretenda transmitir será a de que o que conta não é a quantidade mas a qualidade. Ou que a unidade entre todos é tão grande que onde estiver um estão todos. Tanto mais que este é um lema que serve para instituições socialmente tão prestimosas e beneméritas como os bombeiros. Porque é que não havia de bem quadrar a um grupo parlamentar?
São possíveis todas estas boas e sãs intenções. Mas a verdade é que elas dificilmente ressaltam da fotografia.
Principalmente porque a fotografia, sendo do grupo Parlamentar do PS, se centra nos membros do Governo, numa (des)proporção de oito para um.
É claro que não fica nada mal a um Grupo Parlamentar mostrar a sua consideração, apreço e mesmo apego ao culto da imagem do Governo. Sobretudo, quando tem a competência estatutária de acompanhar, fiscalizar e "apreciar os actos do Governo" através das iniciativas que promova na Assembleia.
Desconfio é que o "apreço", tão expressivamente publicitado na foto, embora com a mesma raiz etimológica, não tenha exactamente o mesmo conteúdo da "apreciação" que atrás citei do art.32º do Estatuto da Região.
Também é verdade que o Grupo Parlamentar do PS necessita do Governo para "continuar a mudar os Açores para melhor". É mesmo o seu (dele, Grupo Parlamentar) principal instrumento para a mudança.
E pode perfeitamente recorrer à fotografia para deixar isto bem claro. E visto e registado.
O Estatuto da Região, vejam só, até prevê que um Grupo Parlamentar possa "provocar" o seu Governo.
Será possível, perguntarão os mais incrédulos? É a verdade mais "verdadeira". Está claríssimo, nas alíneas c) e d) do art.º 44º.
Agora é que devo ter acertado! Afinal, a fotografia é a forma amável e (porque não?) subtil, de o Grupo Parlamentar do PS "provocar" o seu Governo!
"G'andas" provocadores!!!
Vejam só as voltas que isto deu! A terceira "gralhafada" vai ter de esperar melhor oportunidade.
Felizmente, ambas são daquelas que saltam aos olhos. Por isto mesmo, dispensam grandes considerações.
A primeira está inteirinha nestas duas imagens.
Só resta contextualizá-las, para as pessoas que desconheçam ou tenham esquecido donde vieram estas imagens.
Vieram de um anúncio de página inteira que o Grupo Parlamentar do PS da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores resolveu fazer numa nova revista açoriana.
Percebe-se a intenção e...as intenções. O que não se percebe muito bem, é por que razão o Grupo Parlamentar do PS aparece na imagem...reduzido a um único, solitário e desgarrado representante. Que até dá a ideia de lá ter ficado porque o fotógrafo, nos retoques finais da imagem...se esqueceu de o eliminar.
Principalmente, quando se pensa que se trata do maior grupo parlamentar de toda a história do parlamentarismo regional.
Porventura, a mensagem que se pretenda transmitir será a de que o que conta não é a quantidade mas a qualidade. Ou que a unidade entre todos é tão grande que onde estiver um estão todos. Tanto mais que este é um lema que serve para instituições socialmente tão prestimosas e beneméritas como os bombeiros. Porque é que não havia de bem quadrar a um grupo parlamentar?
São possíveis todas estas boas e sãs intenções. Mas a verdade é que elas dificilmente ressaltam da fotografia.
Principalmente porque a fotografia, sendo do grupo Parlamentar do PS, se centra nos membros do Governo, numa (des)proporção de oito para um.
É claro que não fica nada mal a um Grupo Parlamentar mostrar a sua consideração, apreço e mesmo apego ao culto da imagem do Governo. Sobretudo, quando tem a competência estatutária de acompanhar, fiscalizar e "apreciar os actos do Governo" através das iniciativas que promova na Assembleia.
Desconfio é que o "apreço", tão expressivamente publicitado na foto, embora com a mesma raiz etimológica, não tenha exactamente o mesmo conteúdo da "apreciação" que atrás citei do art.32º do Estatuto da Região.
Também é verdade que o Grupo Parlamentar do PS necessita do Governo para "continuar a mudar os Açores para melhor". É mesmo o seu (dele, Grupo Parlamentar) principal instrumento para a mudança.
E pode perfeitamente recorrer à fotografia para deixar isto bem claro. E visto e registado.
O Estatuto da Região, vejam só, até prevê que um Grupo Parlamentar possa "provocar" o seu Governo.
Será possível, perguntarão os mais incrédulos? É a verdade mais "verdadeira". Está claríssimo, nas alíneas c) e d) do art.º 44º.
Agora é que devo ter acertado! Afinal, a fotografia é a forma amável e (porque não?) subtil, de o Grupo Parlamentar do PS "provocar" o seu Governo!
"G'andas" provocadores!!!
Vejam só as voltas que isto deu! A terceira "gralhafada" vai ter de esperar melhor oportunidade.
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